A Manutenção no Anos 2000

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Manutenção antes dos anos 2000

Quando o homem começou a manusear instrumentos e desenvolver as máquinas para a produção de bens de consumo a manutenção foi surgindo conforme novas necessidades apareciam.

A manutenção acompanhou a evolução industrial e se desenvolveu conforme as mudanças no perfil de mercado. Assim, com a mecanização das indústrias, surgiu a necessidade dos primeiros reparos e o termo manutenção deixou de ser genérico e menosprezado.         

Até a Segunda Guerra Mundial o conceito de produção era: trabalhar até quebrar. Após esse período, aumentou significativamente a necessidade por uma produção mais ágil e confiável. As intervenções corretivas (feitam após as falhas), não eram mais suficientes e com isso, a manutenção preventiva surgiu não só para corrigir as falhas, mas também para evitá-las. A manutenção preventiva consistia na troca sistemática de todos os componentes que se julgava pudessem ter alcançado o limite de utilização ou que estivessem desgastados ao ponto de quebrar e colocar a eficiência em risco.         

Com o passar dos anos, em âmbito global, as disputas de mercado eram cada vez maiores com isso o custo e a produtividade eram assuntos fundamentais para a sobrevivência.

O custo da manutenção, para ser efetivo, tinha que ser minimizado e isso dependia da habilidade de avaliação do homem responsável pela manutenção dizer o que e quando deve ser feita.

O assunto ficava mais complexo quando os custos, para serem otimizados, exigiam dos participantes do processo muito planejamento e que ponderassem os efeitos que a manutenção refletia na produtividade.

Assim surge a necessidade de uma nova forma de pensar e trabalhar, tanto no que se refere a execução quanto no gerenciamento desse processo. Para isso é adotada uma linha de pensamento que envolve itens fundamentais para o sucesso do processo.

O futuro exige uma metodologia e técnicas muito apuradas para otimizar os trabalhos da manutenção. Itens como a execução ineficaz, mal planejamento do trabalho, falta de material, falta de definição de prioridades, entre outros, são problemas que não podem fazer parte do processo produtivo de uma empresa pois levam a perda de tempo na manutenção.

Inicialmente deverá existir uma programação de trabalhos com pausas planejadas para que nem o homem da produção e nem o setor de manutenção influenciem um no trabalho do outro e cada um possa exercer seu papel da forma mais eficiente para a empresa. Para que isso seja feito é necessário avaliar o processo por uma pessoa experiente e que tenha domínio sobre o local trabalhado. Ninguém melhor que o uma pessoa especializada no processo para avaliar e ponderar a frequência e horário das manutenções. Limpeza do local, aparatos para monitoramento e indicadores de parâmetros pertinentes a produção são imprescindíveis para que a sistemática do trabalho funcione corretamente e garantir que o planejamento possa ser realizado. Após a avaliação e organização um ambiente ideal, é feito o planejamento.         

A execução do planejamento não pode ter falhas, surgindo assim a necessidade de um documento que defina detalhadamente as instruções, os serviços a serem executados, componentes a serem trocados, tempos de execução e quantidade de pessoas envolvidas na ação.  Esse documento é chamado de ordem de serviço.

Finalmente vem a execução em si. Ela deve seguir o planejamento, mas caso ocorram surpresas, ficara a cargo dos executores tomar as providencias imediatas cabíveis.

Manutenção nos anos 2000

A evolução da manutenção é marcada por constantes mudanças que visam, sobretudo, tornar os processos cada vez mais eficientes, mas de forma consciente e sustentável. Essa evolução está ligada diretamente com a evolução humana. Os avanços tecnológicos exigem produtos cada vez mais compactos e melhores fazendo com que exista uma grande necessidade de alinhar a alta Produtividade com a Manutenção efetiva. Com isso, os gerentes de manutenção têm como desafio satisfazer as expectativas dos proprietários e acionistas, de seus clientes e da sociedade como um todo.

Diante desse desafio, pode-se dizer que o foco está em maximizar a eficácia de um ativo, minimizar as falhas, reduzir perdas e maximizar ganhos. Mas também, preocupações atuais evidentes dentro das organizações referem-se a custo, disponibilidade, confiabilidade, segurança e meio ambiente.

O termo manutenção faz referência a um sistema de gestão, ou seja, uma nova organização baseada na necessidade de sinergia entre todos os departamentos envolvidos nos processos produtivos. Assim, podemos dizer que o termo “manutenção” aos poucos será substituído por “gestão de ativos”, pois esta nova visão não é de responsabilidade apenas do Departamento de Manutenção, mas de toda a empresa.