A ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas
Por: sergianeribeiro • 1/4/2015 • Dissertação • 1.286 Palavras (6 Páginas) • 543 Visualizações
Nbr13133 Resumo
Prefácio
A ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas – É o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras , cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros e Organizadores de Normalização Setorial, são elaboradas por Comissões de Estudo, formadas por representantes dos setores envolvidos, felás fazendo parte: Produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Introdução
As condições exigíveis para a implantação de uma Rede de Referência Cadastral fixada por esta Norma compatibilizam os procedimentos no sentido de se estabelecer a infra-estrutura de apoio geodésico e topográfico que proporcione a normalização e sistematização de todos os levantamentos topográficos, que pelo método direto, quer pelo método aerofotogramétrico, ou outro que vier a ser criado, executados em qualquer escala e para qualquer finalidade no âmbito municipal, por agentes públicos e privados, no escopo de sua inclusão em um mesmo sistema, atualizando-o e complementando-o.
Esta rede, portanto, deve apoiar tanto as atividades cadastrais a serem representadas no plano topográfico local, em escala 1:1.000 até 1:1, como levantamentos destinados à cartografia, inclusive à sistemática, representados em projeção UTM usualmente em escala 1:2.000 ou menores.
Objetivo
Esta norma fixa as condições exigíveis para a implantação e manutenção da Rede de Referência Cadastral Municipal, destinada a:
a) Apoiar a elaboração e a atualização de plantas cadastrais municipais;
b) Amarrar, de um modo geral, todos os serviços de topografia, visando as incorporações às plantas cadastrais do município;
c) Referenciar todos os serviços tipográficos e de cadastros imobiliários para registros públicos e multifinalitários.
Estruturação e classificação da Rede de Referencia Cadastral
Para a estrutura e implantação da Rede de Referência Cadastral Municipal, deve-se, no mínimo, observar a seguinte sequencia de operações:
a) Sobre a carta do IBGE, em escala 1:50.000 ou 1:100.000, estabelecer a área de abrangência do sistema topográfico local.
b) Sobre essa mesma carta, após estabelecer a área de abrangência do sistema, fixar o ponto central, deste sistema. Este ponto, se possível, deve ser escolhido dentro da área urbanizada, fazendo-se com que as áreas de deformação, praticamente nulas, coincidam com as áreas de maior valor de terreno;
c) Definir a altitude média a ser adotada para o sistema topográfico local na sua área de abrangência;
d) Estabelecer sistema de desdobramento e articulação de folhas da futura planta cadastral do município, dentro dos princípios que norteiam o Sistema Cartográfico Brasileiro;
e) Identificar os fusos, meridianos centrais e meridianos limites, no sistema de projeção UTM, oficialmente adotado para a cartografia nacional, na área de abrangência da Rede de Referencia Cadastral em causa;
f) Pesquisar nas proximidades da área um vértice do Sistema Geodésico Brasileiro, que esteja em bom estado, o qual será eleito para servir de amarração do Sistema Topográfico Local e ao sistema cartográfico em função UTM ao SGB;
g) Inventariar vértices existentes, na área de abrangência da Rede de Referencia Cadastral Local a ser implantada, averiguando a qualidade de sua localização e data, visando sua incorporação à Rede de Referencia Cadastral;
h) Verificar no mapeamento existente o sistema de projeção utilizando elipsoide e data adotados, verificando também se o sistema de articulação de folhas correspondente ao sistema cartográfico brasileiro, identificando os parâmetros de transformação de coordenadas entre todos os sistemas existentes;
i) Adotar o SGB SAD-69 conforme documento de especificações e normas gerais para levantamento geodésicos_ IBGE;
j) Obedecer todo o planejamento e implantação da rede conforme o estabelecimento nas seções 5 e 6.
Requisitos gerais
Os marcos geodésicos de apoio imediato devem necessariamente apoiar-se em marcos geodésicos do IBGE, próximos a área. Os marcos geodésicos de apoio imediato devem ser localizados preferencialmente no cume das elevações e nos altos dos edifícios de grande porte. Os marcos geodésicos de apoio imediato e os pontos topográficos devem estar situados de modo a permitir intervisibilidade com os pontos contíguos, no mínimo, dois a dois, em lugares favoráveis à sua identificação. Os elementos da rede de referencia cadastral podem ter suas coordenadas plano-retangulares determinadas nos sistemas transverso de mercator como sistema topográfico local. As coordenadas plano-retangulares dos pontos elevados, topograficamente, na área de abrangência do sistema topográfico local,, são obtidas a partir das coordenadas plano-retangulares dos pontos geodésicos de apoio imediato. As coordenadas plano-retangulares dos pontos levantados topograficamente no âmbito do STL, a partir do apoio topográfico, subentendem que as observações angulares, horizontais e lineares, nas operações topográficas de sua determinação, estão representadas em verdadeira grandeza no plano topográfico local. Isto significa que estão afetadas pela convergência meridiana, a qual, só é nula para pontos situados ao longo do meridiano da origem do sistema e que somente o eixo U esta orientado para o norte topográfico. As coordenadas plano-retangulares dos pontos dos STL dever ser limitadas, em seus valores absolutos, ao máximo de 50.000 m, de maneira que nenhum ponto diste da origem do sistema mais que 76.710,68 m. A área de abrangência do STL deve ser reduzida, no caso de a superfície terrestre abrangida ser muito acidentada, apresentando áreas de haja desníveis superiores a 150m. As referencias de níveis de apoio imediato e as referencias de nível topográfico devem ser materializadas por marcos e/ou pinos metálicos, nas áreas urbanas, e por marcos nas áreas rurais. Os pontos de referencia de quadra, de gleba, e de segmento de logradouro, cuja finalidade é a obtenção de códigos a partir de suas coordenadas plano-retangulares (geocódigos) como prefixos referencias para a composição dos códigos de localização geográficos dos elementos físicos a si relacionados ou das informações territoriais a si agregadas como atributos, não são objetos de determinação por operações topográficas. Suas coordenadas plano-retangulares são obtidas, graficamente, nos originais dos documentos cartográficos do SCM em escala copátivel a sua determinação. Os elementos da RRC devem ser matriculados pelo órgão gestores da individuais de identificação, elaboradas com adaptação ao modelo apresentado em A2 da NBR 131333:1994. Os elementos da RRC tem o seguinte escalonamento hierárquico em ordem descrecente.
Pontos planimétricos:
a) Marco geodésico de precisão;
b) Marco geodésico de apoio imediato;
c) Ponto topográfico principal;
d) Ponto topográfico secundário;
e) Ponto de referencia para estrutura fundiária;
f) Ponto de esquina;
g) Pontos de referência (quadra, gleba e de segmento de logradouro).
Pontos Altimétricos:
a) Referência de nível de precisão;
b) Referência de nível de apoio imediato;
c) Referência de nível topográfico;
d) Ponto topográfico (principal e secundário);
e) Ponto de segurança.
As matriculas, a catalogação e o escaloanamento hierárquico dos elementos da RRC, são subsídios fundamentais para o mapeamento digital dos elementos do SCM, para a caracterização da base de dados para o geoprocessamento das informações territoriais e para a implantação de um sistema de informações geográficas municipais.
Todos os procedimentos a serem normalizados no âmbito municipal, devem estar vinculadas à utilização obrigatória dos pontos da RRC e prever a criação de novos pontos, de maneira que a implantação contínua destes conduza ao seu adensamento e à incorporação dos seus elementos topográficos aos documentos cartográficos do SCM, visando as suas atualizações tanto nas cartas topográficas como nas plantas topográficas, porem sempre compatíveis com a escala de representação.
A implantação e a manutenção da RRC são de atribuição e de responsabilidade da administração municipal, através de um órgão gestor.
Requisitos Específicos
As condições específicas para a implantação e manutenção da RRC referen-se apenas aos procedimentos para a determinação de seus elementos, sua atualização e complementação.
Inspeção
A inspeção a ser realizada pelo órgão municipal competente, quando da implantação e manutenção da RRCM, tem por escopo assegurar a consecução do objetivo desta norma.
Especificamente, devem ser inspecionados:
a) Classificação dos pontos implantados ;
b) Situação dos pontos determinados, incluindo: Localização, amarração, espaçamento, intervisibilidade, estabilidade e segurança;
c) Materialização e monografia dos pontos determinados;
d) Codificação, catalogação e indexação aos elementos cartográficos do SCM dos pontos determinados;
e) Operações geodésicas para a determinação dos pontos segundo as prescrições desta norma e da NBR 13133.
Aceitação e rejeição
As condições de aceitação ou rejeição dos serviços e produtos elaborados, quando da implantação e manutenção da RRCM, são estabelecidas em decorrência do resultado da inspeção pelo Órgão Municipal competente, levando em consideração, no que for pertinente, o disposto nesta Norma e as prescrições da NBR 13133.
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