A QUÍMICA DO CONCRETO

INTRODUÇÃO

O concreto é um material compósito, resultante das misturas, em quantidades racionais, de aglomerante (cimento), agregados (pedregulho, seixo, rocha britada e areia) e água. Em alguns casos são colocados aditivos e adições em benefício de propriedades mecânicas, físicas e de durabilidade (ALMEIDA, 2002).

O cimento é um constituinte essencial na formação do concreto, influenciando diretamente na sua durabilidade e resistência mecânica. O cimento Portland é o mais usado mundialmente, e no Brasil, o mercado da construção civil dispõe de oito tipos diferentes deste cimento que são: CP I; CP II; CP III; CP IV; CP V ARI; RS; BC e o CPB.

O Cimento proposto pelo professor no procedimento experimental foi o Holcim Ultra Forte - CP III – 40 – RS. Segundo (MEHTA e MONTEIRO, 2009) esse tipo de cimento apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, baixo calor de hidratação e alta resistência à expansão e a sulfatos.

O Cimento Portland, segundo (MEHTA e MONTEIRO, 2009) se define como um aglomerante hidráulico originado da queima de calcário e argila, envolvendo vários outros compostos químicos. Complementando, MARTINS et al, 2007 acrescenta que algumas adições no cimento influencia em sua estrutura química, o gesso por exemplo, retarda a pega do concreto, permitindo que o cimento permaneça trabalhável por mais tempo.

O concreto possui algumas características mecânicas, sendo a mais importante, a resistência à compressão. (MEHTA e MONTEIRO, 2009) define resistência à compressão, como a quantidade de carga necessária para que o material se rompa. Fatores como adensamento, dosagem (materiais constituintes do concreto) e condições de cura (grau de hidratação do cimento) têm efeitos importantes no resultado final dos rompimentos. Os mesmos são dispersos em uma matriz formada pelas reações químicas durante a hidratação do cimento Portland pela água.

Visto a importância do concreto, estudos que envolvem sua qualidade são imprescindíveis. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo estudar a química que envolve o concreto, analisando o porquê das diferenças em relação à resistência à compressão dos ensaios.

MATERIAL E MÉTODOS

Para atingir o objetivo proposto, fez-se uma revisão bibliográfica sobre o concreto, normalização e estudos voltados a ensaios de resistência à compressão. O experimento foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Materiais para Construção do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM.

Para a confecção do concreto foi utilizado o cimento Holcim Ultra Forte - CP III – 40 - RS. O traço determinando foi 3,16 Kg de cimento, 6,37 Kg de agregados miúdos, 9,72 Kg de agregados graúdos e 1,8 L de água.

Após a separação dos materiais para a produção do concreto, eles foram colocados na betoneira em uma determinada ordem proposta pela professora. Primeiramente foi colocada uma parte da água, logo após os agregados graúdos e os agregados miúdos, posteriormente o cimento, e por fim o restante da água, e em seguida esses materiais foram misturados por sessenta (60) segundos.

Após a mistura, o material foi removido da betoneira, sendo moldados e curados, quatro (4) corpos-de-prova para ensaio segundo a NBR 5738 (ABNT 2003). Após esses processos executados nas datas previstas, foram realizados os ensaios de resistência à compressão segundo os procedimentos da NBR 5739 (ABNT 2007).

As rupturas foram realizadas nas idades de três (3), sete (7) e vinte e oito (28) dias. Onde para cada idade de ensaio foi moldado um (1) corpo-de-prova sendo que para o rompimento de vinte e oito (28) dias foram moldados dois (2) corpos-de-prova com diferentes métodos de cura. O primeiro permaneceu em cura úmida por sete (7) dias, e foi transferido para a cura ao ar até a data do rompimento. Já o segundo corpo-de-prova permaneceu por vinte e um (21) dias em cura úmida, ficando apenas em sete (7) dias na cura ao ar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos resultados observaram-se diferenças significativas entre os quatro (4) corpos-de-prova. A tabela 1 mostra o resumo dos resultados encontrados a partir dos ensaios de resistência à compressão efetuada nos corpos-de-prova de acordo com suas idades.

Tabela 1 - Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos (ABNT NBR 5739/2007)

Corpo