CRIPTOGRAFIA - INTRODUÇAO
Trabalho Escolar: CRIPTOGRAFIA - INTRODUÇAO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ISAA777 • 2/3/2015 • 949 Palavras (4 Páginas) • 225 Visualizações
Criptografia
A necessidade de sigilo na comunicação escrita deve ser tão velha como a própria escrita.
Ao longo dos tempos, com a evolução da tecnologia e consequentemente dos meios de comunicação, a complexidade de ocultar a mensagem escrita tem vindo a aumentar de uma forma exponencial. Se há necessidade de guardar um segredo, então, em princípio, existe alguém que o quer saber. É este jogo do gato e do rato que a humanidade vem praticando desde há muito tempo.
A ocultação de uma mensagem pode ser feita através da esteganografia, nome que deriva de duas palavras gregas: steganos que significa coberto e graphien que significa escrever. Ou seja, como a origem do próprio nome indica, esta técnica consiste em ocultar a existência de uma mensagem. Esta técnica já era praticada no século V a. C. e continua a sê-lo nos nossos dias. No entanto, padece de uma enorme fragilidade – se for interceptada, o seu conteúdo, logo no momento, fica claro como água.
Um dos exemplos mais caricatos da esteganografia, foi relatado por Heródoto que registou o modo como Histieu transmitiu uma mensagem a Aristágoras de Mileto. Histieu rapou a cabeça de um indivíduo, escreveu no seu couro cabeludo a mensagem que queria enviar, esperou que o cabelo voltasse a crescer e, enviou-o em viagem até ao seu destinatário. Este quando chegou, rapou novamente a cabeça e mostrou a mensagem a Aristágoras de Mileto.
Tão velha, mas com o mesmo objectivo primordial, ocultar a mensagem, – a criptografia - que também deriva de dois vocábulos gregos: kryptos, que significa oculto e graphien cujo significado já é conhecido, não esconde a existência da mensagem, apenas oculta o seu significado. De um modo geral, se a mensagem cair nas mãos de um intruso, este ao lê-la, não a compreenderá. Só o remetente e o destinatário, em princípio, através de um acordo pré-estabelecido, é que têm acesso ao significado da mensagem. O termo criptografia é usado muitas vezes como sinónimo de criptologia,
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abrangendo, desta forma, a criptanálise que tem por função descobrir os segredos, quebrar a confidencialidade entre emissor e receptor.
O trabalho do criptógrafo consiste em transformar um texto simples (mensagem original antes da criptação) num texto em cifra (mensagem após ser criptada), o criptanalista tenta fazer o inverso. Foram estes homens que colocaram as suas inteligências ao serviço de reis, de nações, do Bem e do Mal. Alguns tiveram uma importância fulcral no percurso da História da Humanidade, mas trabalharam no anonimato e alguns permaneceram anónimos.
Até à década de 70, do século passado, as cifras eram todas simétricas; isto é, a chave para encriptar e desencriptar uma mensagem era a mesma e o seu uso era mais político e militar. Só há trinta e três anos, é que se começou a utilizar a cifra assimétrica, para a qual existem duas chaves: uma pública, que serve para encriptar a mensagem; e uma outra, a privada que serve para a desencriptar.
Com a utilização generalizada do computador pelo cidadão comum, a criptografia assume um papel fundamental na nossa vida diária: o código do multibanco e a assinatura digital no cartão do cidadão, são apenas dois, dos muitos exemplos que poderíamos dar. Neste momento, os objectivos da criptografia são:
Confidencialidade – mantém o conteúdo da informação secreto para todos excepto para as pessoas que tenham acesso à mesma.
Integridade da informação – assegura que não há alteração, intencional ou não, da informação por pessoas não autorizadas.
Autenticação de informação – serve para identificar pessoas ou processos com
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