Conservação da Biodiversidade Aquática
Por: Sabrinaoroski • 4/8/2018 • Relatório de pesquisa • 1.443 Palavras (6 Páginas) • 330 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
Mini-Relatório:
Conservação da biodiversidade aquática
Professor: Geraldo C. Coelho.
Acadêmica: Sabrina Oroski,.
Componente Curricular: Ecologia Aplicada.
Chapecó - SC
Em uma visita técnica realizada no dia 28 de novembro de 2017, orientada pelo professor Geraldo Coelho, na disciplina de Ecologia Aplicada, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o projeto Piraqué,(O projeto de preservação dos peixes migradores do Rio Uruguai, Piraqué, tem sua essência na língua indígena tupi-guarani. “pira” significa “peixe”, e “qué”, “cuidado e atenção”), e também do comportamento dos peixes nativos, os quais tem grande importância para a região, isto no Instituto Goio En.
Como o próprio significado nos diz o programa nasce com o objetivo de cuidar dos peixes. Com apoio da Fundeste (Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste), o grupo tem como propósito reproduzir espécies nativas do Rio Uruguai, e as soltar novamente no rio, porém desta vez são peixes com melhor qualidade genética. Também busca desenvolvimento de pesquisas e cultivo comercial.
Os processos de melhoria genética e produção também são aprimoradas com técnicas e tecnologias de cultivo em cativeiro. Como exemplo, a cada safra, novos reprodutores (matrizes) são capturados no rio Uruguai e afluentes esses peixes recebem um chip (transponder) com numeração e são armazenados no plantel, quando realizado o novo processo reprodutivo, são identificados, evitando o cruzamento entre indivíduos aparentados e garantindo a variabilidade genética.
Ao chegarem ao tamanho ideal e em condições para sobrevivência no habitat natural, uma quantia desses juvenis é utilizada para o repovoamento de rios. Na safra de 2016/2017 foram repassados para soltura mais de 305 mil alevinos no Rio Uruguai que é a maior bacia hidrográfica da região. O cultivo e soltura dessas espécies migratórias visa contribuir com a manutenção dos estoques pesqueiros.
Além do mais existe uma preocupação social para com os ribeirinhos, que vivem da pesca nas águas da Bacia do Rio Uruguai, é de suma importância ver que a pesca é abrangente nessa região do Oeste Catarinense, com o sucesso do projeto essas famílias serão beneficiadas, porém ainda há pouca colaboração dos mesmos. O olhar do projeto alcança também os pequenos agricultores que futuramente poderão fazer criações maiores de peixes, resultando em uma renda a mais.
Sidinei Follmann é o agrônomo responsável no instituto Goio nas unidades de São Carlos e Águas de Chapecó, ambas em Santa Catarina, atua como coordenador de piscicultura, realizando pesquisas nas áreas de piscicultura e ictiofauna. Nossa visita se restringiu a unidade pertencente a Águas de Chapecó, a qual tem uma vista para o Uruguai, onde pudemos notar os danos causados pela barragem localizada mais acima do curso do rio..
Considerada a primeira a manter banco genético vivo de todas as espécies migratórias do Rio Uruguai, são reproduzidos: curimbatá (Prochilodus lineatus), dourado (Salminus brasiliensis), jundiá (Rhamdia quelen), piava (Leporinus obtusidens), pintado-amarelo (Pimelodus maculatus), piracanjuba (Brycon orbignyanus), surubim-pintado (Pseudoplatystoma corruscans) e suruvi-bocudo (Steindachneridion scriptum). Inclusive o Curimbatá é de grande relevância pois consegue estabilizar o ph da água, o Dourado por ser carnívoro tornando possível a eliminação de boa parte das Tilápias, que são um grande problema por reproduzirem demasiadamente, o que afeta negativamente a diversidade aquática.
A diferenciação e a qualidade dos alevinos retratados pelo Instituto Goio-En são espelhos do acompanhamento direto de padrões de qualidade da água, da monitora e do juízo animal, do cumprimento de todas as exigências ambientais e da obtenção de licença emitida pelo IBAMA. Atualmente contam com 2500 matrizes que possuem transponder, isso ajuda a garantir uma genética pura na linhagem dessas fêmeas.
Causas da poluição, pesca excessiva, perda de hábitat e a introdução de espécies invasoras ameaçam um grande número de peixes houve um “declínio alarmante” na herança natural. Os peixes de água doce, estão sofrendo ameaças particulares, a poluição, pesca excessiva, perda de hábitat e a inclusão de espécies não nativas são alguns fatores responsáveis pela perda das espécies aquáticas nos países, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), a porcentagem de ameaça sobre a diversidade de peixes é alta, e tende a aumentar, se não houver mudanças no modo de conservação pesqueira nos dias atuais.
Dos peixes exóticos invasores podemos citar, novamente, a Tilápia, que é natural da África porém introduzida na América do Sul na década de 70, que tem alta reprodução e facilidade no crescimento, o que faz dela uma praga que se alastra. Pelo lado ambientalista não é bom ter estas espécies em nosso território porque deterioram as águas e disseminam parasitas. Outra espécie invasora é a carpa, juntas representam a maior parte dos pescados brasileiros. Segundo Nilton Rojas: “Esse processo de poluição também chamado de “adubação” impede a entrada de luz, facilita a proliferação de algas e dificulta a sobrevivência de outros seres vivos no meio”, explica.
Em 2009 0 IBAMA publicou uma lista com 633 espécies de peixes ameaçados de extinção no Brasil, sendo dessas 142 espécies de peixes que vivem em água doce, a proteção dos animais que vivem e dependem dos rios é uma tarefa urgente, e não é só nosso futuro, depende de lutarmos pelo meio ambiente, que é o patrimônio comum de todos os seres vivos do planeta. Com estes dados alarmantes notamos a crescente demanda de atenção para os rios e a importância do Projeto de Preservação dos Peixes Migradores do Rio Uruguai para nossa região, já que este tem seu foco voltado para os estudos dos peixes de água doce por aqui encontrados.
Tendo em vista os problemas jogados em forma de lixo em nosso rios e mares, vemos a necessidade de olhar mais de perto para esse problema ambiental no meio aquático, deste modo inseriu-se a técnica de usar peixes como bioindicadores,
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