Spodoptera frugiperda

2. Spodoptera frugiperda

É uma espécie polífagas, ocupando o lugar de praga-chave nos sistemas de cultivo.

2.1. Classificação taxonômica

Reino: Animalia

Filo: Arthropoda

Classe: Insecta

Ordem: Lepdoptera

Subordem: Glossata

Familia: Noctuidae

Subfamilia: Amphiryrinae

Gênero: Spodoptera

Espécie: Spodoptera frugiperda

2.2. Características morfológicas

2.2.1. Ciclo

Período de incubação: 3 dias.

Período larval: 12 a 30 dias.

Período pupal: 8 a 25 dias.

Período adulto: 12 dias.

Ciclo de vida total: 32 a 67 dias.

2.2.2. Fase de ovo

Coloração rosada-clara, estriados radialmente e tornam-se cinzas antes da eclosão, com diâmetro aproximado de 0,2 mm. São depositados em grupos (massas), cobertos e protegidos por pêlos, pelas escamas das fêmeas e uma película. A eclosão ocorre aproximadamente três dias após a postura dos ovos.

As massas de ovos são colocadas sob as folhas da base, do ponteiro e das brácteas dos botões florais e maçãs, com eclosão em 3 dias.

2.2.3. Fase larval

Passam por seis instares de desenvolvimento.

Recém-eclodida possuem de 1 a 1,5 mm de comprimento, com coloração branco cremosa, apresentando cabeça e pêlos pretos e posteriormente a verde-clara.

Após o terceiro instar surgem fortes mandíbulas e as lagartas passam a ser canibais, explicando o fato de existir uma única lagarta por planta.

Desenvolvida atinge 40 a 50 mm de comprimento, cloração variando de esverdeada, castanha, verde-clara a parda-escura, com pontos marrons ou pretos e um “V” branco na cápsula cefálica, com cerca de 15 mm de comprimento.

Apresentando uma linha mediana longitudinal, de cor marrom-clara, entre duas listras laterais de cor mais clara. A cabeça é mais escura com sutura em forma de “Y” invertido. Observa-se, ainda, dois pequenos espinhos em forma de “V” na parte externa do abdômen. A forma “regular” é de cor marrom com pontos de cor preta

O comprimento e a forma de caminhar é uma forma de diferenciação entre as outras lagartas. Os danos das lagartas nas folhas são bem evidentes.

2.2.4. Fase de pupa

Após período larval as lagartas penetram no solo, onde se transformam em pupas.

De coloração marrom-escura, com 14 mm a 17 mm de comprimento, com extremo abdominal terminado em dois apêndices em forma de “V” invertido.

2.2.5. Fase adulta

Os desenhos presente nas asas das fêmeas e dos machos adultos são geralmente bem diferentes. Existem convergências de desenhos entre as espécies, o que não facilita a identificação. Com 35 mm de envergadura em torno de 25 mm de comprimento.

Asas anteriores são pardas escuras e mosqueadas, e as posteriores branco-cinzentadas ou esbranquiçadas com borda cinza.

Na metade das asas anteriores dos machos aparece uma mancha oblíqua clara em forma de “V”, e existe ainda um ponto ovalado mais claro no centro.

As fêmeas podem colocar em torno de 1000 ovos em grupos de aproximadamente 100, no lado inferior das folhas. Cada grupo de ovos é coberto com uma capa de pêlos destacados do abdômen da mariposa. Têm cores diferentes segundo o sexo. A fêmea apresenta cor marrom, quase uniforme, enquanto que o macho possui manchas claras nas asas.

2.3. Características Anatômicas

2.3.1. Cabeça

Apêndices fixos: olhos compostos (omatideos). Ocelos geralmente escondido pelas escamas e situados entre os olhos.

Apêndices moveis: antenas (filiforme). Peças bucais: mastigador (fase larval) – sugador maxilar, formando espirotromba (fase adulta). E antenas filiformes (fase adulta)

Suturas, carenas e Suturas epicranail.

2.3.2. Tórax

Seguimentos torácicos: protórax, mesotórax e metatórax.

Apêndices locomotores.

Pernas: fase larval (4 pares de pseudopatas abdominal, 1 par de pseudopata anal e 3 pares de patas no tórax 1 em cada segmento)

Asas: são tetrápteros 2 pares de asas membranosas enseridas no mesotórax e metatórax .

2.3.3. Abdome

Na fase adulta ausência de apêndices locomotores

Na fase larval possuem pernas abdominais no 3º, 4º, 5º e 6º urômeros e no decimo seguimento localizam as pernas anais.

Tipo de abdome: séssil na fase larval (liga-se ao tórax em toda sua largura) e livre na fase adulta (constrição pouco pronunciada na união do abdome com o tórax).

2.4. Bioecologia do inseto