Gergelim
Por: alinivargas • 14/4/2015 • Trabalho acadêmico • 6.446 Palavras (26 Páginas) • 772 Visualizações
PRODUÇÃO NACIONAL DE GERGELIM
Discentes:
Adriano Lizandro Seibert. Gall
Alini Moreira Vargas
Gabriele Moreira Vargas
Mauricio Alencar da Silva Loch
Samara Ruthielly de Vargas Schnorr
Habilidade 20.1
Canarana - MT
Maio, 2013
PRODUÇÃO NACIONAL DE GERGELIM
Trabalho referente à habilidade 20.1 do Curso Técnico em Agropecuária, ministrada pela Docente Monique Faccio, para fins avaliativos.
Canarana - MT
Maio, 2013
INTRODUÇÃO:
O gergelim (sesamum indicum) é uma das plantas oleaginosas mais antigas, pertencente à família das pedaliáceas (erva ou arbusto que cresce em região quente); tem sua origem indefinida entre os continentes Africano e Asiático e foi introduzida no Brasil pelos Portugueses no século XVI. O gergelim é geralmente cultivado em regiões tropicais e subtropicais. Influenciada pela comunidade árabe, sendo o principal consumidor de gergelim na década de 1980, o “girgilan” como era conhecido, no Brasil passou a ser conhecido como gergelim porem em outros países ele ainda é conhecido como sésamo que vem de origem latino (ARAÚJO et.al., 2006).
A planta é constituída por diferentes estruturas sendo anual, ou perene, pode chegar de 0.30 a 3.0 m de altura, apresenta caule ereto, podendo ter ou não ramificações ou pelos, possui sistema radicular pivotante (camada mais superficial do solo), ele possui raízes profundas e superficiais, dessa forma tem preferência por solos profundos e arenosos, as folhas são alternadas em lados opostos, e, quando a planta é adulta são mais largas e dentadas. As flores são complementares sendo de 1 a 3 axilas foliar, seu fruto é constituído por uma capsula alongada que se abre quando atinge a fase de maturação, chegando de 2 a 8 cm dependendo da variedade, a cor varia entre branco e preto, e, 1000 sementes equivalem a mais ou menos 2 a 4gr (BELTRAO et. al., 2001).
A semente da cultivar é geralmente utilizada na alimentação humana como importante fonte de óleo comestível e qualidade nutritiva, sendo utilizado por confeitarias, panificadoras, indústrias de biscoito e in natura (BELTRAO et. al., 1994).
A cultivar de gergelim apresenta condições favoráveis para resistir ao clima quente e seco e facilidade para o cultivo, tornando assim grande potencial econômico nacional e internacional. Geralmente a produção de gergelim é feita por produtores pequenos e na agricultura familiar se tornando fonte de renda alternativa (ARAÚJO et.al., 2006).
A produção de gergelim gera aumento na economia internacional e nacional e existem aproximadamente 65 países produtores, como a China, Índia, Mianmar dentre outros, já no Brasil a produção de gergelim é realizada pelas regiões nordeste e sudeste, sendo comercializado nas regiões Centro Oeste e Sudeste, sendo que o maior produtor é o estado de Goiás, seguido por São Paulo, Minas Gerais, e Mato Grosso (ARAÚJO et.al., 2006).
2. OBJETIVOS:
Através de pesquisas bibliográficas, procuraremos desenvolver um trabalho destacando a importância econômica do cultivo do gergelim no mundo assim como no Brasil, dando ênfase para a produção do estado de Mato Grosso e ao nosso município de Canarana. Também será destacado os fatores que afetam o cultivo do mesmo, como o clima, solo, manejo, adubação e controle de pragas e doenças, assim como a colheita e comercialização, além de sua composição química e uso.
3. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:
Devido a sua resistência e facilidade no consumo, a produção de gergelim possui grande diversidade agrícola e dessa forma é considerado um potencial econômico mundial nas indústrias alimentícias e óleo-química (ARAÚJO et.al.,2006 apud BARROS et. al., 2001).
Segundo a (FAO 2005), a comercialização mundial de gergelim chega a aproximadamente 3.16 milhões de toneladas, com uma produtividade de 481.40 kg/ha no ano de 2006, tendo os países da Índia, China, Mianmar produzindo 49% da produção mundial, consequentemente vêm os países de Sudão, Venezuela, Etiópia e o Brasil (ARAÚJO et.al., 2006).
A produção mundial de gergelim chega a 3.976 milhões de toneladas (FAO 2010). Nos dias atuais o maior produtor de gergelim é Mianmar com 867 mil toneladas, seguido pela Índia com 657 mil toneladas e a China com 622 mil toneladas, representando 53.9% da produção mundial (MENDES, apud FAO, 2010).
Já no Brasil em 1997 a produção chegava em torno de 15 mil toneladas produzidas com um rendimento de 600 kg/ha, seus maiores produtores são os estados de Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais. Nos dias atuais a produção anual de gergelim no Brasil é de 9 mil toneladas, destes 4.1 mil toneladas são importadas para outros países (ARAÚJO et.al., 2006 apud Dados do MDIC).
O aumento da produção nacional de gergelim foi dado com a chegada das redes de fast-food (comida rápida) em 1979, introduzindo os pães de gergelim na alimentação brasileira, o MCs Donald´s é o principal divulgador dos produtos alimentícios com gergelim ou conhecidos como baguetes (ARAÚJO et.al., 2006).
No município de Canarana o gergelim é produzido em pequena escala, alguns produtores somente plantam e realizam o armazenamento da semente, já que é distante dos grandes centros para a comercialização, e o preço pago pelos produtos é pequeno. O rendimento da produção do gergelim vareia devido aos fatores climáticos, de adubação e o desperdício na colheita, o rendimento pode chegar a média a 650 kg sendo para o preço pago para a comercialização de R$ 1.00 a 3.00 reais dependendo do comprador e período. (Joao Oster, SEAGRE).
3.1 CLIMA:
O gergelim prefere clima quente, mas também pode ser cultivado em clima subtropical e tropical úmido. É uma planta que tem bastante resistência a seca, pois suas raízes podem chegar a um metro de profundidade, possibilitando acesso a água do subsolo garantindo uma boa produtividade. Temperaturas abaixo de 20°C provocam atraso na germinação e no desenvolvimento da planta e abaixo de 10°C todo o metabolismo fica paralisado, levando à morte da planta. Temperaturas superiores a 40°C causam abortamento de flores e o não enchimento de grãos. Temperaturas médias de 27°C favorecem ao crescimento vegetativo e a maturação dos frutos (ARAÚJO et.al., 2006).
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