A VANTAGEM ECONÔMICA DA MICRO GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DISTRIBUÍDA NO SISTEMA ON-GRID
Por: Ruth Nogueira • 4/6/2020 • Monografia • 4.298 Palavras (18 Páginas) • 201 Visualizações
Francisco Jose Junior - RA 1167984
Joacir Gonçalves da Silva - RA 1173638
Juraci Corrêa Junior - RA 1167522
Engenharia Elétrica
A VANTAGEM ECONÔMICA DA MICRO GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DISTRIBUÍDA NO SISTEMA ON-GRID
Orientador: Prof. Esp. Marcello Pires Alves
Claretiano - Centro Universitário
JI-PARANÁ
2019
RESUMO
O Brasil apresenta uma radiação solar média acima de 2500 horas/ano, por ter como característica um clima tropical, viabilizando o uso da energia solar fotovoltaica, principalmente em regiões remotas em que a rede de distribuição não alcançou. Nesse contexto, essa pesquisa objetivou analisar a viabilidade econômica da microgeração de energia fotovoltaica distribuída por meio de um sistema On-Grid. Para tanto, utilizou-se uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) ou Revisão Sistemática da Literatura (RSL) para avaliar e interpretar as pesquisas existentes, relevantes à questão da pesquisa. Por meio das leituras, percebe-se que o Brasil tem irradiação solar bastante significativa e o desenvolvimento de tecnologia nacional aliada à utilização de sistemas fotovoltaicos em larga escala poderia reduzir o investimento em usinas hidrelétricas e termelétricas que exigem um grande aporte de recursos naturais. Mas, infelizmente, a política pública não investe neste mercado e não favorece o uso de tal tecnologia.
Palavras-chave: Sistema fotovoltaico; Residencial; Viabilidade econômica; Rede de distribuição; Instalação.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................04
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................................06
METODOLOGIA.....................................................................................................................08
INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO.........................................................10
VIABILIDADE ECONÔMICA...............................................................................................12
CONCLUSÃO..........................................................................................................................14
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................15
INTRODUÇÃO
Quando a radiação solar incide sob determinados materiais, chamados semicondutores, ocorre a transformação desta energia em energia elétrica. Este processo físico é altamente viável para a realidade brasileira, pois o país localiza-se em uma faixa de latitude que incide a radiação solar bem superior ao esperado (SHAYANI; OLIVEIRA; CAMARGO, 2006). Dependendo da região analisada a média do índice de radiação solar é mais de 5 KWH/m2 por dia, um rendimento energético suficiente para suprir o bombeamento de água em poços artesanais ou mesmo para o aquecimento da água – realizado pela diferença de potencial gerada pela conexão dos metais e a produção de energia elétrica é gerada pela conversão dos fótons de luz em energia elétrica, pelo uso de células solares (FILHO; HERMSDORFF, 2015).
Segundo a diretoria de operações da Eletrobrás, na hora do pico entre 18:00 h e 20:00 h, os chuveiros elétricos são responsáveis por quase 20% do consumo nacional de eletricidade (NASCIMENTO, 1998). A substituição dos chuveiros elétricos por aquecedor solar possibilitaria a diminuição da conta de energia do consumidor residencial.
Vários países investem nas aplicações da energia solar, analisando desde as características do fluxo de radiação solar que chega a terra até a tecnologia necessária para viabilizar, em termos técnicos e econômicos, o máximo aproveitamento dessa energia (ESPOSITO; FUCHS, 2013). O Brasil também busca soluções para o futuro, elaborando estudos para avaliar a eficácia de pequenos módulos solares, em regiões remotas e o mapeamento do potencial energético solar existente no país, para estabelecer uma política nacional ao setor (RUTHER et al., 2008). O Brasil apresenta uma radiação solar média acima de 2500 horas/ano, por ter como característica um clima tropical. Desta forma a energia solar fotovoltaica poderá ser bem mais utilizada, principalmente em regiões remotas em que a rede de distribuição não alcançou (RAMPINELLI; ROSA JUNIOR, 2012).
O Brasil é um país rico em diversidade biológica e cultural, além de possuir uma extensão territorial muito ampla, o que torna importante a reflexão sobre a preservação de seus recursos naturais, principalmente no atual contexto de diminuição das fontes antes ditas renováveis. Esta redução de recursos naturais pode ser exemplificada pelas crises hídricas impactantes presenciadas nas últimas décadas no Brasil, o que evidenciou a grande necessidade de se utilizar outras fontes naturais para geração de eletricidade, como a eólica, a radiação solar, os combustíveis fósseis e a biomassa (PACHECO, 2006) para que a qualidade de vida dos brasileiros não seja prejudicada.
Concomitantemente, a exploração intensa das reservas esgotáveis de combustíveis fósseis, a ampliação das linhas de transmissão e a construção de novas usinas hidrelétricas causam severos danos ao meio ambiente e apresentam um cenário preocupante para o próximo século. Nesse contexto assume crucial importância a busca de fontes alternativas de energias renováveis e não poluentes, como a solar.
Outro ponto que justifica o uso da energia solar é o aumento do custo da energia ao consumidor, principalmente no estado de Rondônia. No mês de Fevereiro de 2019, o Kwh, antes cotado a R$ 0,64, passou para R$ 0,84, um aumento de 31,25%. De acordo com Otacílio Moreira (2019),
“Essa parcela foge do controle da concessionária e ela só repassa esses custos aos consumidores. Foi anunciado em 25,34% (efeito médio sobre o consumidor) e não foi bem assim. O aumento foi superior a 31% e é essa informação cruzada que a Energisa tem que explicar pois o aumento autorizado foi um e o praticado foi outro para todas as classes de consumo”
Além da importante tarefa de conscientização sociocultural pelo uso de uma energia limpa e gratuita, há a relevante necessidade de tornar convencional o uso da energia elétrica solar. Quando se evita o gasto de energia elétrica convencional, causada pela utilização da energia solar, há benefícios para a economia e impedem-se perdas ambientais além da importante tarefa de conscientização ambiental e sociocultural pelo uso de uma energia limpa e gratuita. Para a complementação da energia hidrelétrica é necessária uma fonte energética com várias características particulares: limpa (não poluente), não escassa, distributiva e que possa ser usada em residências, indústrias e em estabelecimentos comercias. Uma das que possui todas essas características é a energia elétrica fotovoltaica.
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