Definição De Requisitos De Software
Ensaios: Definição De Requisitos De Software. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Henriquewolf • 29/9/2013 • 9.496 Palavras (38 Páginas) • 592 Visualizações
Definição de requisitos de software baseada numa arquitetura de modelagem de negócios
DELMIR PEIXOTO DE AZEVEDO JUNIOR Universidade Petrobras
RENATO DE CAMPOS UNESP
Produção, v. 18, n. 1, p. 026-046, Jan./Abr. 2008 27
Definição de requisitos de software baseada numa arquitetura de modelagem de negócios
(1998), em Jacobson, Booch e Rumbaugh (1999), e em Lilly (1999), não existem métodos estabelecidos que tornem esta atividade mais sistemática. O alinhamento entre requisitos de software e as reais necessidades de informatização da empresa pode ser melho- rado e sistematizado através de técnicas de modelagem de negócios (ou de empresa). A tecnologia da orientação a ob- jeto, através da UML, permite a integração da representação de modelos nos dois domínios, negócio e software. Porém, existe a falta de metodologias completas que alinhem de forma sistemática o levantamento de requisitos de software às reais necessidades de um negócio, em função de seus objetivos (AZEVEDO JR., 2003).
Pode-se dizer que o UP como a união das boas práticas do desenvolvimento de software é base para a defi nição de várias metodologias encontradas no mercado. Este trabalho descreve uma metodologia resultante da incorporação de algumas atividades para o levantamento de requisitos basea- das na arquitetura de modelagem de negócios de Eriksson e Penker (2000), a fi m de tornar mais sistemática esta etapa do desenvolvimento de sistemas. As atividades propostas podem ser aplicadas em qualquer metodologia de desen- volvimento de sistemas que se fundamente nos mesmos princípios estabelecidos no UP. Em relação à metodologia de pesquisa, fundamentou- se em extensa revisão bibliográfi ca; na elaboração e descrição de atividades baseadas em uma arquitetura de modelagem de negócios para metodologias de desenvol- vimento de software; na aplicação das atividades propos- tas na metodologia de desenvolvimento de sistemas de uma empresa; e em um teste com o desenvolvimento de parte de um sistema de informação, visando a avaliação da proposta. Ao longo deste artigo serão propostas atividades de modelagem baseadas em uma arquitetura de modelagem de negócios, visando inseri-las de forma integrada em me- todologias de desenvolvimento de sistemas de informações baseadas no Processo Unifi cado (UP), e assim torná-las capazes de melhor defi nir e alinhar, de forma sistemática, os requisitos do sistema aos reais objetivos do negócio. Desta forma, na próxima seção são apresentadas defi nições relati- vas à Engenharia de Requisitos e ao UP, exibidos conceitos relacionados à modelagem de processos de negócios com a UML e questões relacionadas com a identifi cação de casos
INTRODUÇÃO
Quanto mais rápido um negócio puder alterar seus processos e os sistemas de informação que lhe dão su- porte, mais preparado estará para reagir a eventos de concorrência no mercado. O levantamento de requisitos é a etapa do desenvolvimento de sistemas de informação responsável por identifi car e modelar as necessidades do negócio a serem atendidas pelos sistemas de informação, e é, portanto, uma atividade cada vez mais relevante em um dinâmico cenário. As organizações empresariais modernas precisam estar em constante evolução para manterem-se competitivas. São necessárias freqüentes re- formulações e inovações nos processos de negócio e, conse- qüentemente, nos sistemas de in- formação que lhes dão suporte. A integração entre os objetivos do negócio, os processos de negócio e sistemas de informação é um fator determinante da dinâmica necessária à organização e também um desafi o aos gerentes. Nesse cenário, os sistemas de informações são os habilitadores do negócio e, portanto, precisam estar alinhados com os reais obje- tivos deste negócio. Existem vários métodos, técnicas e ferramentas de modelagem para facilitar o entendimento e a análise da complexidade das organizações moder- nas (KALPIC; BERNUS, 2002; LI; WILLIAMS, 2002; VERNADAT, 2002). Essas facilidades são utilizadas na tentativa de tornar a realidade organizacional, complexa e abstrata, mais compreensível. Também existem várias metodologias para o desenvolvimento de sistemas de informação. O que se observa, no entanto, é a falta de integração da análise nos dois domínios, o do negócio e o dos sistemas que lhe fornecerão suporte (ODEH; KAMM, 2003; SHEN, 2004). O UP (Unifi ed Process – Processo Unifi cado) é uma das metodologias de desenvolvimento de sistemas de software que vem obtendo destaque entre as demais. No entanto, mesmo no UP, a atividade de levantamento de requisitos ainda é um processo empírico, não considerando de forma sistemática a importância do foco nos objetivos do negócio. Neste contexto, evidencia-se a necessidade de maior apro- ximação entre o levantamento de requisitos de sistemas de softwares e as reais necessidades do negócio em processos ou metodologias de desenvolvimento. No paradigma da orientação a objeto, a análise de requisitos tem sido feita com base num elemento de modelagem da UML (Unifi ed Modeling Language) chamado Caso de Uso. Embora exis- tam algumas heurísticas propostas para identifi cação de casos de uso, como as apresentadas em Schneider e Winters Sistemas de informações são os habilitadores do negócio e, portanto, precisam estar alinhados com os reais objetivos deste negócio.
Delmir Peixoto de Azevedo Junior; Renato de Campos
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de uso de negócio. Na seção seguinte são descritas as ativida- des propostas a serem inseridas em metodologias baseadas no UP. Após, são apresentados os fl uxogramas e descritas as atividades de toda uma metodologia de desenvolvimento de software com as atividades propostas, assim como os artefatos resultantes, e as considerações fi nais.
ENGENHARIA DE REQUISITOS E O UP
A engenharia de software se produz através de um con- junto de fases. Cada uma das fases pode envolver métodos, ferramentas e procedimentos, cujas formas de estruturação são citadas como modelo de engenharia de software (PRES- SMAN, 2002). Ainda segundo Pressman (2002), indepen- dentemente do modelo de desenvolvimento de software, o processo contém três fases genéricas: defi nição, desenvol- vimento e manutenção. Quatro modelos de engenharia de software têm sido am- plamente discutidos: o ciclo de vida clássico (ou cascata), a prototipação, o modelo espiral e as técnicas de Quarta Geração (PRESSMAN, 2002). Atualmente um novo
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