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Rastreabilidade Do Concreto

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Por:   •  25/9/2014  •  3.952 Palavras (16 Páginas)  •  963 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O estudo de caso que será desenvolvido neste trabalho envolve a rastreabilidade do concreto, desde a composição dos seus materiais até sua aplicação no canteiro de obra.

A logística e os componentes que compõe o concreto podem ser das mais variadas formas possíveis, determinados - na maioria das vezes - conforme sua a finalidade, do “know how” e dos recursos financeiros da empresa. Tendo em vista essa diversidade, delimitamos o assunto estudado, ajudando assim, a estabelecermos uma análise mais fidedigna do objeto.

O concreto estudado, será o industrializado, comumente utilizado pelas empresas de construção civil, tanto por apresentar rigor tecnológico adequado, como por sua agilidade na sua usinagem. Compensando financeiramente, todo custo da sua terceirização.

O estudo de rastreabilidade do concreto começa a partir das jazidas de materiais até a sua aplicação na obra. Sabemos que em todo o processo, existe uma demanda de tempo para execução de cada tarefa e que todo rigor tecnológico é executado na finalidade de obter o melhor comportamento daquele componente. Portanto, o grande desafio deste trabalho é conseguir analisar a importância de cada etapa.

2. OBJETO ESTUDADO

O objeto estudado, o concreto, consiste no material mais utilizado na construção civil e é proveniente da mistura feita com água, aglomerante (cimento), agregados miúdos (areia), agregados graúdo (brita ou seixos rolados) e eventualmente, aditivos e adições.

Sabemos que sua resistência e durabilidade dependem do fator água x cimento, das características dos materiais que o compõe e de todo controle tecnológico utilizado no processo.

As classificações do concreto podem ser realizadas de diferentes formas, levando em consideração: resistência, densidade, forma de produção ou mesmo sua finalidade. Exemplos: convencional, alto desempenho, bombeável, alta resistência inicial, pavimento rígido, pesado, projetado, leve estrutural, leve, rolado, com fibras, impermeável e autoadensável.

Possui também diversas vantagens, como alta resistência a compressão, trabalhabilidade, adaptação a qualquer tipo de forma, facilidade de execução e durabilidade. E sua principal desvantagem, a baixa resistência a tração, é compensada com a utilização de armadura. Por isso e por outras, alguns engenheiros brincam e garantem que devidamente controlado, o concreto é o segundo melhor amigo do homem.

A produção tradicional do concreto apresentou-se de forma muito eficiente no Brasil até a década de 80, onde sua produção começou a ser questionada e aprimorada. Parte desse sucesso foi decorrente de um equilíbrio da quantidade de mão de obra disponível com o crescimento econômico do país, que proporcionava aos empresários da construção civil uma demanda imobiliária nivelada e uma melhor disponibilidade de mão-de-obra.

Hoje, o concreto feito em obra, assim como outros processos convencionais na construção civil vem se tornando saturado e inadequado com o panorama de crescimento do país. A construção civil vem se preocupando mais com prazos, qualidade e produtividade.

Segundo Baía e Sabbatini (2008), esse saturamento de processos, “é decorrente justamente da grande competitividade empresarial, originadas a partir de transformações ocorridas no panorama econômico, político, social e cultural do país”.

Logo, o concreto industrializado veio com a finalidade de atender esse novo cenário na construção civil, tentando potencializar a produtividade e a qualidade das obras.

O concreto industrial, consiste em toda mistura feita por dosagem automatizada, dentro ou fora do canteiro de obra. O mesmo é amplamente utilizado no Brasil e se destaca por apresentar um risco mínimo de não conformidade com as normas pertinentes, simplificar os espaços de estocagem, diminuir o desperdício de material, tempo de produção e transporte do material na obra.

Mesmo assim, existem lugares no país, onde o custo-benefício da industrialização não se torna significantes para empresa. O baixo custo da mão-de-obra e aplicação do material em volumes irrisórios são alguns dos motivos que neutralizam as suas vantagens.

3. JAZIDAS

Podemos caracterizar como jazida, a concentração local de uma ou mais substâncias que tenham algum valor econômico. No caso do Maranhão, podemos ressaltar que as jazidas britas compreendem a um trecho entre as cidades de Bacabeira e Rosário. Tendo sua utilização limitada, exemplo a região sul do estado, onde utiliza-se o seixo rolado como substituto no agregado graúdo do concreto. Quanto as jazidas de agregado miúdo (areia) são amplamente encontrada em todo estado, sendo sua extração realizada das formas mais diversas possíveis.

Vale ressaltar que toda extração de minério deve exigir licenças ambientais do estado e município, além dos alvarás pertinentes do governo federal, emitidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

A extração da brita, pedra de origem ígnea ou magmática, é realizada inicialmente através de explosivos e posteriormente tem seus pedaços de rochas quebrados por britadores. Nessa sequência, onde ocorre o ajuste granulométrico da rocha, o material é separado e classificado conforme os padrões comerciais: Brita 1, 24 mm, Brita 2, 30 mm, Brita 3, 38 mm e Pó de brita, inferior a 24 mm.

Na indústria, a areia é definida como sendo um bem mineral, o qual é constituído predominantemente quartzo de granulação fina. Uma informação bastante importante é que a areia de praias não é adequada para a utilização da em construções civis, por causa da presença de sais. De acordo com a ABNT, pode-se definir que areia é um solo constituído por grãos minerais cuja maioria tem diâmetro entre 0,05 e 4,8 mm, caracterizando-se pela sua textura, compacidade e forma de grãos.

Figure 1: Equipamento utilizado pela mineradora Prime para transporte e segregação da areia. (Fonte: Própria)

Na visita da jazida da empresa Prime, localizada na Vila Maranhão, em São Luís. Pode-se observar que o processo utilizado para a extração de areia é o método de cava submersa que consiste em extrair o material bruto, através de uma embarcação que possui uma draga e é equipada com bombas centrifugas, e essas por sua vez possuem tubos acoplados que possuem a função de transportar a areia para silos e para o transporte a instalações lavagem, que tem a finalidade de retirar as impurezas do material, pois tais podem reagir com o concreto e com isso prejudicando sua função. Posteriormente a areia é levada para

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