Algas em Biorreatores
Por: rafaelvcm • 22/9/2016 • Trabalho acadêmico • 458 Palavras (2 Páginas) • 518 Visualizações
Algas em biorreatores.
Fotobiorreator é um grande tanque transparente para cultivo de microalgas ao ar livre. Desenvolvido nas Universidade Federal de São Carlos e da Universidade de São Paulo (UFSCar e USP respectivamente) por pesquisadores de áreas diferentes trabalhando em conjunto.
O fotobiorreator possui uma membrana porosa para filtrar o meio de cultura que serve de alimento para células da alga Chlorella Vulgaris. Essa membrana permite determinar o tipo de biomassa que será obtida no final através da escolha da microalga e da composição nutricional, podendo conseguir: proteínas para ração animal, ácidos graxos essenciais para aplicação em indústria alimentícia, carboidratos de utilização industrial. Tudo para suprir a necessidade de matéria-prima das empresas, utilizando apenas a manipulação de microalgas.
No trabalho com algas é preciso um fluxo contínuo para a entrada de nutrientes frescos, tomando cuidado pois pode haver um extravasamento, e consequentemente, é necessário retirar o meio de cultura usado e levando assim a perda de uma pequena quantidade de células. Porém, com a membrana porosa, os nutrientes utilizados só saem após o processo de filtragem e assim possibilitam o reuso do meio. Uma característica que facilita o trabalho com microalgas é a fácil adaptação delas a mudança de nutrientes por conta de mudanças bioquímicas intracelulares.
A facilidade de trabalhar com a Chlorella vulgaris e por conta de sua alta produtividade em biomassa seca. São organismos fotossintetizantes de grande eficiência, e ótimas fixadoras de CO2 consequentemente. O fotobiorreator possui várias variáveis e todas são de fácil controle – agitação, borbulhamento, filtragem e fluxo contínuo – sendo o fluxo contínuo a variável que mantem o ambiente químico para controle da qualidade do produto final. Algas ainda podem trabalhar em áreas improdutivas desde que haja alta incidência solar, sendo assim, não compete com área para agricultura, como é o caso do milho por exemplo.
Os principais locais que estão explorando a atividade de algas têm sido ao lado de usinas, pois utilizam as emissões de dióxido de carbono para acelerar o crescimento. Um exemplo de utilização é o óleo retirado delas que pode ser transformado em biodiesel e possivelmente em combustível para motor a jato – algas típicas produzem 20% do seu peso em óleo e algumas até mais. Depois da extração, o remanescente é rico em carboidratos e proteínas, podendo servir para produção de etanol ou como alimento para animais.
O projeto ainda ganhou apoio de uma cientista com doutorado em engenharia mecânica e especialista em membranas de filtragem e assim adquiriu membranas submersas, que são fáceis de operar, levando isso a um diferencial.
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