ALGORITMOS GENÉTICOS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO: UMA VISÃO GERAL
Exames: ALGORITMOS GENÉTICOS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO: UMA VISÃO GERAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JaxRC • 31/5/2013 • 1.782 Palavras (8 Páginas) • 920 Visualizações
1. Introdução
Todos os dias a indústria do petróleo encontra novos desafios na busca,
perfuração, produção e refino de petróleo. Todas estas atividades geram problemas
matemáticos de grande complexidade, a maioria dos quais são multimodais e apresentam
espaço de busca de soluções praticamente infinito. Isto faz deles problemas
extremamente difíceis para se encontrar uma solução, sendo que muitos deles têm
soluções obtidas de forma ad hoc que não necessariamente representam os melhores
resultados que podem ser obtidos.
Assim sendo, as técnicas inteligentes apresentam-se como uma alternativa
interessante para encontrar soluções eficientes para estes difíceis problemas, de forma a
melhorar o desempenho das soluções atuais. Os algoritmos genéticos, como subárea da
computação inteligente voltada para a otimização de soluções, surge então como uma
poderosa ferramenta para ser considerada neste escopo.
Este trabalho visa apresentar algumas aplicações dos algoritmos genéticos na
indústria do petróleo e está organizado da seguinte maneira: na seção 2 discutimos os
conceitos básicos dos algoritmos genéticos. Na seção 3, fazemos algumas considerações
sobre a aplicação dos algoritmos genéticos na indústria do petróleo. Na seção 4 listamos
de forma não exaustiva aplicações na área e, finalmente, na seção 5, concluímos com
alguns comentários pertinentes.
Outras revisões nesta área já foram feitas e usadas como parte da pesquisa para
este trabalho. Os leitores interessados podem consultar os trabalhos (AMINZADEH, 2004)
e (LANGS, 2005) para obter mais informações sobre os assuntos discutidos neste artigo.Revista da Engenharia de Instalações no Mar nº. 01 Jan./Jul. 2008
2. Algoritmos Genéticos
Algoritmos genéticos (GA) são uma técnica de busca baseada numa metáfora do
processo biológico de evolução natural, podendo ser caracterizados como uma técnica
heurística de otimização global (LINDEN, 2006).
Nos algoritmos genéticos populações de indivíduos são criadas e submetidas aos
operadores genéticos: seleção, recombinação (crossover) e mutação. Estes operadores
utilizam uma caracterização da qualidade de cada indivíduo como solução do problema
em questão chamada de avaliação e vão gerar um processo de evolução natural destes
indivíduos, que eventualmente deverá gerar um indivíduo que caracterizará uma boa
solução (talvez até a melhor possível) para o nosso problema.
Assim sendo, podemos dizer que algoritmos genéticos são algoritmos de busca
baseados nos mecanismos de seleção natural e genética. Eles combinam a sobrevivência
entre os melhores com uma forma estruturada de troca de informação genética entre dois
indivíduos para formar uma estrutura heurística de busca.
Os algoritmos genéticos evoluíram bastante quando Moscatto (1989) introduziu a
idéia de algoritmo memético como algo que visava reproduzir a evolução cultural, ao
contrário dos algoritmos genéticos, que visavam reproduzir a evolução biológica. A idéia
dele era casar os algoritmos genéticos com operadores de busca local de forma que
apenas a forma “otimizada” de cada indivíduo pudesse interagir dentro de uma população.
A idéia se difundiu e hoje os algoritmos meméticos são amplamente usados, sendo
tratados muitas vezes como uma espécie de evolução de acordo com o modelo de
Lamarck, que pregava as características adquiridas poderiam ser transmitidas para seus
filhos. De certa forma, isto é exatamente o que acontece nos algoritmos meméticos: cada
solução é melhorada no decorrer de sua vida (usando-se métodos locais de otimização) e
aí ele pode reproduzir e passar suas características melhoradas para seus descendentes.
Hoje em dia os algoritmos meméticos são usados como sendo parte da área de
algoritmos genéticos, embutindo um conceito fundamental, que é o de usar o máximo de
conhecimento possível sobre a área de atuação em que pretendemos atuar, evitando o
uso de algoritmos genéticos como uma técnica genérica de otimização.
A idéia de usar o máximo de conhecimento possível na resolução de um problema
deriva da afirmação fundamental de Wolpert (1995), chamada de teorema da inexistência
do almoço grátis (No-Free-Lunch Theorem, ou NFL), que afirma que todos os algoritmos
de busca têm exatamente o mesmo desempenho, quando se faz a média de todos os
infinitos problemas existentes. Grosseiramente, isto equivale a afirmar que se o algoritmo
A é melhor que o algoritmo B em uma série de k problemas, então deve haver uma outra
série de k problemas em que o algoritmo B tem um desempenho superior ao algoritmo A.
Uma conseqüência do NFL é que nenhum algoritmo genérico pode ser melhor do
que um algoritmo
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