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Artigos Científicos: ATPS - Organizações De Computadores.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kayojro • 29/8/2013 • 5.202 Palavras (21 Páginas) • 520 Visualizações
Relatório 2 - Características de Memórias
Tipos e Características de memórias de acesso aleatório
A memoria RAM funciona como uma espécie de mesa de trabalho, armazenando arquivos e aplicativos em uso. A quantidade de memória RAM disponível tem um grande efeito sobre o desempenho, já que sem memória RAM suficiente o sistema é obrigado a usar memória swap, que é muito mais lenta. Na maioria das situações, ter uma quantidade suficiente de memória RAM instalada é mais importante que o desempenho do processador.
A memória RAM é um componente essencial não apenas nos PCs, mas em qualquer tipo de computador. Por mais que exista espaço de armazenamento disponível, na forma de um HD ou memória flash, é sempre necessária uma certa quantidade de memória RAM e, naturalmente, quanto mais melhor.
Graças ao uso da memória SWAP, é possível rodar a maioria dos sistemas operacionais modernos com quantidades relativamente pequenas de memória. No caso do Linux, é possível inicializar uma instalação enxuta (em modo texto, com pouca coisa além do Kernel e o interpretador de comandos) com apenas 4 MB de memória. O problema é que com pouca memória o sistema fica extremamente lento (como qualquer um que já tentou usar o Windows 7 ou uma distribuição Linux recente em um PC com menos de 256 MB de memória pode atestar.
A sigla "RAM" vem de "Random Access Memory", ou "memória de acesso aleatório", indicando a principal característica da memória RAM, que é o fato de permitir o acesso direto a qualquer um dos endereços disponíveis e de forma bastante rápida.
Ao carregar um programa, ele é lido no HD (ou outra mídia de armazenamento) e é transferido para a memória RAM, para só então ser executado pelo processador. A memória RAM oferece tempos de acesso brutalmente mais baixos que o HD e trabalha com taxas de transferência muito mais altas, mas possui a desvantagem de perder os dados armazenados quando o micro é desligado, daí a necessidade de salvar os arquivos periodicamente.
É também por causa disso que o processo de boot é refeito cada vez que você liga o micro. Durante o boot, o sistema operacional, drivers, bibliotecas e aplicativos são novamente copiados para a memória, junto com suas configurações e preferências.
Além dos diferentes tipos de memória RAM, existem também outras tecnologias de memórias de acesso aleatório, como as SRAM e, mais recentemente, as Phase-change. Temos ainda as onipresentes memórias Flash, que concorrem com os HDs como mídia de armazenamento.
O tipo mais comum de memória RAM, aquela que compramos na forma de módulos e instalamos na placa-mãe, é chamada de DRAM, ou "dynamic RAM". A memória DRAM passou a ser usada apenas a partir do final da década de 70, substituindo os chips de memória SRAM, que eram muito mais caros. Com o passar do tempo, as memória DRAM viraram o padrão, de forma que geralmente dizemos apenas "memória RAM" e não "memória DRAM".
Com a evolução nas técnicas de fabricação, os módulos de memória foram ficando cada vez mais baratos com o passar das décadas. Na época dos micros 486, chegava-se a pagar 40 dólares por megabyte de memória, valor que hoje em dia compra um módulo de 1 GB ou mais.
O problema é que os requisitos dos sistemas operacionais e aplicativos também aumentaram, quase que na mesma proporção. Enquanto o MS-DOS rodava bem com 2 ou 4 MB de memória, o Windows 95 já precisava de pelo menos 16 MB. O Windows XP (assim como a maioria das distribuições Linux atuais) não roda bem com menos de 512 MB, enquanto no Windows7 o ideal é usar 1 GB ou mais.
Naturalmente, estes são apenas os requisitos básicos para rodar aplicativos leves. Muitos jogos e aplicativos pesados precisam de 2 GB de memória para rodar bem e o hábito de manter vários aplicativos abertos simultaneamente faz com que o valor suba rapidamente.
Salvo raras exceções, a capacidade dos módulos de memória é duplicada regularmente, conforme os fabricantes introduzem novas técnicas de fabricação. Por bizarro que possa parecer, os primeiros chips de memória (produzidos no final da década de 60) tinham apenas 64 bits (ou seja, meros 8 bytes), que com o tempo se transformaram em 128 bits, 256, 512, 1024 e assim por diante, até chegar aos chips de 2 gigabits ou mais usados atualmente.
Conforme módulos de maior capacidade são introduzidos, os módulos de capacidade mais baixa são retirados de produção, já que não faz sentido manter a produção de chips de baixa capacidade, cujo custo por megabyte é mais alto.
Existem 4 tipos de memória SDRAM: as SDR (uma transferência por ciclo), as DDR (duas transferências por ciclo), as DDR2 (4 transferências por ciclo) e as DDR3 (8 transferências por ciclo).
Os módulos de memória SDR são usados em micros antigos: Pentium II e Pentium III e os primeiros Athlons e Durons soquete A. As memórias DDR passaram a ser usadas a partir do Athlon Thunderbird e do Pentium 4, enquanto as DDR2 foram adotadas a partir das placas soquete 775 (no caso da Intel) e a partir dos modelos Athlon 64 para placas AM2, no caso da AMD.
Mais recentemente, temos assistido a uma nova migração, com a introdução dos módulos de memoria DDR3, que foram adotados a partir dos processadores Core i7 e i5 no caso da Intel e a partir dos Phenom II destinados a placas AM3, no caso da AMD.
Infelizmente, cada nova tecnologia de memória é incompatível com a antiga, o queelimina a possibilidade de aproveitar os módulos antigos ao fazer upgrade. Entretanto, a queda nos preços das memórias tem reduzido esse problema. Antigamente, se gastava 500 reais ou mais para ter uma quantidade aceitável de memória no PC, enquanto hoje em dia pode-se passar muito bem com apenas um ou dois módulos de 80 reais cada.
Algumas placas (geralmente modelos de baixo custo) possuem dois tipos de soquete, permitindo usar módulos SDR e DDR, DDR e DDR2 ou DDR2 e DDR3 de acordo com a conveniência, mas sem misturar os dois tipos. Elas são relativamente comuns durante os períodos de transição, quando uma tecnologia de memória é substituída por outra e podem ser uma opção em alguns casos.
Os módulos de memória são pequenas placas de circuito onde os chips DIP são soldados, facilitando o manuseio e a instalação. Os primeiros módulos de memória criados são chamados de módulos SIMM, sigla que significa "Single In LineMemory Module", justamente porque existe uma única via de contatos, com 30 vias. Apesar de existirem contatos também na parte de trás do módulo, eles servem apenas como uma extensão dos contatos frontais, de forma a aumentar a área de contato com o soquete.
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