AS ENFERMIDADES DA VESÍCULA BILIAR- COLELITÍASE E COLECISTITE
Por: 1a1a1a • 4/6/2015 • Relatório de pesquisa • 1.948 Palavras (8 Páginas) • 442 Visualizações
INTRODUÇÃO
ENFERMIDADES DA VESÍCULA BILIAR- COLELITIASE E COLESCITITE
A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, de até 50 cm3, a bile é produzida pelo fígado, passa pela vesícula biliar através de um pequeno tubo chamado ducto cístico parecido com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino.
A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável pela imensa maioria da formação de cálculos (pedras na vesícula), que podem impedir o fluxo da bile para o intestino e causar uma inflamação (colecistite).
Os cálculos biliares de pequenas dimensões podem sair da vesícula e conduzidos pela via biliar, serem eliminados do organismo através dos intestinos. No entanto, os cálculos biliares podem causar sintomas se ficarem presos na saída estreita da vesícula biliar ou nos canais que drenam até ao duodeno. Depois das refeições, especialmente das refeições com um conteúdo elevado de gordura, os músculos finos da parede da vesícula biliar contraem-se para ajudar a libertar a bílis para o intestino. Se a vesícula biliar se contrair contra um cálculo, ou se este bloquear a saída de líquido, impedindo-o de ser drenado livremente, pode originar-se uma dor forte e contínua.
Os cálculos biliares ocorrem mais frequentemente nas pessoas idosas, nas pessoas com excesso de peso e nas que perdem peso subitamente. A sua ocorrência é igualmente mais provável nas mulheres que estiveram expostas a níveis mais elevados de estrogénios ao longo da vida, por terem tido múltiplas gravidezes, tomarem contraceptivos orais ou efectuarem terapêutica hormonal de substituição depois da menopausa.
As doenças mais comuns são: Colelitíase, Coledocolitíase e Colescistite.
CARACTERIZAÇÃO: COLELITÍASE
Colelitíase, nada mais é do que a inflamação da Vesícula Biliar devido a presença de cálculos (pedras) no interior da Vesícula Biliar, esses cristais podem ocorrer em diversas porções do trato biliar, Podem ser formados por uma grande variedades de substâncias, é a patologia (doença) mais comum do Trato Biliar;
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
É condição prevalente nos países ocidentais,Mulheres = 20-25%, Homens = 10-15%.
Os estudos têm demonstrado claramente um aumento da incidência de cálculos biliares com o passar da idade, os cálculos de vesícula estão presentes em mais de 10% da população ocidental e esta incidência aumenta com a idade.
Os cálculos biliar é uma das condições mais comuns e sua prevalência varia com o país e certos grupos populacionais estudados. Na maioria dos países Europeus, Estados Unidos e Canadá, ela é de cerca de 10% da população.
No Brasil estudos mostram que a prevalência de colelitíase é de 9,3% em indivíduos com mais de 20 anos de idade. Considerando que a população brasileira é de cerca de 190 milhões de habitantes e que, desses, 105 milhões têm idade igual ou acima de 20 anos, estima-se que 10 milhões de brasileiros com mais de 20 anos de idade apresentam litíase biliar.
ETIOLOGIA
Os cálculos biliares são causados por alterações na composição da bile, normalmente a bile contém substâncias químicas suficiente para dissolver o colesterol excretado pelo fígado. Mas se o fígado excreta mais colesterol do que a bile pode dissolver, o excesso de colesterol pode se transformar em cristais e, eventualmente, em pedras.
Outra possível causa para o surgimento de cálculos biliares é a alta quantidade de bilirrubina na bile. A bilirrubina é uma substância química produzida no momento em que o corpo quebra as hemácias do sangue. Alguns problemas fazem com que o fígado produza quantidades acima do normal de bilirrubina, como cirrose hepática, infecções do trato biliar e algumas doenças do sangue.
Se a vesícula biliar não esvaziar corretamente ou com a frequência necessária, pode haver alta concentração da bile e, assim, a formação dos cálculos. Que ocorrem por diversos fatores, como: Alimentação rica em gorduras e carboidratos; Alimentação pobre em fibras; Sedentarismo, que aumenta o colesterol ruim e diminui o colesterol bom, Diabetes, Hipertensão, Obesidade, Tabagismo, Uso prolongado de anticoncepcionais, Elevados níveis de estrogênio (isso explica por que é mais comum os cálculos biliares no sexo feminino),Predisposição genética.
FISIOPATOLOGIA
Os principais fatores que participam na formação de cálculos biliares são a alteração na composição da bile, a redução na motilidade da vesícula biliar (estase biliar) e a presença de muco e de cálcio na vesícula. A formação de cristais devido à bile litogênica e o aprisionamento deles no muco vesicular, associado à estase na vesícula biliar (hipomoitilidade), levam à formação de cálculos.
A alteração primária que causa a formação de todos os tipos de cálculos biliares é a secreção de bile litogênica pelo fígado. A supersaturada ou litogênica caracteriza-se pelo aumento de colesterol (cálculos de colesterol) ou de bilirrubinato de cálcio (cálculos pigmentares) acima da sua solubilidade.
Colesterol, fosfolipídeos (lecitina) e bilirrubina não conjugada são insolúveis em água. Para serem solúveis é necessário a formação de micelas, que são agregados polimoleculares de sais biliares, fosfolipídios e colestero. Além de solúveis em água, os sais biliares são detergentes, ou seja, são capazes de solubilizar moléculas insolúveis em água, como o colesterol, lecitina e bilirrubina não conjugada.
SINAIS E SINTOMAS
Grande parte dos portadores de cálculos na vesícula são assintomáticos, os pacientes sintomáticos podem apresentar dor na parte superior e central do abdômen, ou no quadrante superior direito, na cólica biliar a dor costuma iniciar-se subitamente e termina gradativamente. A dor geralmente é intensa, contínua, com períodos de exacerbação, às vezes irradiando-se para as costas.
Algumas vezes, os cálculos podem não causar nenhum sintoma, de forma que o indivíduo nem imagina que tem esse problema. Os sintomas surgem principalmente quando ocorre inflamação da vesícula ou quando o cálculo migra para os canais que conduzem a bile.
No caso da migração das pedras, elas acabam obstruindo os canais, pois esses são muito estreitos. Com isso, a pressão dentro da vesícula aumenta e ocorre distensão (como se ela aumentasse de tamanho muito rápido), levando ao sintoma mais característico: a chamada cólica biliar. Essa dor aparece na região da "boca do estômago", vai aumentando de intensidade e passa a localizar-se mais para o lado direito do abdome. O indivíduo pode também contar que sente dor no ombro direito ou nas costas. Nos casos sem complicações, dura até uma hora. Pode ser desencadeada após refeição muito gordurosa, refeição normal ou quando o paciente se alimenta após um longo período de jejum.
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