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A Primeira Vez

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Por:   •  14/9/2014  •  650 Palavras (3 Páginas)  •  441 Visualizações

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A PRIMEIRA VEZ: RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE UM JOGO DE SOFRIMENTO / PRAZER

Introdução

Pânico. Medo. Desconforto. Vergonha. Ignorância. A primeira vez. Mas pode ser diferente. Outros sentimentos podem acompanhar essa situação única na vida. Segurança. Conforto. Prazer. Saber. Desvendar os mistérios da “primeira vez” pode ser uma bela aventura, não aquela experiência desastrada da qual se procura – em vão – esquecer.

Desastres de uma primeira vez infeliz não são necessariamente motivo para converter a próxima vez em martírio. É possível uma segunda vez de fascínio, segurança, conforto, prazer, saber.

A primeira vez de jovens e (principalmente) adultos é, em geral, desastrosa. Quase sempre, no entanto, eles sonham com uma próxima vez feliz. Esse sonho é muito justo. Como também é justa a esperança de uma primeira vez de fascínio.

Sucesso ou insucesso na primeira vez depende de parceiro, clima, ambiente, motivação. Um parceiro impaciente provoca insegurança, desconforto. Um clima down produz vergonha, infelicidade. Um ambiente mal-escolhido banaliza o mistério, traz desconforto. Tudo isso inibe a motivação para a próxima vez. De qualquer forma, fica muito claro que o sucesso ou insucesso na primeira vez não depende tanto do parceiro inexperiente. Depende muito mais do outro. Por essa razão, não sei a quem endereçar este texto. É desejável que as pessoas inexperientes tenham certeza de que a primeira vez pode ser uma aventura gratificante. É preciso também, entretanto, que os outros deixem de martirizar os marinheiros de primeira viagem. Parece, assim, que uns e outros devem ser convidados a prosseguir a leitura destas reflexões sobre a primeira vez.

Você, experiente ou inexperiente, já deve ter adivinhado que estou falando da primeira vez diante de um computador. Conhece muitas histórias de insucesso e, talvez, algumas de sucesso. E concorda comigo que essa experiência única de vida pode ser marcada por pânico, medo, desconforto, vergonha, ignorância, ou por fascínio, segurança, conforto, prazer, saber.

Os computadores invadiram o mundo em que vivemos. Encontrá-los, portanto, é uma questão de tempo. Mais cedo ou mais tarde usaremos, talvez sem o saber, um computador. Por essa razão, desde o início da década de 1970, informatas, educadores e outros agentes culturais vêm procurando planejar cursos e editar materiais sobre introdução à informática. O motivo para todo esse esforço é louvável: os especialistas querem que os leigos sejam capazes de utilizar inteligentemente computadores. Os resultados, porém, não são animadores. Muitos cursos e publicações introdutórias conseguem apenas assustar os leigos, com tarefas aparentemente complicadas e com uma gíria impenetrável. Alguns manuais e professores, por exemplo, convertem a simples tarefa “ligar a máquina” num complexo quebra-cabeça que atende pelo nome de “manejo do sistema operacional”. A maioria dos professores e manuais soterra o leigo numa avalanche de termos e símbolos tais como: código binário, variáveis, funções, comandos, telemática, algoritmos, boot, byte, bit, >, *, string, RAM, ROM, Eniac, software, hardware, gate, loop, etc. O desenlace, nesses casos, é a síndrome da primeira vez malsucedida. O infeliz iniciante sai da experiência convencido de que o uso de computadores

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