TIPOS DE TESTES PARA IDENTIFICAÇÃO DA BRUCELOSE
Por: IngridJulho • 10/8/2019 • Trabalho acadêmico • 4.001 Palavras (17 Páginas) • 346 Visualizações
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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA
Colegiado de Medicina Veterinária
TIPOS DE TESTES PARA IDENTIFICAÇÃO DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA
Ingrid Julho Ribeiro
Ilhéus - Bahia
Agosto - 2019
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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA
Colegiado de Medicina Veterinária
TIPOS DE TESTES PARA IDENTIFICAÇÃO DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA
Ingrid Julho Ribeiro
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Ilhéus - Bahia
Agosto - 2019
I - Introdução
Um dos principais entraves que impactam negativamente na expansão da pecuária bovina mundial é o comprometimento que infecções do trato reprodutivo apresentam no desempenho reprodutivo do rebanho. Infecções que ocasionam mortalidade embrionária e fetal são responsáveis por grande parte dos problemas reprodutivos em bovinos de todo o mundo. Várias classes de micro-organismos como as bactérias, vírus e protozoários podem infectar o trato reprodutivo trazendo consequências à fêmea bovina e, principalmente ao feto. Entre as doenças que acometem animais de produção estão a brucelose e a tuberculose bovina, que além de acarretar mudanças drásticas na produção levando a perdas econômicas, prejudica a saúde dos animais, onde tem o seu bem-estar comprometido.
Existem duas ações de grande importância que atuam em conjunto e propiciam amplo desenvolvimento e eficiência técnica para a propriedade: Prevenção e Manejo.
Essas ações aliadas a um manejo eficiente e adequado podem diminuir o risco de contaminação dessas doenças, reduzindo assim as perdas e propicia relevante ganho produtivo.
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal – PNCEBT foi instituído no Brasil pela Instrução Normativa Ministerial nº 02/2001 e regulamentado pela Instrução Normativa SDA nº 10/2017 com o objetivo de reduzir os impactos negativos dessas zoonoses na saúde humana e animal.
Os testes para identificação da Brucelose são: Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), 2-Mercaptoetanol (2-ME), Teste de Fixação de Complemento (FC), Teste de Polarização Fluorescente (FPA) e o Teste do Anel em Leite (TAL).
Para a Tuberculose existem os seguintes testes: Teste Cervical Simples (TCS), Teste Cervical Comparativo (TCC) e o Teste da Prega Caudal.
lV – Testes para Diagnóstico da Brucelose
Os testes para diagnóstico de brucelose e tuberculose são classificados em:
- Testes de rotina – realizados por médicos veterinários habilitados, com o objetivo de detecção de rebanhos infectados, saneamento de propriedades e trânsito de animais;
- Testes confirmatórios – realizados em animais reagentes a testes de rotina e obrigatório para trânsito internacional, são executados por laboratórios credenciados pelo MAPA.
Segundo o PNCEBT os testes oficiais são:
Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Anel de leite, 2 mercaptoetanol (2-ME) e Fixação de Complemento (FC).
Os dois primeiros são classificados como teste de triagem e os dois últimos como confirmatórios.
São utilizadas células inteiras da amostra B. abortus 1119-3 na preparação dos antígenos.
Testes de triagem:
Teste de soroaglutinação com Antígeno Acidificadp Tamponado (AAT)
Antígeno Acidificado Tamponado é uma prova de aglutinação rápida onde se usa um antígeno tamponado a um pH 3,65 e corado com rosa de bengala. A leitura indica a presença ou ausência de IgG, pois somente esta classe de imunoglobulinas é capaz de reagir com este antígeno em função do pH baixo (Alton et al, 1988).
O antígeno consiste de suspensão celular inativada de Brucella abortus amostra 1119-3. Recomenda-se o uso dos controles em cada bateria de testes realizada.
● Prepara-se com o antígeno na concentração de 8% tamponado em pH ácido (3,65), corado com Rosa ,de Bengala.
Podem ocorrer reações falso-positivas em decorrência do uso da vacina B-19, sendo assim recomendado testes de maior especificidade para evitar o sacrifício de animais sadios. Esse teste não indica o título de anticorpos, sendo um teste qualitativo. Na leitura é observado a presença ou ausência da imunoglobulina IgG1.
Interpretação:
Presença de grumos – REAGENTE
Ausência de grumos - NÃO REAGENTE
A figura abaixo representa uma reação positiva do teste AAT, onde há a formação de grumos.
[pic 4] Fonte: Senar.org
Teste do Anel em Leite (TAL)
Utiliza-se geralmente antígenos corados com hematoxilina, que forma cor azul quando a reação é positiva. Havendo anticorpos no leite, estes se combinarão com as B. abortus do antígeno, formando uma malha de complexo antígeno-anticorpo que será arrastada pelos glóbulos de gordura, o que leva à formação de um anel azulado no leite indicando uma reação positiva. Se não houver anticorpos, o anel de creme do leite fica na cor branca e a coluna do leite permanecerá azulada sendo, nesse caso, uma reação negativa.
Também pode apresentar reações falso-positivas, em casos de ser feito em leite ácido, em animais que possuam doenças como a mamite, ou com animais que estejam no início da lactação (colostro). A figura abaixo ilustra o teste Anel em Leite:
Reação positiva tem a presença de um anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada e na reação negativa há anel de creme branco e coluna de leite azul.
[pic 5] Fonte: Senar.org
Testes confirmatórios:
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