A POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO
Por: Bosquinho Quartel • 1/11/2017 • Trabalho acadêmico • 899 Palavras (4 Páginas) • 232 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC
EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS
THAYNARA THULER REZENDE
POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO
CARATINGA - MG
AGOSTO - 2017
INTRODUÇÃO
Os poluentes ou contaminantes podem apresentar-se em diversos estados como, gases, fase líquida livre, em solução na água subterrânea, ou ainda na forma de sólidos ou semi-sólidos e podem ser encontrados no ar, nos solos, rochas, águas superficiais e subterrâneas, materiais de aterro, construções e tubulações enterradas, a partir de onde podem propagar-se por diversas vias, alterando a qualidade das águas, do ar e do solo e causando impactos negativos ou riscos na própria área ou em seus arredores. Esta diferenciação é fundamental no caso do ambiente ser a água (BOSCOV, 2008).
A água na natureza raramente é pura, por ser uma substância quimicamente muito ativa apresenta grande facilidade de dissolver e reagir com outras substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no ambiente, alterando sua composição físico-química e biológica e, consequentemente, sua qualidade (EMBRAPA, 2007).
A qualidade da água é definida por sua composição e pelo conhecimento dos efeitos que seus constituintes podem causar ao ambiente, em especial à saúde do homem. Padrões de qualidade de água variam em função do seu uso. Para consumo humano, a legislação brasileira dispõe que toda água deve obedecer ao padrão de potabilidade que a define como água potável, ou seja, deve ser isenta de poluição e contaminação (EMBRAPA 2007).
Há uma diferença conceitual entre poluição e contaminação, mas, como em outras áreas do conhecimento humano, alguns termos se popularizaram rapidamente, sendo utilizados de forma inexata em relação à sua definição científica, poluição e contaminação é um desses termos, no qual, são considerados por muitos como sinônimos (NASS, 2013). O presente trabalho tem como propósito conceituar e diferenciar poluição e contaminação.
POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO
Marta C. L. Sales (2015) apresenta o conceito de água poluída e água contaminada, afirmando que o termo poluir, do latim polluere, significa “sujar”. Assim, a poluição pode ser definida como uma alteração artificial das características fisico-químicas da água ou ambiente específico, suficiente para superar limites ou padrões pré-estabelecidos para determinado fim.
Por exemplo, o aumento da temperatura de uma água, além dos limites tolerados por uma determinada espécie de peixes, representa uma poluição da água para a finalidade a que se destina, a alteração na qualidade da água pode gerar um desequilíbrio ecológico; para um agricultor, uma água pode ser considerada poluída, se apresentar um teor excessivo de sódio e/ou uma salinidade elevada o bastante para afetar o desenvolvimento de sua cultura; no sanitaríssimo diz-se que uma água é poluída se ameaçar a saúde pública; etc. Assim, água poluída depende do ponto de vista do qual se encara o problema, ou seja, a água pode ser considerada poluída para um fim e não para outro (CPRM, 2000).
Já a água contaminada se distingue por possuir organismos patogênicos, substâncias toxicas e/ou radioativas, em concentração nociva ao ser humano. Assim, toda água contaminada é poluída, mas nem toda água poluída (desde que não afete a saúde do homem) é contaminada (CPRM, 2000).
Porém, é comum confundir contaminação com sujeira, uma água barrenta, de coloração acentuada, malcheirosa ou espumante é considerada impura ou nociva, por estar "suja", entretanto, podem não fazer mal à saúde. Já uma água realmente contaminada por germes patogênicos, mas inodora e de aparência límpida, não é rejeitada por ser aparentemente potável, com isso, pode trazer graves consequências a saúde (NASS, 2013).
Outra característica que deixa clara a distinção entre poluição e contaminação é a passividade comumente associada à primeira. O fator de poluição não costuma agir ativamente sobre o ser vivo, mas indiretamente retira dele as condições adequadas à sua vida. A poluição da água é um exemplo, as alterações ecológicas que provocam a morte dos peixes de um rio que recebe grande quantidade de esgotos não se dão pela ação de uma substância ou ser patogênico letal, mas sim pelo lançamento de matéria orgânica em quantidade excessivamente grande. Isso prejudica indiretamente na vida dos peixes, pois as bactérias aeróbicas necessitam de oxigênio para degradar a matéria orgânica, com despejo do efluente esse consumo passa a ser maior e a quantidade de oxigênio que a água captar da atmosfera ou que recebe das algas que fazem fotossíntese se torna insuficiente, com isso, os organismos maiores, como os peixes, que precisam de concentrações maiores de oxigênio para sobreviver, são os primeiros a morrer. Ou seja, não morrem diretamente por causa do esgoto jogado na água, mas sim devido às consequências de sua presença no ambiente (NASS, 2013).
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