Biossurfactantes
Resenha: Biossurfactantes. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: kate123456 • 26/3/2014 • Resenha • 288 Palavras (2 Páginas) • 310 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A poluição ambiental causada pela liberação de hidrocarbonetos, decorrente das atividades industriais e dos derramamentos acidentais de petróleo e seus derivados, apresenta grande risco aos ecossistemas marinho e terrestre. Os tratamentos tradicionais, tais como contenção e recolhimento através de barreiras flutuantes, adsorção por materiais naturais ou sintéticos, entre outros, não visam à degradação do petróleo.
Os biossurfactantes são compostos formados por moléculas com porções hidrofóbicas e hidrofílicas que através de seu acumulo nas interfaces entre fases fluidas com diferentes graus de polaridade (óleo/água e água/óleo) reduzem as tensões superficial e interfacial aumentando a área superficial de compostos insolúveis, permitindo o aumento da mobilidade, biodisponibilidade e biodegradação. Apresentam as mesmas propriedades dos surfactantes químicos, tais como emulsificação, capacidade molhante, capacidade espumante, lubrificação, detergência, dispersão e solubilização de fases (PIRÔLLO, 2006).
Os compostos oleosos são degradados por microrganismos capazes de utilizar hidrocarbonetos como fonte de carbono para obtenção de energia. O uso de microrganismos adaptados à utilização de resíduos oleosos, como é o caso deste trabalho, pode possibilitar a obtenção de elevadas produtividades de biossurfactantes, em virtude da possível capacidade destes microrganismos em produzirem compostos como resposta às condições ambientais. Segundo Matsuura (2004), “microrganismos ambientados a crescerem em substratos oleosos em geral são bons produtores de biossurfactantes”.
A produção de biossurfactantes justifica-se pelas inúmeras aplicações que estes possuem em diferentes setores industriais, tais como de alimentos, cosméticos, agricultura, detergentes e medicina. Contudo, a maior área para aplicação dos biossurfactantes é a indústria do petróleo, tanto para a produção deste como para incorporação nas formulações de óleo, dispersão de derramamento de óleo em solo e no mar, remoção de lodo de óleo de tanques de estocagem, na recuperação melhorada de petróleo e na descontaminação ambiental por meio da biorremediação (COLLA et al., 2013).
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