Chatterboats E AIML
Artigos Científicos: Chatterboats E AIML. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: viviemily01 • 3/9/2013 • 2.126 Palavras (9 Páginas) • 471 Visualizações
CHATTERBOATS E LINGUAGEM AIML
"Podem as máquinas pensar?" Esta pergunta, proposta no texto do matemático Alam Turing: Computing Machinery and Intelligence, publicado em 1950, originou um teste que chamou de Jogo da Imitação, mas que veio a ser conhecido como o Teste de Turing. Na sistemática do jogo, um interrogador, comunicando-se via terminal com um software e, simultaneamente com outra pessoa, deveria descobrir quem era quem. Alan Turing morreu em 1954, uma década antes de programas que simulam o dialogo humano começarem a proliferar.
Com o avanço da tecnologia e, consequentemente, a popularização de acesso aos computadores pessoais a internet, encontramos um cenário onde dá-se as máquinas a capacidade de interagir com o ser humano. A inteligência artificial desenvolveu ao longo dos anos diversas maneiras de simular a comunicação humana, acarretando entre outras tecnologias o surgimento dos chamados chatterbots, que são programas que simulam uma conversa com uma pessoa.
Dentre os chatterbots existentes, um dos mais antigos pode ser considerado o Eliza (www-ai.ijs.si/eliza/eliza.html). Desenvolvido em 1966 pelo professor Josep Weizenbaum no Massachussets Institute of Technology, seu objetivo é o de simular um psicanalista em uma conversa com seu paciente. Eliza espera que o usuário conte seus problemas e interage através de perguntas, estimulando o paciente a contar cada vez mais sobre seu problema, através de uma personalidade bem notável, tentando sempre agir de forma simpática e amável.
Outro robô capaz de interagir em português é Cybelle (www.agentland.com), criada em 2000. Apresentando uma imagem virtual, Cybelle é construída para ser uma espécie de referência no mundo dos agentes. Além de conversar com ela, pode-se visualizar, ao mesmo tempo, informações sobre agentes virtuais. Cybelle também está integrada a um portal sobre agentes. A navegação no portal pode ser direcionada durante a própria conversa com o robô por ela mesma ou pelo usuário independentemente. Assim, se a entrada for: “O que exatamente você é?”, Cybelle além de fornecer a resposta ainda disponibiliza uma página com informações sobre de sua personalidade. Se a entrada é uma pergunta sobre ALICE, por exemplo, Cybelle mostra informações a respeito e ainda solicita a opinião do usuário sobre o Chatterbot.
ENTENDENDO OS CHATTERBOTS
Simuladores de diálogos são softwares que utilizam linguagem natural na forma escrita, geralmente através de um Chat para dialogar com os usuários. Com a evolução do conhecimento nesta modalidade foi possível desenvolver técnicas de roteiros simulados com certa eficiência, tornando os Chatterbots uma alternativa capaz de desempenhar o papel de facilitador em várias atividades.
O uso de simuladores é bastante comum em diversas áreas e os benefícios são muitos. Na aviação é comum o uso de simuladores de vôo no treinamento e preparação para o enfrentamento de possíveis emergências. Modelos de tratamentos para fobias baseados em simuladores de realidade virtual obtiveram bons resultados em pesquisas sobre o comportamento humano. Missões espaciais são geralmente treinadas em simuladores para capacitar os profissionais envolvidos. No caso do simulador de diálogo, também ocorreram bons resultados em ambiente educacional, comercial, terapêutico e de entretenimento.
A proposta do simulador é criar a sensação de conversa em um ou mais humanos através de um software devidamente programado para tal tarefa. Neste sentido, o chatterbot imita diversos aspectos de uma pessoa conversando em um chat. O termo Chatterbot é uma união das palavras chatter (pessoa que conversa) e bot (abreviatura de robô). Neste sentido o termo Chatterbot pode ser entendido como sendo um software que conversa com as pessoas, também é usado com o mesmo sentido, o termo chatbot.
O chatterbot ou chatbot pode ser desenvolvido por qualquer pessoa, o que torna esta ferramenta atrativa nos ambientes educacionais e de entretenimento. Os usuários aprendem dialogando e se entretendo com um robô através de respostas programadas em um Chat. Um dos segredos por trás da eficiência dos chatterbots consiste no fato de nossas expressões serem em muitos casos um modelo padronizado.
Em sala de aula, por exemplo, existe uma sequencia de perguntas padronizadas que os alunos costumam fazer. A pergunta mais comum é quase universal, “isso vais cair na prova?" ou ainda “se eu fizer isso, ganho nota”. Como a comunicação é um fenômeno social, ou seja, público. Os meios de comunicação e seus significados precisam ser em certa medida padronizados. Geralmente diversas pessoas manifestam questionamentos idênticos sobre um mesmo tema.
Neste sentido os Chatterbots se destacam, podem auxiliar sem interrupção milhares de usuários, estudantes e clientes. Podem ser usados estilos diferentes de expressão, mas os significados são necessariamente modelos públicos. Isso permite uma simulação de diálogos sem maiores dificuldades.
Terapeutas ou pesquisadores interessados no comportamento humano usam desta regra básica de comunicação para criar seus simuladores específicos de diálogo. Na educação, professores podem personalizar robôs para auxiliar os alunos em determinados temas como matemática, história, filosofia, química, etc. Este é o caso dos chatterbots tutores em cursos promovidos pela internet onde os ambientes de ensino on-line possuem o desafio de manter os usuários motivados.
Chatterbots como Adele e Steve foram empregados em sistemas de ensino à distância, respondendo dúvidas dos estudantes e efetuando demonstrações sobre o uso do próprio ambiente virtual. Outro exemplo é o Chatterbot Einstein desenvolvido pela empresa Artificial Life3 para ensinar física ou ainda o Chatterbot brasileiro Elektra desenvolvido pelos pesquisadores da UFRGS.
No comércio, lojas usam de chatterbots para atender os clientes on-line ou divulgar seus produtos em diálogos simulados. Este é o caso do Chatterbot Anna que atende os clientes da empresa portuguesa Ikea ou ainda, o Chatterbot Susan que responde às perguntas dos utilizadores do site Whommunity. Outro Chatterbot bem humorado que dá dicas de saúde e alimentação é o Eaton.
No Brasil o mais popular entre os simuladores de diálogo é o ED desenvolvido com recursos da Petrobras e focado em diálogos sobre energia e meio ambiente.
Existem duas modalidades de estudo sobre chatterbots com roteiros em AIML, uma é destinada ao atendimento e suporte para usuários, estes são chamados de atendentes virtuais, a outra categoria é focada na pesquisa e desenvolvimento de Chatterbots capazes de imitar a emoção e comportamento humano. No
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