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Avaliação De Ruído Em Uma Empresa "Retífica De Motores"

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Por:   •  29/10/2014  •  3.531 Palavras (15 Páginas)  •  662 Visualizações

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AVALIAÇÃO DE RUÍDO EM UMA EMPRESA “RETÍFICA DE MOTORES”

Resumo  Realizou-se neste estudo, uma análise em um posto de trabalho de uma empresa de pequeno porte no ramo automotivo, cuja atividade é retificar motores de combustão, solicitados por clientes diversos. Trata-se de um levantamento quantitativo dos níveis de pressão sonora – ruído, observando os critérios técnicos estipulados na Norma de Higiene Ocupacional – NH0-01 editada pela Fundacentro, instituição com vinculação ao Ministério do Trabalho, voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho. É, portanto, uma pesquisa aplicada com coleta de dados no posto de trabalho. Os resultados encontrados não comprometem a saúde do trabalhador em relação à exposição ao ruído, não eximindo a empresa, da responsabilidade quanto à entrega do protetor auricular ao funcionário e monitoramento constante através de medições, em função da dinâmica do processo, proporcionada pelos diversos modelos de motores retificados, que provoca uma intermitência muito grande nos níveis de pressão sonora durante a jornada de trabalho. Buscou-se realizar o levantamento de dados através de avaliações dos níveis de ruído, com leituras obtidas por meio do uso de equipamentos específicos, decibelímetro e cronômetro.

Abstract  Performed in this study, an analysis in a job for a small business in the automotive industry, whose business is to rectify combustion engines, requested by many customers, an analysis in a job for a small business in the automotive industry, whose business is to rectify combustion engines, requested by many customers. It is a quantitative survey of sound pressure levels-noise, noting the technical criteria stipulated in Occupational Hygiene-Norm NH0-01 published by Fundacentro, institution with binding to the Ministry of labor, focused on the study and research of the condition of working environments. Is, therefore, an applied research with data collection at the workstation. The results do not affect the workers ' health in relation to noise exposure, not exempting the company from liability as to delivery of ear protection to the employee and constant monitoring through measurements, depending on the dynamics of the process, provided by several models of motors, which causes a very big burst sound pressure levels during the workday. Was conducted the survey data through assessments of noise levels, with readings obtained through the use of specific equipment, decibel meter and stopwatch.

Palavras-chave  Avaliação de ruído, Níveis de Pressão Sonora, Decibelímetro, Ruído Intermitente.

1 INTRODUÇÃO

A história da humanidade registrou um grande movimento que trouxe significativas mudanças transformando uma sociedade feudal-mercantil, de economia agrária, numa economia industrial com características peculiares de produção em grande escala, proporcionada pela utilização de máquinas.

Segundo Oliveira e Milaneli (2009), chamado de “Revolução Industrial”, o movimento ocorreu na Inglaterra entre 1760 e 1830 (sec. XVIII e XIX), provocando uma grande mudança nos mecanismos para a produção de novos produtos. Nessa época, a criação das primeiras máquinas de fiar substituiu o artífice, numa produção muito superior à do homem. Aliada a essa condição, homens, mulheres e crianças eram obrigadas a cumprir jornadas de trabalho exaustivas impostas por seus patrões, num ambiente profissional hostil e insalubre, provocada pela exposição aos riscos ocupacionais.

As duas condições, portanto, trabalho exaustivo e riscos ocupacionais, caracterizavam um ambiente permanentemente insalubre e agressivo ao trabalhador.

Para Iida (2005), considerados como fonte de tensão, os riscos ocupacionais tais como: calor, ruídos e vibrações são considerados prejudiciais à integridade física do trabalhador, podendo provocar danos à sua saúde.

Classificados no Brasil em riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, como padrão estabelecido pelo Ministério do Trabalho, a legislação

brasileira estabelece a obrigatoriedade e critérios técnicos para a avaliação quantitativa e qualitativa desses agentes.

Fantazzini e Oshiro (2007) sugerem medidas multidisciplinares mais eficazes para eliminação da exposição dos trabalhadores, na antecipação, reconhecimento, avaliação e o controle dos agentes ambientais. Para a avaliação, a engenharia; domínio dos recursos instrumentais, também na avaliação (química analítica); bem como bioquímica, medicina e toxicologia para entender a interação dos agentes com o organismo. Portanto, para compreendermos a exposição do trabalhador a um agente, deve-se então analisá-lo em suas características físicas e/ou químicas e pelo uso dessas ciências básicas.

Na avaliação e controle dos diversos riscos antecipados ou reconhecidos nos ambientes de trabalho, através de estudos e ações desenvolvidas por profissionais de áreas específicas, o ruído, definido como risco físico, merece especial atenção, por ser considerado um dos mais frequentes e que nem sempre é tratado com a devida atenção.

Fantazzini e Oshiro (2007) afirmam ser o ruído um dos principais agentes físicos, pois são encontrados em diversos ambientes de trabalho, atividades e instalações provocando sérios danos para a saúde dos indivíduos. É preocupação constante por parte dos higienistas e profissionais de segurança e saúde do trabalhador em função de sua grande incidência e exposição.

Exposições contínuas a níveis de ruído elevado, por longos períodos de tempo durante as jornadas de trabalho, trazem danos à audição do trabalhador. Essas lesões são lentas, graduais e irreversíveis, comprometendo o conforto no ambiente, a produtividade e consequente competitividade das empresas, além de serem apontadas como causas indiretas dos acidentes de trabalho. Sem a proteção adequada, o ruído atua desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo, com consequências imprevisíveis sobre o equilíbrio psicossomático; situação em que a interferência no psíquico reflete no surgimento de dores que provocam alterações, influenciando até na condição social do individuo.

Iida (2005), considera o ruído contínuo de 85 dB como o máximo tolerável para uma jornada de trabalho de oito horas para as normas brasileiras. No entanto, existem estudos comprovando danos à saúde a partir de 80 dB. Muitas normas estrangeiras já fixaram 80 dB como limite máximo. Para ruídos de 90 dB a exposição permitida é de 4 h/dia e a 115 dB cai para apenas 7min/dia.

Os limites de tolerância para a exposição

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