A Conserva Vegetal

1. INTRODUÇÃO

        O Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café verde no mundo, além de ser um dos maiores consumidores da bebida. São cultivadas duas espécies de café, sendo que a maior produção é da espécie arábica, com cerca de 80% do total nacional (SENAR, 2017).

        Um dos principais pontos para ter sucesso na introdução de uma lavoura cafeeira são as produções de mudas de qualidade, pois, como se trata de uma cultura perene, uma vez que ela for implantada em campo de maneira equivocada, isso se repercutira durante toda a vida da lavoura, podendo interferir negativamente, como diminuição da vida útil da lavoura, queda na qualidade dos frutos produzidos ou até afetar diretamente na produtividade da lavoura, causando assim, prejuízos ao produtor.

        Por esses motivos, pesquisadores vêm trabalhando para poder descobrir novos métodos ou produtos que auxiliem, de maneira positiva, o desenvolvimento das mudas de café, para assim, quando elas forem serem implantadas em campo, estejam com a melhor qualidade possível. Dentre esses produtos, encontram-se os bioestimulantes, que, de acordo com Yakhin et al. (2017), são compostos elaborados de fonte biológica que, na incumbência de novas características ou resultante da sua formula de seus constituintes, geram melhorias na produtividade das culturas.

        Outro método que vem sendo estudado, com o nível atual de tecnologia, é a utilização de iluminação artificial, como uma suplementação adicional de luz para as plantas, através de espectros de luz de diferentes formas, para uma melhor utilização da luz por parte das plantas, e assim, podendo gerar um aumento na produtividade e um incremento na qualidade das mesmas.

        Esse método apresenta como vantagem a oportunidade de manejar a iluminação, podendo se utilizar de espectros de luz específicos, pois as iluminações a base de LED já são vendidos com todas as faixas espectrais disponíveis e podem ser configuradas para cada cultura que for trabalhada, maximizando a utilização da luz para uma produção mais otimizada, evitando desperdícios desnecessários de energia com espectros luminosos improdutivos para as plantas (TAMULAITIS et al., 2005).

        Diante essas informações, esse trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de mudas de café produzidas com a influencia da suplementação luminosa pelo uso de módulos de LED juntamente com o uso de bioestimulantes.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.  Cultivo do café
2. Uso de bioestimulantes
3. Suplementação luminosa

        

1. MATERIAS E METÓDOS

        O experimento será conduzido no período de dezembro de 2020 a março de 2021, em ambiente protegido, localizado na estufa da área experimental do setor de horticultura, pertencente ao IFTM, Campus Uberaba, em Uberaba, MG. O clima do local, segundo Köppen é do tipo tropical quente e úmido, com inverno frio e seco (Aw), com precipitação e temperatura média anual de 1500 mm e 21 °C, respectivamente.

        O delineamento experimental utilizado será em sistemas de blocos ao acaso (DBC) com quatro repetições, no esquema fatorial 3 x 3, sendo três ambientes de cultivo, o primeiro com suplementação luminosa ao entardecer, o segundo com suplementação luminosa ao amanhecer, e o terceiro sem suplementação luminosa, e três tipos de bioestimulantes, Biozimer, Estimulate e estrato de algas.

        A suplementação luminosa será realizada através de módulos de LED de 2,47 metros de comprimento, posicionados na horizontal a 1,5 metros do solo. Os módulos são compostos por LEDs nas cores vermelho (~660nm) e azul (~450nm), na proporção 4/1, respectivamente. O fluxo de fótons dos módulos é de 220 µmol/s e o consumo de energia de 105 W.