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A AVALIAÇÃO ECONÔMICA E DE RISCO DE UM PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO

Por:   •  16/7/2019  •  Resenha  •  1.487 Palavras (6 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

Resenha Crítica de Caso

Rodrigo Barbosa Oliveira

Trabalho da disciplina:

                                                 Avaliação Econômica em Projetos renováveis

                                                          Tutor: Prof. Marcio Jorge Gomes Vicente

ITURAMA-MG

2019

AVALIAÇÃO ECONÔMICA E DE RISCO DE UM PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO

REFERÊNCIA:

RUARO,  L.  J.;  ETGES,  A.P.B.S  Avaliação  econômica  e  de  risco  de  um  projeto  de implementação de  um  sistema solar  fotovoltaico.  VII Congresso Brasileiro  de Energia  Solar  –  Gramado, 17  a 20 de abril de 2018.

 ESTUDO DO CASO:

      Em análise de viabilidade econômica de implementação de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede (SFCR) em uma indústria de pequeno porte, os autores condensaram o estudo em cinco etapas, as quais foram:

  • Introdução;
  • Referencial teórico;
  • Método de pesquisa e método de trabalho;
  • Aplicação prática, e;
  • Conclusões.

Na introdução, os autores apresentaram uma previa da situação brasileira com relação à produção de energia elétrica, ou seja, “ Um país tão rico em recursos naturais está incluso em uma crise energética, além do aumento do preço do KWh, e a falta de desenvolvimento e ampliação da capacidade de fornecimento de energia, os autores Sá e Garcia, 2015 – comentam como a crise hídrica  cruzou-se  com  a  crise  energética  uma  vez  que,  em  um  período  de  escassez,  revelou-se  a incapacidade  do  sistema  de  atender  a  demanda”.  Com a criação das bandeiras tarifárias onde com ela traz o aumento do preço do KWh, a falta de investimentos e ampliações no sistema de fornecimento e geração de energia, segundo os autores colocam a mostra a necessidade de um maior investimento em energias renováveis.

No referencial teórico os autores apresentaram de forma sucinta os temas de energia solar fotovoltaica, as tarifas de energia e métodos de análises econômicas de investimentos e projetos de análises de riscos. Assim como também apresentou as normas vigentes no Brasil com relação as gerações distribuídas (GD), como por exemplo a Resolução Normativa 482, assim como a Resolução Normativa 687 da ANEEL. Também foi mencionado sobre os incentivos do governo, como por exemplo o programa mais alimentos, o programa de desenvolvimento de geração distribuída de energia elétrica, assim como o a isenção das taxas PIS\CONFINS da energia elétrica injetada a rede, e, a isenção do ICMS.

Para finalizar o trabalho, os autores apresentam o sistema de módulos fotovoltaicos, seu funcionamento, assim como as análises estruturais, ou seja, a análise da cobertura disponível, análises de ângulos, inclinação das placas fotovoltaicas, sombreamento, médias de consumo, assim como as equações necessárias para realização do projeto. Para ter como parâmetro da tarifa de energia os autores usaram como referência o trabalho Rodrigues et al (2016), utilizando a taxa de evolução da energia deduzida pela ANEEL. Também foi citado conforme Hamm e Borison (2006), as quatro fontes de dados que pode ser utilizada para estimativa do valor da tarifa; histórico de preço da eletricidade, modelo de simulação de oferta, preços antecipados e opiniões de especialistas.

Em análise de risco e análise econômica de investimento, os autores citaram alguns autores para embasar seu artigo,  por exemplo, Nakabayahi  (2014), que  usou os métodos  VPL, TIR, do  Payback,  Mitscher  e Ruther (2012)  que fizeram o  uso do método do VPL e  Holdermann et  al (2014) que  ampliou a análise de  Ruther, Pereira et  al. (2014), que utiliza o valor presente como índice de  análise de  retorno  e  o  VPL  e  Payback  como indicadores de análise de risco. Utilizando os métodos de análise de risco, os autores concluíram que os riscos do projeto estão associados com a variabilidade da rentabilidade e dos lucros da produção da energia elétrica. Os autores apresentaram o método empregado no estudo do caso, dividindo-o em três partes. A primeira foi para a escolha dos módulos fotovoltaicos, orientação solar, inclinação dos módulos, o espaço para implementação dos módulos, obtenção dos dados de irradiação solar. Também nesta fase foi calculado o fator de capacidade assim como calculado a estimativa de redução na conta de energia. Na segunda fase foi estimados os custos do projeto, as receitas, os custos de manutenção e operação, tendo como base os estudos realizados por Nakabayashi (2014). Na terceira e última fase, os autores desenvolveram a análise de viabilidade econômica com os métodos Payback, VPL, IL e TIR. Nesta fase os autores apresentam o método de financiamento que poderia ser utilizado pela empresa através do FINAME, por meio de uma instituição financeira credenciada. Foi realizado o cálculo de 322 módulos fotovoltaicos, com fator de capacidade de 14,88%, com potência estimada de 48,3 kWp, e com uma geração anual de 62.710,74 kWh no primeiro, tendo uma queda normal conforme a vida útil do equipamento. Para a geração do último ano foi estima uma produção de 57.511,03 kWh. A estimativa de redução na conta foi calculada pelos autores como 34,21% no primeiro ano e 31,37% no último ano. O valor total foi orçado em R$475.458,51 já considerando os custos de manutenção e operação. Após levarem em consideração o consumo não mais utilizado, tributos que não mais pagariam e as bandeiras tarifarias, os autores encontraram os resultados para viabilidade econômica, estes sendo: VPL = R$-222.518,81, TIR real =  7,97% e Payback acima de 25 anos,   foram incluídas a variabilidade de alguns parâmetros através  de  uma  análise  de  riscos,  ainda  assim  a  probabilidade  do VPL ser negativo foi de 71,5%, mostrando assim que este projeto seria inviável a sua implementação, sendo suas principais causa, o custo do capital de investimento com taxas de juros elevadas, condições de financiamento ineficaz, alto custo da tecnologia fotovoltaica, ineficiência do sistema de geração. Com isso ficou evidente que o Brasil necessita de maiores incentivos para instalação dos sistemas GD (Geração distribuídas), assim como redução dos custos dos investimentos iniciais.

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