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Aproveitamento de Água de Chuva para Fins Não Potáveis

Por:   •  26/8/2018  •  Monografia  •  3.666 Palavras (15 Páginas)  •  192 Visualizações

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UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE VIÇOSA

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

MATHEUS NASCIMENTO LOPES

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS NA INSTITUIÇAO DE ENSINO SUPERIOR DE VIÇOSA

VIÇOSA

MINAS GERAIS – BRASIL

2018


MATHEUSNASCIMENTO LOPES

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS NA INSTITUIÇAO DE ENSINO SUPERIOR DE VIÇOSA

Projeto de Pesquisa orientado pelo Professor        RAFLES MATA e, apresentado a banca examinadora, como parte integrante das exigências da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso do curso de ENGENHARIA AMBIENTAL da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde – FACISA/UNIVIÇOSA.        

VIÇOSA

MINAS GERAIS – BRASIL

2018


1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O crescimento populacional e a expansão urbana requerem demanda de uso da água cada vez maiores, tais fatores somados ao uso inadequado têm afetado negativamente os recursos hídricos ao longo dos tempos, tanto em qualidade e disponibilidade de água.

Assim como diversas cidades Brasileiras, a cidade de Viçosa-MG, também sofre com problemas de escassez hídrica, ocasionando em determinados períodos do ano escassez hídrica na cidade. Nesse sentido torna-se de grande importância buscar por alternativas que minimizem a necessidade de água, assim passar a existir como uma oportunidade o aproveitamento de água de chuva, mesmo que para uso não potável, apresenta-se como uma ação benéfica à conservação deste recurso, atualmente o aproveitamento de água de pluvial é praticado em países como Japão, Estados Unidos, Alemanha e Áustria.

No Brasil quando o termo aproveitamento de água é citado temos de levar em conta a má distribuição deste recurso no território[a]. Com finalidade de melhorar este requisito entrou em vigor a lei 13.501/2017 que tem por finalidade incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento dos recursos hídricos.

Esta água após ser coletada pode ser aproveitada em diversas funções como descargas em bacias sanitárias, irrigação de jardim, limpeza de calçadas entre outras inúmeras funções estabelecidas pela ABNT 15527/2007.

        A presente pesquisa visa avaliar o potencial de captação e utilização de águas pluviais no campus da instituição de ensino superior de Viçosa-UNIVIÇOSA.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Disponibilidade Hídrica no Brasil[b]

A água tem se tornado um recurso cada vez mais escasso, principalmente em regiões onde a disponibilidade é pequena, devido a um consumo elevado, é necessário contar com algumas medidas para um melhor aproveitamento desse bem natural. Algumas medidas como reciclagem, reuso e o aproveitamento da água de chuva são alternativas que devem ser avaliadas.

Segundo Shiklomanov (1998) existem cerca de 1.386 milhões de km³ de água no planeta terra, sob as formas liquidas e congelada, sendo encontrada nos oceanos, lagos, geleiras e no subsolo. Em termos nacionais, o brasil detém uma das maiores bacias hídricas do planeta. Tomaz (2001) diz que o Brasil possui 12% da água doce no mundo, porem mal distribuída no país.

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Figura 1: Disponibilidade hídrica no brasil

FONTE: Tomaz 2001.

Segundo Villiers (2002), a medida que cresce a população, o uso sustentável de água depende fundamentalmente da adaptação das pessoas ao ciclo da água. Segundo Leal; Herrmann (1999), no Brasil, em 1940, a população das cidades correspondia a 30% da população total e a população rural, 70%. O ser humano precisa desenvolver habilidades, conhecimentos, procedimentos para administrar o uso da água de forma integrada e abrangente, a fim de manter a quantidade e qualidade do suprimento

2.1.1 Disponibilidade Hídrica em Minas Gerais[c]

O Estado de Minas Gerais apresenta grande diversidade biológica, física e socioeconômica, que reflete em dinâmicas diferenciadas na configuração do espaço. Abriga cinco grandes bacias hidrográficas que drenam cerca de 90% do seu território, as bacias dos rios São Francisco, Grande, Paranaíba, Doce e Jequitinhonha, o que lhe confere, dentre outros usos, enorme potencial de geração de energia elétrica (DRUMMOND et al., 2005).

         O estado de minas gerais possui unidades de planejamento de gestão de recursos hídricos (UPGRH). Para cada unidade existe um comitê de bacia hidrográfica, que ter a finalidade de promover o debate sobre as questões hídricas; arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com o uso da água; aprovar e acompanhar a execução do plano de recursos hídricos da bacia, bem como estabelecer mecanismos de cobrança pelo uso da água, sugerindo valores a serem cobrados e aprovando planos de aplicação de recursos oriundos da cobrança. É também competência do comitê aprovar outorga de direito de uso da água para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor.        
         O Estado de Minas Gerais possui 36 comitês de bacias hidrográficas, um para cada unidade de planejamento e gestão de recursos hídricos do Estado. Eles foram criados entre os anos de 1998 e 2009.

Para analisar a situação dos         recursos hídricos em Minas Gerais, é levado em consideração o ponto de vista quali-quantitativo, considerando o monitoramento meteorológico, hidrológico, disponibilidade e a demanda hídrica, a declaração de áreas de conflito e a qualidade das águas superficiais e subterrâneas do Estado.        

Conforme apresentado no 1° Relatório de Gestão e Situação de Recursos Hídricos em Minas Gerais, os sistemas atuantes no processo de precipitação no Estado de Minas Gerais são: as frentes frias (localizadas inicialmente no sul do país), a Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zcas), as instabilidades no Centro-oeste e as Altas Subtropicais (Asas). Esses sistemas são responsáveis pela ocorrência de chuva no Estado. Ressalta-se que no Estado o período hidrológico está compreendido entre os meses de outubro a março.                        

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