Reticuloperitonite
Por: boninwillians • 27/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.114 Palavras (5 Páginas) • 480 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DOURADOS
Medicina Veterinária – Semiologia.
Acadêmico
Uillians Bonin
Dourados
2015
FACULDADE ANHANGUERA DOURADOS
Medicina Veterinária – Semiologia
Semiologia
Professora: Mariana Motta
Relatório de Atividades Práticas Supervisionadas da Disciplina de Semiologia, do Curso de Medicina Veterinária da faculdade Anhanguera de Dourados sob orientação da professora Mariana Motta.
DOURADOS
2015
Sumário
• Introdução ....................................................4
• Reticuloperitonite Traumática ...................5
• Conclusão......................................................7
• Referência Bibliográfica .............................8
Introdução
A reticuloperitonite traumática se origina a partir da presença de corpos estranhos no estômago, pelo fato de não seletividade em ruminantes (The Merck 1991). Esses hábitos alimentares facilitam que objetos pontiagudos sejam apreendidos e engolidos (Guard C. 1993). O gado leiteiro adulto é mais comumente afetado, devido à exposição mais frequente. Casos esporádicos podem ocorrer em bezerros, bovinos confinados, gado de corte, reprodutores leiteiros, ovinos e caprinos (Guar C. 1993; Radostitis O.M 1994).
A doença é muito comum em animais que recebem alimentos estocados, forragens, concentrados e também, aqueles que ficam em pastagens próximas, a cercas em reparos ou nas proximidades do cocho (Radostitis O.M 1994; The Merck 1991). Em alguns casos podem ocorrer morte súbita devido à hemorragia, se houver perfuração das artérias regionais principais e, também, no caso de penetração no miocárdio ou ruptura da artéria coronária (The Merck 1994).
Retículoperitonite traumática
A reticuloperitonite traumática é causada pela penetração no retículo de corpos estranhos metálicos ingeridos nas rações preparadas ou mesmo em pastagens a campo aberto (Guard, C. 1993). Algumas pesquisas nos matadouros mostram que em mais da metade dos retículos de bovinos examinados havia fragmentos de madeira, pedras e objetos metálicos estranhos à alimentação. E quando um animal ingere um arame ou um prego de tamanho significativo, o objeto instala-se no retículo e durante as contrações ruminais pode perfurar a parede do retículo (Andrews et al., 2008). A ocorrência desta afecção está relacionada com o tipo de manejo do rebanho. Como exemplo estão às cercas de arame farpado, enferrujadas e mal conservadas ou displicência dos funcionários que, ao abrir os fardos de palha ou feno, deixam os arames perto dos animais.
Acredita-se que a incidência tem diminuído desde que se substitui o arame pela corda para enfardar os fardos e se usam cercas eléctricas em vez do arame farpado (Andrews et al., 2008). Numa série de 1400 necropsias, 59% das lesões foram causadas por pedaços de arame, 36% por pregos e 6% por diferentes objetos, sendo as vacas de leite as mais atingidas por esta afecção devido à sua maior exposição (Radostits et al., 2002). Os objetos metálicos ingeridos invariavelmente vão para o pavimento do retículo e a maioria das penetrações ocorre na parte baixa da parede cranial do retículo, mas algumas ocorrem lateralmente, em direção do baço e medialmente em direção ao fígado (Radostits et al., 2002; Andrews et al., 2008). Se a parede do retículo for agredida, mas sem penetração na superfície serosa, não se vão detectar sinais clínicos e o objeto pode permanecer fixo no local por longos períodos, acabando por ser corroído. Um pedaço de arame pode desaparecer em seis semanas, mas os pregos podem permanecer por mais de um ano (Radostits et al., 2002).
A penetração ocorre devido às contrações ruminais e reticulares, depois de o arame penetrar na parede reticular, vai, na maioria dos casos, atingir o peritônio, o que irá provocar uma peritonite local aguda, que vai causar atonia ruminal e dor abdominal. Mas nesta fase, se houver uma retração do corpo estranho no retículo pode haver uma recuperação espontânea (Radostits et al., 2002; Andrews et al., 2008). De
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