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Valeriana

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Por:   •  5/9/2013  •  7.050 Palavras (29 Páginas)  •  714 Visualizações

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1. Ainda segundo MAURY (2002), para que a Homeopatia produza efeito é preciso acreditar nela. Assim se torna possível compreender as razões da notável ação da terapêutica homeopática que se baseia inteiramente na observação atenta do paciente e de suas INTRODUÇÃO

Os vegetais fazem parte da vida o homem desde seus primórdios como fonte de alimentos, de materiais para o vestuário, habitação, como utensílios para manifestações artísticas, culturais, religiosas e como meio restaurador da saúde (COPETI, 2005).

Através de tradições milenares, os produtos naturais constituem uma importante fonte de pesquisa visando à descoberta de novas substâncias com atividades farmacológicas. Compostos isolados de fontes vegetais também fornecem moldes estruturais para a obtenção de substâncias sintéticas e, além disso, podem ser empregados como ferramentas na identificação de mecanismos de ação (PLETSCHI, s.d.).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à pobreza do mundo e a falta de acesso aos medicamentos industrializados, entre 65 e 80% da população dos países em desenvolvimento depende das plantas medicinais para as suas necessidades básicas em saúde (BRANDÃO, 2007).

Sua importância medida pela intensidade do seu uso tem assumido nos diversos estágios de desenvolvimento da sociedade. Nos dias de hoje representam uma das alternativas entre as diversas fontes de insumos necessários à existência da sociedade, tendo como principal vantagem o fato de ser uma fonte renovável e, em grande parte, controlável pelo ser humano (SIMÕES, 2007).

Dentre os incontáveis produtos naturais de origem vegetal destaca-se a Valeriana officinalis, planta herbácea, pertencente à família Valerianacea e que devido a seu uso medicinal hoje é uma das plantas mais amplamente utilizada para o tratamento da ansiedade e insônia (SOARES, 2008).

Várias espécies de Valeriana são utilizadas na produção de fitoterápicos, devido a sua ação sedativa semelhante aos benzodiazepínicos. O farmacêutico procura nessas fontes naturais, quase inesgotáveis, compostos com potencial terapêutico e para isto, direciona seus estudos para as relações entre as formas e as condições de extração, os procedimentos para o isolamento, a caracterização e o desenvolvimento de métodos de síntese (MORAZZONI, BOMBARDELLI, 1995).

O extrato de Valeriana officinalis possui entres seus componentes ativos o ácido gama aminobutírico (GABA), ácido valerênico, alcaloides, óleos voláteis, valepotriatos e ésteres não glicosídeos (SOARES, 2008).

Dessa forma o presente trabalho tem como objetivo a realização uma revisão bibliográfica por meio de uma busca em materiais da literatura pertinente das moléculas bioativas dessa planta amplamente utilizada tanto em produtos fitoterápicos como em Homeopatia com potente ação sobre o sistema nervoso central.

METODOLOGIA

Foi realizada pesquisa bibliográfica baseada em sites, artigos e livros de metodologia científica sobre a Valeriana officinalis. A pesquisa incluiu um período de 16 anos (1997 a 2013) e sites de busca com ênfase na Farmacopéia Brasileira e ANVISA, bem como monografia da Valeriana pela Revista Lusófona de Ciências e Tecnologia da Saúde por Sara Gonçalves e Ana Paula Martins (2006).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Homeopatia é uma terapêutica médica que consiste em curar doentes valendo de remédios preparados em diluições infinitesimais e capazes de produzir no homem aparentemente sadio sintomas semelhantes aos da doença que devem curar um paciente específico. Com essa conceituação da Homeopatia pode-se distinguir os três fundamentos básicos: princípio da semelhança, experimentação no homem sadio, e ação de diluições infinitesimais (ALVARENGA, 2012).

Também pode ser considerada em outros termos, o método de aplicação medicamentosa baseando-se no princípio da similitude, já enunciado por Hipócrates, posto em prática por inúmeros clínicos e experimentalmente confirmado por Christian Friedrich Samuel Hahnemann, (Meissen, Saxônia, 10 de Abril de 1755 - Paris, 2 de julho de 1843) sendo o fundador da Homeopatia em 1779 (MAURY, 2002).

Fundamentando-se no princípio da: “Experientia in homine sano” (experiência no homem são) e “Similia similibus curantur” (semelhante cura o semelhante), o conjunto de sinais e sintomas, causados pela ingestão de uma substância natural (que provém dos reinos animal, vegetal ou mineral), por vários seres humanos saudáveis, será o mesmo a ser curado por essa mesma matéria-prima, quando utilizada como medicamento homeopático após passar pelos processos de diluição e dinamização. Através desses processos, ocorre uma inversão das propriedades farmacodinâmicas das substâncias que deixam de causar alterações patológicas e passam a curá-las quando ministradas ao enfermo (WELEDA DO BRASIL, s.d.).

O tratamento homeopático consiste em fornecer ao paciente sintomático doses extremamente pequenas dos agentes que produzem os mesmos sintomas em pessoas saudáveis, quando expostas a quantidade maiores. A droga homeopática é preparada em um processo chamado dinamização, consistindo na diluição e sucussão da substância em uma série de passos (CARVALHO, 2009).

Até os últimos anos, a grande crítica feita à terapêutica homeopática repousava na administração desses medicamentos que contêm apenas quantidades mínimas de princípio ativo. Segundo as normas clássicas, essas não podiam exercer nenhuma ação curativa válida, uma vez que, cientificamente falando, supõe-se que todo efeito medicamentoso seja função da quantidade ponderal do produto absorvido (MAURY, 2002).

reações, tanto na esfera física como no campo psíquico. Assim, como já dizia Trousseau: “não existem doenças, há somente doentes”. O estado e a comparação dos sintomas do paciente permitem, pois, a escolha do medicamento cujos sinais de intoxicação experimental mais se aproximem daqueles apresentados pelo paciente.

Na natureza tudo comporta um significado, uma semelhança, uma analogia. Seria possível discorrer sobre essa simples constatação, cujo objetivo é fazer compreender as próprias bases da medicina homeopática e seus fundamentos. Mas é ao criador da Homeopatia que se deve a confirmação e a aplicação desta disciplina, tal como continua sendo praticada nos dias atuais (RUDDER, 2002).

Além da Homeopatia, a utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a recuperação da saúde é uma prática generalizada, que foi sedimentando-se ao longo do tempo,

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