Analise E Desenvolvimento De Sistema
Monografias: Analise E Desenvolvimento De Sistema. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucianoslv • 16/5/2014 • 1.912 Palavras (8 Páginas) • 304 Visualizações
Projeto de Interfaces de Usuário
Perspectivas Cognitivas e Semióticas
Clarisse Sieckenius de Souza*, Jair Cavalcanti Leite†,
Raquel Oliveira Prates*, Simone D.J. Barbosa*
clarisse@inf.puc-rio.br; jair@dimap.ufrn.br;
raquel@les.inf.puc-rio.br; sim@les.inf.puc-rio.br
Resumo
A área de Interação Humano–Computador (IHC) tem por objetivo principal fornecer aos pesquisadores e desenvolvedores de sistemas explicações e previsões para fenômenos de interação usuário-sistema e resultados práticos para o design da interface de usuário [ACM SIGCHI, 1992]. Esta apostila apresenta duas bases teóricas que fundamentam os estudos de IHC, e descreve o processo de design de interfaces. Apresenta também os modelos e técnicas utilizados na análise e modelagem de usuários, tarefas e comunicação; e dois métodos para avaliação das interfaces resultantes.
Abstract
The main goal of the Human–Computer Interaction (HCI) area is to provide researchers and developers with explanations and predictions about user-system interaction phenomena, and practical results for user interface design [ACM SIGCHI, 1992]. This material presents two complementary theoretical bases for HCI research, and describes the user interface development process. It presents models and techniques used in users, tasks, and communication analysis and modelling; and two methods for evaluating the resulting user interfaces.
1. Introdução
1.1 Visão Geral
Nas últimas décadas, tem sido dada cada vez maior importância à interface de aplicações computacionais. A interface de uma aplicação computacional envolve todos os aspectos de um sistema com o qual mantemos contato [Moran, 1981]. É através da interface que os usuários têm acesso às funções da aplicação. Fatores de satisfação subjetiva, de eficiência, de segurança, de custo de treinamento, de retorno de investimento, todos, dependem de um bom design de interface.
Na indústria de software, o design de interface tem sido conduzido através de processos iterativos de construção e avaliação de protótipos baseados em princípios e diretrizes empíricas, tal como proposto em The Windows Interface: Guidelines for Software Design [Microsoft, 1995] e Macintosh Human Interface Guidelines [Apple, 1992]. Entretanto, estes princípios podem ser conflitantes em determinadas situações. Para resolvê-los, é necessário basear a prática de design de interfaces em uma fundamentação teórica [Hartson, 1998]. Esta fundamentação orientará o designer ao longo da elaboração da sua solução particular para o conjunto de problemas que a aplicação pretende resolver.
A área de Interação Humano–Computador (IHC) tem por objetivo principal fornecer aos pesquisadores e desenvolvedores de sistemas explicações e previsões para fenômenos de interação usuário-sistema e resultados práticos para o design da interface de usuário [ACM SIGCHI, 1992]. Com teorias a respeito dos fenômenos envolvidos seria possível prever antecipadamente se o sistema a ser desenvolvido satisfaz as necessidades de usabilidade, aplicabilidade e comunicabilidade dos usuários. Para isto, estudos de IHC visam desenvolver modelos teóricos de desempenho e cognição humanos, bem como técnicas efetivas para avaliar a usabilidade [Lindgaard, 1994]. Mais recentemente algumas propostas têm enfatizado que além de usabilidade, as aplicações devem buscar atingir aplicabilidade [Fischer, 1998] e comunicabilidade [de Souza, 1999], oferecendo ao usuário artefatos fáceis de usar, aplicar e comunicar.
IHC é uma área multidisciplinar, que envolve disciplinas como [Preece et al., 1994]: Ciência da Computação; Psicologia Cognitiva; Psicologia Social e Organizacional; Ergonomia ou Fatores Humanos; Lingüística; Inteligência Artificial; Filosofia, Sociologia e Antropologia; Engenharia e Design.
No contexto de IHC devemos considerar quatro elementos básicos: o sistema, os usuários, os desenvolvedores e o ambiente de uso (domínio de aplicação) [Dix et al., 1993]. Estes elementos estão envolvidos em dois processos importantes: a interação usuário-sistema e o desenvolvimento do sistema. O curriculum proposto para IHC identifica cinco enfoques para o estudo destes elementos e para a sua aplicação na melhoria dos processos de desenvolvimento e de interação usuário-sistema. Para cada um destes focos, diferentes disciplinas proporcionam os estudos teóricos que podem ser aplicados ao desenvolvimento. São eles:
• design e desenvolvimento do hardware e software: estudo de tecnologias de dispositivos de entrada e saída; e tecnologias de software, como ambientes gráficos e virtuais.
• estudo da capacidade e limitação física e cognitiva dos usuários: considera estudos de ergonomia para avaliar limites de esforço físico do usuário, e estudos de psicologia e ciência cognitiva sobre a capacidade humana de memorização, raciocínio e aprendizado.
• instrumentação teórica e prática para o design e desenvolvimento de sistemas interativos: envolve o conhecimento teórico a respeito dos fenômenos envolvidos; modelos para o processo de desenvolvimento que descrevam as etapas necessárias e como devem ser conduzidas; diretrizes, técnicas, linguagens, formalismos e ferramentas de apoio a estas etapas.
• modelos de interfaces e do processo de interação usuário–sistema: para desenvolver modelos abstratos do processo de interação compatíveis com as capacidades e limitações físicas e cognitivas dos usuários.
• análise do domínio e de aspectos sociais e organizacionais: para avaliar o impacto que o contexto onde está inserido o usuário exerce sobre seus conhecimentos, sua linguagem e suas necessidades.
1.2 Organização da apostila
Esta apostila está organizada em quatro capítulos. No Capítulo 1, apresentamos conceitos básicos da área de IHC que serão utilizados ao longo do texto. Apresentamos a evolução de IHC por diferentes perspectivas, e descrevemos os principais estilos de interação. O Capítulo 2 descreve as teorias da Engenharia Cognitiva e da Engenharia Semiótica e faz uma comparação entre elas. O Capítulo 3 descreve um modelo para o processo de design de uma aplicação de acordo com estudos de IHC, e as etapas de modelagem de usuários, tarefas e comunicação. Apresenta também
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