Apoio ao Empreendedorismo no Brasil
Por: Nayara Block • 8/5/2016 • Artigo • 5.623 Palavras (23 Páginas) • 684 Visualizações
Apoio ao empreendedorismo no Brasil
Pedro Henrique Barros Negrão, EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão
peter_b_negrao@hotmail.com
Gabriel Andrian Gentilin, EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão
g.a.gentilin@gmail.com
Jefferson Ferreira, EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão
jefferson_ferreira@msn.com
Daniel de Jesus Martins da Silva, EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão
daniel_jms_@hotmail.com
Tainara Rigotti de Castro, EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão
tainararcastro@hotmail.com
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar um panorama sobre o empreendedorismo no Brasil bem como é realizado o apoio ao empreendedorismo no país. Sabe-se que o Brasil pode ser considerado como o país com mais empreendedores do mundo. Salienta-se também, que a necessidade de oferecer apoio aos empreendedores se dá em função do papel do mesmo no desenvolvimento econômico já que o empreendedorismo envolve mais do que apenas aumento de produção e renda per capita. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo, identificar quais entidades, sejam elas particulares ou governamentais que apoiam o empreendedorismo no Brasil, de forma a mostrar como cada instituição contribui com melhorias das ações empreendedoras no Brasil. O método de pesquisa utilizado é o qualitativo, a pesquisa classifica-se quanto aos meios, bibliográfica e virtual e quanto aos fins como descritiva e explicativa. Com a realização deste trabalho, pode-se ter uma dimensão das principais entidades que apoiam o empreendedorismo no Brasil, tendo em vista que, atualmente o país possui uma das maiores taxas do mundo referentes à parcela de indivíduos que preferem ter seu próprio negócio a ser empregado.
Palavras-chave: empreendedorismo; entidades de apoio; ações empreendedoras.
1. Introdução
O empreendedorismo se tornou um fenômeno mundial. Dornelas (2005) ressalta que seu crescimento, em termos mundiais, acelerou na década de 1990 e aumentou em proporção nos anos 2000, se tornando o centro das políticas públicas na maioria dos países, onde se têm como exemplos: programas de incubação de empresas e parques tecnológicos; desenvolvimento de currículos integrados que estimulem o empreendedorismo em todos os níveis, da educação fundamental à pós-secundária; programas e incentivos governamentais para promover a inovação e transferência de tecnologia; subsídios governamentais para criação e desenvolvimento de novas empresas; criação de agências de suporte ao empreendedorismo e à criação de negócios; programas de desburocratização e acesso ao crédito para pequenas empresas; desenvolvimento de instrumentos para fortalecer o reconhecimento da propriedade intelectual, entre outros.
Neste cenário, está claro que o empreendedorismo está diretamente ligado ao crescimento econômico, havendo uma convicção de que o poder econômico dos países depende de seus futuros empresários e da competitividade de seus empreendimentos. Seus principais resultados positivos, são os avanços tecnológicos e a geração de novos empregos, além disso, o dinheiro gerado pelos empreendedores geralmente é revertido em novas ações empreendedoras (BRITTO; WEVER, 2002).
O interesse pelo empreendedorismo se estende além das ações dos governos nacionais, atraindo também a atenção de muitas organizações e entidades multinacionais, como ocorre na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Dornelas (2005) ressalta o exemplo de maior força empreendedora que é os Estados Unidos, que incentivou milhares de novas empresas e gerou milhões empregos, acarretando em um grande crescimento econômico. Levando em conta esse grande desenvolvimento outros países emergentes como o Brasil, levantaram a importância do incentivo ao empreendedorismo.
Mesmo os Estados Unidos sendo o maior exemplo de força empreendedora, na comparação mundial do relatório de pesquisa realizado pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2014), o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, estando quase 8 pontos porcentuais à frente da China, o segundo colocado, com taxa de 26,7%. O número de empreendedores entre a população adulta no país é também superior ao dos Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%). Entre as economias em desenvolvimento, a taxa brasileira é superior à da Índia (10,2%), África do Sul (9,6%) e Rússia (8,6%).
Entretanto, esse crescimento alto e desordenado acaba apresentando dados preocupantes de mortalidade de novos empreendedores. Segundo Lombardi Junior (2010), a taxa de micro e pequenas empresas que fecham as portas no primeiro ano é de 31 %, e depois de cinco anos é de 60 %.
De acordo com a Revista Época Negócios (2010) a taxa de mortalidade no Brasil é tão alta por conta da ausência do comportamento empreendedor; da falta de planejamento ao abrir um novo negócio; de insuficientes políticas de apoio ao empreendedor; das dificuldades econômicas; e, dos problemas pessoais que afetam o negócio, ficando clara a necessidade de investimento do governo ao micro e pequeno empreendedor. Para Chiavenatto (2007), o Brasil tem fama de dificultar a criação de novas empresas devido a sua grande carga tributária, o que acaba fazendo com que vários pequenos empreendedores desistam do seu projeto.
Neste cenário, a presente pesquisa tem como objetivo identificar as políticas públicas e o incentivo de ordem não governamental, voltados ao apoio do empreendedorismo, em âmbito nacional. Tem-se por intuito identificar as necessidades de políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo no país, como alternativa à falta de emprego, e visando respaldar todo o movimento proveniente da iniciativa privada e de entidades não governamentais, que estão aparentemente fazendo a sua parte.
2. Empreendedorismo
A palavra empreendedor (entrepreneur) é de origem francesa e tem como conotação aquele que assume riscos e começa algo novo (HISRICH, 1986, apud. DORNELAS, 2005).
O empreendedorismo pode ser considerado um processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é criada a partir do comprometimento e a disposição em assumir riscos em relação ao patrimônio, tempo e/ou comprometimento e disciplina com a carreira ou ainda a proveniência de valores em função de bens ou serviços. (HISRICH; PETERS, 2007).
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