A Produção de Apresuntado
Por: Henrique Gracia • 29/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.592 Palavras (11 Páginas) • 500 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
Produção de apresuntado
Disciplina: Tecnologia de Carnes
Professora: Dr.ª Carlos Prentice Hernández
Rio Grande
Maio de 2016
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS 3
1. INTRODUÇÃO 4
1.1. Ingredientes do apresuntado 4
2. OBJETIVOS 7
3. MATERIAL E MÉTODOS 8
3.1. Amostras 8
3.4. Métodos 8
3.4.1. Elaboração e produção de apresuntado 8
3.4.2. Análises físico-químicas 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 10
4.1. Determinação de Umidade 10
4.2. Determinação de proteínas 10
4.3. Lipídios 11
4.4. Cor 12
4.5. Textura 13
5. CONCLUSÃO 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
LISTA DE TABELAS
- INTRODUÇÃO
Segundo a legislação brasileira (BRASIL, 1998), o Padrão de Identidade e Qualidade de Apresuntado, o apresuntado é definido como: “Produto cárneo industrializado, obtido a partir de recortes e/ou cortes de massas musculares dos membros anteriores e/ou posteriores de suínos, adicionado de ingredientes e submetidos ao processo de cozimento adequado. O apresuntado é classificado com um produto cozido”
Em relação as características físico-químicas para os apresuntados, a quantidade máxima permitida para amido é de 2%, para carboidratos totais 5%, umidade 75%, gordura 12% e proteína 13%. Sendo que o somatório de amido máximo e açúcares totais (carboidratos totais) não deve ultrapassar 5% (BRASIL, 1998).
São considerados como ingredientes obrigatórios do apresuntado: paleta ou pernil suíno, sal, nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio em forma de salmoura. Como ingredientes opcionais, tem-se proteínas de origem animal e/ou vegetal, açúcares, maltodextrina, condimentos, aromas e especiarias e aditivos intencionais. É permitida a quantidade máxima de 2,5% de proteína não cárnea na forma agregada (BRASIL, 1998).
- Ingredientes do apresuntado
Na etapa de mistura/tambleamento, os ingredientes comumente adicionados são, em respectiva ordem: sal, sal de cura, proteína, corante, estabilizante, condimentos, amido e açúcar e antioxidante. Os motivos pelos quais os ingredientes são adicionados está apresentado a seguir.
Sal : age como agente bacteriostático, intensifica os sabores e aromas, ajuda a solubilizar as proteínas responsáveis pela formação da emulsão cárnea, diminui a atividade de água e age potencializando substâncias conservadoras (MARTINS, 2007).
Sal de cura: Segundo Ordónez et al, 2005, o sal de cura é responsável principalmente pela cor estável rósea do produto, além de promover a solubilização de moléculas favorecendo suas interações químicas, conferir sabor e ter efeito conservante. A cor dos produtos curados depende das modificações químicas que ocorrem entre os pigmentos naturais da carne (mioglobina) e suas reações com o cloreto de sódio e sais de cura (nitritos e/ou nitratos). Durante essas reações, ocorre a formação da nitrosomioglobina, que é responsável pela coloração característica do produto (PARDI et al., 1996).
Proteína de soja: é atualmente a proteína não-cárnea mais utilizada como aditivo em produtos cárneos, pois proporciona um maior rendimento, melhor consistência e reduz os custos do produto, foi utilizado para formar uma emulsão aparente na massa (SANTOS, 2005).
Corante (Carmin): Considera-se corante a substância ou a mistura de substâncias que possuem a propriedade de conferir ou intensificar a coloração de alimento. O inseto do qual é obtido é o Doetilopius coccus, este inseto vive no cacto Nopalea coccineccifera, comumente chamado cochonilha. Além disso, é completamente estável à luz, muito estável ao calor e a presença de agentes oxidantes, sua estabilidade ao pH se dá na faixa de 2,2 a 8,0 e sua cor varia segundo o pH do laranja ao vermelho (HANSEN, 1997).
Estabilizante: Segundo Marques, 2006, os estabilizantes são importantes ingredientes para a garantia da estabilidade dos produtos cárneos, contribuindo para evitar a exsudação de água, gordura e gel, bem como, para a obtenção do rendimento e da textura final desejada para o produto. Além disso, os fosfatos colaboram na formação de emulsões estáveis capazes de reter água e gordura, melhorando o rendimento sem prejudicar a suculência e textura do produto final, ajuda a ajustar o pH do sistema e favorece a expansão das fibras da proteína da carne, permitindo a hidratação das mesmas (EVANGELISTA et al., 2008).
Condimentos: utilizados a fim de proporcionar sabor desejado.
Amido e açúcar: Os açúcares contribuem de modo positivo nas características de textura do produto cárneo, por terem uma elevada solubilidade e consequentemente por proporcionarem um aumento da capacidade de ligação entre as moléculas de água e de açúcar. Além de potencializar o sabor dos alimentos, auxiliam no desenvolvimento da cor em alimentos cozido, devido á reação de Maillard, que ocorre durante o processo de cocção (BOBBIO, P., BOBBIO, F., 2001). Além disso, é importante não somente a sua quantidade como seu tipo. A glicose produz uma maior quantidade de ácido (em relação ao tempo) do que a sacarose (açúcar comum), lactose (açúcar do leite) ou maltose (resultante do desdobramento parcial do amido) (TERRA et al., 2004).
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