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Melhoramento Genetico - Border Collie

Por:   •  19/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  1.899 Visualizações

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BORDER COLLIE – DOENÇAS

Apesar de ser uma raça muito saudável, enérgica e ativa, o border collie também está propenso a algumas doenças hereditárias.

As principais preocupações são: CEA (anomalia do olho), TNS (distúrbio imunológico), CL (doença congênita fatal), MDR1 e displasia coxo-femoral, sendo esta a principal.

Graças a estudos veterinários e geneticistas foi possível determinar os genes que afetam os cães doentes. Todas essas doenças são provocadas por um gene recessivo, que ambos (pai e mãe) devem carregar para produzir cães afetados. Trata-se de uma herança mendeliana autossômica recessiva (expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor), ou seja, o cão tem duas cópias do gene, uma vinda da mãe e a outra do pai.

Existem testes de DNA para determinar se o cão é NORMAL (não carrega gene nenhum da doença), se ele é PORTADOR (carrega o gene da doença) ou se ele é AFETADO (afetado pela doença).

  • NORMAL/CLEAR (AA): cão é homozigoto e possui duas cópias de genes normais, sendo assim nunca produzirá filhotes afetados.
  • PORTADOR/CARRIER (Aa): o cão é heterozigoto e saudável, apresenta um gene normal e um gene defeituoso, ou seja, não apresenta a doença, mas carrega um gene que a provoca.

Se esse cão portador (Aa) for acasalado com um cão normal, pode produzir filhotes normais e portadores, porém todos saudáveis.

  • AFETADO/AFFECTED (aa): o cão é homozigoto recessivo, apresenta duas cópias do gene defeituoso e irá apresentar a doença variando em níveis de severidade de acordo com o indivíduo e doença.

Esse cão afetado se acasalado com um cão normal gerará 100% da progênie de cães portadores.

Se um cão afetado acasalar com um cão portador, pode produzir portadores ou afetados.

Se um cão afetado acasalar com outro cão afetado, produzirá 100% de cães afetados.

Baseado em uma tabela de cruzamentos, o criador pode evitar o aparecimento futuro dos genes em seus filhotes, evitando assim que ele apresente a doença. Basta fazer o teste de DNA e reformular seu plano de criação para eliminar os genes recessivos de seu futuro plantel.

TABELA DE CRUZAMENTO

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DOENÇAS:

CEA (Collie Eye Anormaly): caracteriza-se pelo desenvolvimento anormal do olho, mais precisamente da coroide, responsável pela irrigação sanguínea dos olhos. Afeta a anatomia anormal da retina e de outras estruturas mais profundas. Nos casos mais graves ocorre o deslocamento da retina que leva a cegueira total ou parcial.

Os sintomas são olhos menores que o normal, com órbitas profundas e mineralização das córneas.

TNS (Trapped Neutrophil Syndrome): é caracterizada pelo defeito no transporte de neutrófilos (glóbulos brancos – célula de defesa), responsável por defender organismo de infecções. Os neutrófilos são produzidos, mas não chegam aos locais infectados, tornando o organismo incapaz de combater infecções.

Os sintomas frequentes são: vômitos, diarreia com sangue, anorexia. Assim são facilmente confundidos com parvovirose ou coronavirose.

Geralmente os filhotes morrem antes de completar 2 meses de infecção generalizada ou ainda depois da primeira dose de vacina.

CL (Ceroyde Lipofuciosis): caracterizada pelo distúrbio no armazenamento lisossômico em diversas células do corpo, principalmente a nível cerebral, levando a neurodegeneração progressiva, resultando em deficiência neurológica grave e morte precoce.

Começam a apresentar os sintomas com 1 a 2 anos de idade. Os principais sintomas são: perda de coordenação motora com convulsões, tremores, alterações de comportamento e pode ocorrer também deficiência visual.

MDR1 (Mult Drug Resistence): caracterizada pela falta de proteína P-glicoproteína, responsável pelo bombeamento de metabólitos dos fármacos ingeridos para fora das células do organismo, principalmente no cérebro, onde a falta dessa proteína acarreta no acúmulo de substâncias tóxicas que não são bombeadas para fora das células, matando os animais por intoxicação nervosa.

PRINCIPAL DOENÇA:

DISPLASIA COXOFEMORAL:

Nos cães a displasia coxofemoral é uma doença poligênica de natureza quantitativa e multifatorial, causada por diversos fatores. Além da hereditariedade e poligenia, a manifestação e desenvolvimento são dependentes de porte físico, estrutura e conformação corpórea, disparidade no desenvolvimento entre músculo e osso, taxa elevada do crescimento, nutrição excessiva e/ou inadequada, excesso de atividades físicas em animais jovens, manejo ambiental e aspectos hormonais, sendo a superalimentação e a raça fatores essenciais para sua manifestação.

As diversas formas de associação entre os fatores predisponentes resultam em alterações do desenvolvimento que afetam a cabeça do fêmur e o acetábulo, que podem resultar em alterações degenerativas irreversíveis. Ou seja, decorre de uma má formação da articulação coxofemoral, acompanhada de flacidez (lassidão) da cápsula articular que se desenvolveu durante o crescimento e maturação do esqueleto. Durante o crescimento pode haver um desequilíbrio entre o esqueleto e o sistema muscular de suporte que levam a incongruência articular. Ocorre uma disparidade no desenvolvimento dos tecidos ósseos e moles de suporte, que altera a biodinâmica da articulação, causando pequenos e repetidos traumas, com consequente inflamação da membrana sinovial. O resultado dessas alterações será o surgimento da instabilidade articular e alterações ósseas degenerativas.

Os sintomas se manifestam com redução da atividade do animal associada a graus de dores na articulação. Costumam aparecer entre 4 meses e 1 ano de idade.

O diagnóstico clínico é baseado no relato do proprietário, no modo de andar do animal, nos sinais, e principalmente nos resultados dos exames específicos da articulação coxofemoral (exame radiográfico).

Foi realizada uma pesquisa pelo CESUMAR – Centro Universitário de Maringá, o qual foram avaliados 52 cães da raça border collie, machos e fêmeas de diversas idades. Os exames radiográficos foram realizados no Hospital Veterinário da própria instituição.

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