Crise ambiental

Na atualidade, estamos vivenciando uma crise dos meios naturais, mudanças climáticas, aquecimentos globais, desertificações em determinadas áreas colocando em risco o futuro da humanidade. A partir desta linha de pensamento, é possível perceber que a Educação Ambiental se constitui em uma condição essencial para a preservação da humanidade, por isso considera-se esse fenômeno como uma questão social, haja vista que está ligada diretamente com a qualidade de vida e a saúde da população o que demonstra a transversalidade do tema. Em função desses aspectos, os nossos olhares, enquanto acadêmicos do curso de Serviço Social, direcionaram-se para os pequenos agricultores e, de modo especial, como os mesmos estão se utilizando da água do Rio Águas Claras que corta o município de Alvorada do Oeste no Estado de Rondônia. A pesquisa intencionou analisar as agressões ambientais que o Rio vem sofrendo, objetivando desenvolver um processo sócio-educativo com os habitantes de seu entorno no sentido de preservá-lo. Esta pesquisa é resultante do projeto interdisciplinar “Questão Social na Amazônia: desvendando mitos e revelando fatos no Estado de Rondônia”.

METODOLOGIA:

Com a finalidade de atingir os objetivos propostos, utilizou-se a metodologia qualitativa, pois a mesma possibilita captar a essência dos fenômenos sociais. Como método de procedimento recorreu-se ao estudo de caso. A coleta de dados foi realizada com quinze pequenos agricultores que têm suas propriedades às margens do rio Águas Claras no município de Alvorada do Oeste e junto à Delegacia do IDARON. Essa pesquisa utilizou a observação direta intensiva e o questionário com perguntas padronizadas, com os pequenos agricultores da região. Os dados foram analisados à luz do método dialético.

RESULTADOS:

A educação ainda é o elemento indispensável para a transformação da consciência ambiental, sem o processo sócio-educativo ambiental, fica impossível direcionar ações de desenvolvimento sustentável e realizar a interação entre sociedade e natureza. O rio Águas Claras do município de Alvorada do Oeste possui aproximadamente, quarenta quilômetros de extensão, e sua margem encontra-se degradada cerca de setenta por cento e, em sua extensão não possui matas ciliares. Ocorre exploração do rio por parte dos pequenos agricultores, os quais além da criação de gado, fixaram nas margens do rio um matadouro e depositam em seu leito os dejetos do matadouro e outros insumos que contribuem para a poluição e destruição do mesmo. O rio Águas Claras é utilizado aproximadamente há quinze anos pelo SAAE (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) para a captação de água para o abastecimento da cidade de Alvorada do Oeste/RO que conta com cerca de aproximadamente doze mil habitantes. Essa instituição tem preocupação com o rio e tem um projeto de reflorestamento para as matas ciliares, no entanto esse projeto está acima do local onde o matadouro está instalado. O IDARON (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia), vem realizando uma vigilância no local, mas até o momento da pesquisa nenhuma ação concreta de eliminação do problema havia sido implantada.

CONCLUSÕES:

Na conjuntura em que vivemos, podemos perceber que o ser humano