A Conversão Δ-Y e Y-Δ
Por: AleAlves_ • 18/9/2019 • Artigo • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 138 Visualizações
Experiência 1 – Conversão Δ-Y e Y-Δ
Luis Felipe Machado, Alexandre Alves, Henrique Lino e Maria Paula Saraiva
Esta prática foi realizada com base na associação de resistores de Kirchhoff. Através do multímetro, foram medidos os valores de tensão, corrente e potência dos resistores de cada circuito, e foram feitas as transformações Δ-Y e Y-Δ quando necessárias. Com base nos resultados obtidos, foi possível concluir que as leis de Kirchhoff estão corretas.
INTRODUÇÃO
A associação de resistores é uma forma de transformar os resistores de um circuito elétrico em um único resistor equivalente. Este método é comumente usado para fazer os cálculos para encontrar os valores de tensão e corrente dos componentes de um circuito.
Muitas vezes a associação em série e paralelo de um circuito se dificulta de acordo como o circuito foi montado, e, por isso, é utilizado o método de conversão Δ-Y e Y-Δ (triângulo-estrela e estrela-triângulo), que facilita a análise do circuito.
Os cálculos de conversão para fazer as transformações Δ-Y podem ser observadas nas equações 1, 2 e 3 e para Y-Δ nas equações 4, 5 e 6, e estas equações podem ser equiparadas aos valores da Figura 1:
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Figura 1 – Relação entre os circuitos Δ-Y e Y-Δ.
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(6)[pic 9]
Onde, R1 = Valor da resistência 1, R2 = Valor da resistência 2, R3 = Valor da resistência 3, RA = Valor da Resistência A, RB = Valor da Resistência B e RC = Valor da Resistência C.
APLICAÇÃO EM CONTROLE E AUTOMAÇÃO
A conversão estrela-triângulo é mais utilizada em aplicações simples, pois associações de resistores são mais utilizados em circuitos de baixa tensão. A parte de comando dos circuitos elétricos que utilizam a associação de resistores tanto para divisão de corrente quanto para divisão de tensão, em alguns casos é encontrado algum delta estrela no circuito para efetuar a conversão e assim saber o valor dos resistores de forma mais facilitada. Existe também a configuração de partida estrela-triangulo que consiste em uma ligação em estrela para partida e logo após a mudança para triângulo. Desta forma a impedância é maior e a tensão diminui, consequentemente a corrente também, isto induz o motor a partir mais suave diminuindo sua corrente em 1/3. Logo após, um timer e uma bobina possuem como objetivo a configuração em triângulo, que faz com que o motor permaneça em rotação, tensão e corrente normais.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente foram separados os componentes e os equipamentos necessários para o experimento, conforme indicava o roteiro. Os equipamentos e componentes utilizados foram: 1 protoboard, 1 fonte DC, 1 multímetro, conectores, resistores de 150 Ω, 820 Ω, 1 KΩ, 1,2 KΩ, 47 Ω, 220 Ω, 100 Ω e 2,2 KΩ e 3 potenciômetros de 1 KΩ.
Na primeira parte do experimento, foi montado um circuito em Y no protoboard com resistores de 150 Ω como mostra a Figura 2, e foram medidos os valores de tensão, corrente e potência em cada componente.
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Figura 2 – Circuito 1 montado em estrela.
Na segunda parte do experimento, foi montado um circuito em Δ no protoboard com resistores de 150 Ω como indica a Figura 3, e em seguida foram medidos os valores de tensão, corrente e potência em cada componente.
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Figura 3 – Circuito 2 montado em triângulo.
Na terceira parte do experimento, foi montado um circuito em Δ na placa de contato com resistores de RA = 820 Ω, RB = 1 KΩ e RC = 1,2 KΩ como indica a Figura 4, e em seguida foram medidos os valores de tensão, corrente e potência em cada componente.
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Figura 4 – Circuito 3 montado em triângulo.
Em seguida o circuito da Figura 4 foi transformado em estrela e foram utilizados os potenciômetros para chegar aos novos valores de resistência, e depois foram medidos novamente os valores de tensão, corrente e potência.
Por fim foi montado o circuito da Figura 5 e foram medidos os valores de tensão, corrente e potência de cada componente.
[pic 13]
Figura 4 – Circuito 4 híbrido montado em triângulo e estrela.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O primeiro circuito foi montado e as tensões e correntes e cada componentes foram medidas através do multímetro.
TABELA 1 – Tensão, corrente e potência medidos no primeiro circuito
Componente | Tensão (V) | Corrente (mA) | Potência (mW) |
V1 | 9,94 | 11,40 | 113,32 |
V2 | 14,83 | 44,10 | 654,00 |
R1 | 1,71 | 11,40 | 19,494 |
R2 | 6,6 | 44,20 | 291,72 |
R3 | 8,26 | 55,50 | 458,43 |
Nesta tabela pode se observar que o valor da potência é proporcional aos de tensão e corrente, isso se explica pela primeira lei de Ohm, que diz que a tensão é igual ao produto da resistência pela corrente, e substituindo na fórmula, a potência dissipada em cada resistor é igual ao produto da tensão pela corrente.
TABELA 2 – Tensão, corrente e potência medidos no segundo circuito
Componente | Tensão (V) | Corrente (mA) | Potência (mW) |
V1 | 10,10 | 33,10 | 334,31 |
V2 | 15,00 | 131,10 | 1966,50 |
RA | 14,87 | 99,30 | 1476,59 |
RB | 10,03 | 67,00 | 672,01 |
RC | 4,93 | 33,00 | 162,69 |
Assim como na tabela anterior, pode-se observar a relação entre a potência dissipada e a tensão e a corrente, que são proporcionais entre si.
TABELA 3 – Tensão, corrente e potência medidos no terceiro circuito
Componente | Tensão (V) | Corrente (mA) | Potência (mW) |
V1 | 10,09 | 6,09 | 61,45 |
V2 | 15,01 | 22,90 | 343,73 |
RA | 14,96 | 18,80 | 281,25 |
RB | 10,09 | 10,40 | 104,94 |
RC | 4,87 | 4,02 | 19,58 |
Nesta tabela observa-se que o valor da corrente é menor que no circuito anterior, e isso acontece pelo fato de que o valor dos resistores no circuito 3 são maiores que os resistores do circuito 2. Através da primeira lei de Ohm, conclui-se que a corrente num resistor é inversamente proporcional à resistência. Com valores de resistência menores, têm-se mais corrente.
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