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Desenho Mecânico

Artigo: Desenho Mecânico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/6/2013  •  8.735 Palavras (35 Páginas)  •  3.417 Visualizações

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A U L A

1

Quando alguém quer transmitir um recado,

pode utilizar a fala ou passar seus pensamentos para o papel na forma de

palavras escritas. Quem lê a mensagem fica conhecendo os pensamentos de

quem a escreveu. Quando alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus

pensamentos para o papel na forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho

representam idéias e pensamentos. A representação que vai interessar neste

curso é o desenho.

Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunica

ção. E essa representação gráfica trouxe grandes contribuições para a

compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos

antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até suas

idéias.

As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do tempo,

à medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura. Veja

algumas formas de representação da figura humana, criadas em diferentes

épocas históricas.

Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega)

do período mesolítico (6000 - 4500 a.C.).

Representação esquemática da figura humana.

1

A U L A

O que é

desenho técnico

Introdução

A U L A

1

Representação egípcia do túmulo do escriba Nakht, século XIV a.C.

Representação plana que destaca o contorno da figura humana.

Nu, desenhado por Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564).

Aqui, a representação do corpo humano transmite a idéia de volume.

Esses exemplos de representação gráfica são considerados desenhos artísticos.

Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de

representação gráfica, usada, entre outras finalidades, para ilustrar instrumentos

de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E esse tipo de desenho

também sofreu modificações, com o passar do tempo.

A U L A

1

Quais as diferenças entre

o desenho técnico e o desenho artístico?

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por profissionais

de uma mesma área, como, por exemplo, na mecânica, na marcenaria, na

eletricidade. Maiores detalhes sobre o desenho técnico você aprenderá no

decorrer deste curso. Por enquanto, é importante que você saiba as diferenças

que existem entre o desenho técnico e o desenho artístico. Para isso, é necessário

conhecer bem as características de cada um. Observe os desenhos abaixo:

Cabeça de Criança,

de Rosalba Carreira (1675-1757).

Paloma, de Pablo Picasso

(1881-1973).

Estes são exemplos de desenhos artísticos. Os artistas transmitiram suas

idéias e seus sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o compromisso

de retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a

sensibilidade do artista que o criou.

Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com

exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso,

o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de

normas técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a

normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu

próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas. Observe alguns

exemplos.

Nossa aula

Desenho

técnico de

arquitetura

A U L A

1

Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços,

símbolos, números e indicações escritas, de acordo com normas técnicas.

No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT -

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Neste curso você vai conhecer a

aplicação das principais normas técnicas referentes ao desenho técnico mecânico,

de acordo com a ABNT.

Como é elaborado um desenho técnico

Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de

vários profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o

projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser. Depois representa suas

idéias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço

serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho preliminar

corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto,

que ainda pode sofrer alterações.

Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto

será executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também

chamado de desenho para execução, contém todos os elementos necessários à

sua compreensão.

O desenho para execução, que tanto pode ser feito na prancheta como no

computador, deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que

dispõem sobre o assunto.

Desenho técnico

de marcenaria.

Desenho técnico

mecânico.

A U L A

1

O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai

executar a peça. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para

que possa executar a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar

corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será

a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as normas

técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da

geometria descritiva.

Geometria descritiva: a base do desenho técnico

O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido graças

ao matemático francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de representação

gráfica que existiam até aquela época não possibilitavam transmitir a idéia dos

objetos de forma completa, correta e precisa.

Monge criou um método que permite representar, com precisão, os objetos

que têm três dimensões (comprimento, largura e altura) em superfícies planas,

como, por exemplo, uma folha de papel, que tem apenas duas dimensões

(comprimento e largura).

Esse método, que passou a ser conhecido como método mongeano, é usado

na geometria descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituem a

base do desenho técnico. Veja:

À primeira vista, pode parecer complicado. Mas, não se preocupe. Acompanhando

este curso, você será capaz de entender a aplicação da geometria

descritiva no desenho técnico. Basta aprender ou recordar algumas noções

básicas de geometria, que serão apresentadas na próxima aula.

Representação

de um objeto de

acordo com os

princípios da

geometria

descritiva.

A U L A

2

Figuras geométricas

2

U L A

Se olhar ao seu redor, você verá que os objetos Introdução

têm forma, tamanho e outras características próprias. As figuras geométricas

foram criadas a partir da observação das formas existentes na natureza e dos

objetos produzidos pelo homem.

Nesta aula você vai conhecer ou recordar os diversos tipos de figuras

geométricas. Todos os objetos, mesmo os mais complexos, podem ser associados

a um conjunto de figuras geométricas.

Você terá mais facilidade para ler e interpretar desenhos técnicos mecânicos

se for capaz de relacionar objetos e peças da área da Mecânica às figuras

geométricas.

Figuras geométricas elementares

Ponto

Pressione seu lápis contra uma folha de papel. Observe a marca deixada pelo

lápis: ela representa um ponto. Olhe para o céu, numa noite sem nuvens: cada

estrela pode ser associada a um ponto.

O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não

tem comprimento, nem largura, nem altura.

Nossa aula

A U L A

2

A B C

s

s

r

s

s

A s

s

s

A

A

s

s

C D t

O ponto A

dá origem

a duas

semi-retas.

No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para

identificá-lo, usamos letras maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os

exemplos:

Lê-se: ponto A, ponto B e ponto C.

Linha

Podemos ter uma idéia do que é linha, observando os fios que unem os

postes de eletricidade ou o traço que resulta do movimento da ponta de um lápis

sobre uma folha de papel.

A linha tem uma única dimensão: o comprimento.

Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos dispostos

sucessivamente. O deslocamento de um ponto também gera uma linha.

Linha reta ou reta

Para se ter a idéia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta é

ilimitada, isto é, não tem início nem fim. As retas são identificadas por letras

minúsculas do alfabeto latino. Veja a representação da uma reta r:

Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes,

chamadas semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não

tem fim.

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço limitado

de reta. A esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento

de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta são chamados de extremidades.

No exemplo a seguir temos o segmento de reta CD, que é representado da

seguinte maneira: CD.

Os pontos C e D (extremidades) determinam o segmento de reta CD.

A U L A

2

Plano

Podemos ter uma idéia do que é o plano observando uma parede ou o

tampo de uma mesa.

Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de retas

dispostas sucessivamente numa mesma direção ou como o resultado do deslocamento

de uma reta numa mesma direção. O plano é ilimitado, isto é, não tem

começo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se representá-lo delimitado

por linhas fechadas:

Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: a (alfa),

b (beta) e g (gama), que você pode ver nos planos representados na figura acima.

O plano tem duas dimensões, normalmente chamadas comprimento e

largura. Se tomamos uma reta qualquer de um plano, dividimos o plano em

duas partes, chamadas semiplanos.

Posições da reta e do plano no espaço

A geometria, ramo da Matemática que estuda as figuras geométricas,

preocupa-se também com a posição que os objetos ocupam no espaço.

A reta e o plano podem estar em posição vertical, horizontal ou inclinada.

Um tronco boiando sobre a superfície de um lago nos dá a idéia de uma reta

horizontal. O pedreiro usa o prumo para verificar a verticalidade das paredes.

O fio do prumo nos dá a idéia de reta vertical.

Um plano é vertical quando tem pelo menos uma reta vertical; é horizontal

quando todas as suas retas são horizontais. Quando não é horizontal nem

vertical, o plano é inclinado. Veja as posições da reta e do plano.

A U L A

2 Figuras geométricas planas

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no

mesmo plano.

A seguir você vai recordar as principais figuras planas. Algumas delas você

terá de identificar pelo nome, pois são formas que você encontrará com muita

freqüência em desenhos mecânicos.

Observe a representação de algumas figuras planas de grande interesse para

nosso estudo:

As figuras planas com três ou mais lados são chamadas polígonos.

Sólidos geométricos

Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no

mesmo plano. Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes

planos, temos um sólido geométrico.

Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma

figura plana e um sólido geométrico.

Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e altura.

Embora existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que apresentam

determinadas propriedades, são estudados pela geometria. Os sólidos que você

estudará neste curso têm relação com as figuras geométricas planas mostradas

anteriormente.

Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por superfícies que

os limitam. E essas superfícies podem ser planas ou curvas.

Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas, estudaremos

os prismas, o cubo e as pirâmides. Dentre os sólidos geométricos limitados

por superfícies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que são

também chamados de sólidos de revolução.

'

'

A U L A

2

É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geomé-

tricos porque, por mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai

ser analisada como o resultado da combinação de sólidos geométricos ou de

suas partes.

Prismas

O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode

imaginá-lo como uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros,

como mostra a ilustração:

O prisma pode também ser imaginado como o resultado do deslocamento

de um polígono. Ele é constituído de vários elementos. Para quem lida com

desenho técnico é muito importante conhecê-los bem. Veja quais são eles nesta

ilustração:

Verificando o entendimento

Analise o modelo de plástico nº 31 ou, na falta dele, uma caixa de fósforos

fechada. Compare com a ilustração acima e responda:

Quantas faces, arestas e vértices tem esse prisma?

..................................................... faces.

..................................................... arestas.

..................................................... vértices.

As respostas corretas são: 6 faces (no desenho vemos apenas 3 faces; as outras

3 estão ocultas); 12 arestas (as linhas tracejadas, no desenho, representam as

arestas que não podemos ver diretamente); 8 vértices (os vértices são os pontos

em que as arestas se encontram).

A U L A

2

Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele

recebe o nome de prisma retangular.

Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denomina

ção específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é

chamado prisma triangular.

Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras

geométricas iguais, temos um sólido geométrico regular.

O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe

o nome de cubo.

Pirâmides

A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode

imaginá-la como um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os

outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de imaginar

a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um

polígono qualquer a um ponto P do espaço.

É importante que você conheça também os elementos da pirâmide:

O nome da pirâmide depende

do polígono que forma sua base. Na

figura ao lado, temos uma pirâmide

quadrangular, pois sua base é

um quadrado. O número de faces

da pirâmide é sempre igual ao nú-

mero de lados do polígono que forma

sua base mais um. Cada lado do

polígono da base é também uma

aresta da pirâmide. O número de

arestas é sempre igual ao número

de lados do polígono da base vezes

dois. O número de vértices é igual

ao número de lados do polígono da base mais um. Os vértices são formados pelo

encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de encontro das

arestas laterais.

Verificando o entendimento

Agora é a sua vez: resolva o exercício seguinte.

Analise a pirâmide abaixo e responda:

a) Qual o nome do polígono que forma a base da

pirâmide?

...................................................................................

b) Que nome recebe este tipo de pirâmide?

...................................................................................

c) Quantas faces tem esta pirâmide?

...................................................................................

d) Quantas arestas tem esta pirâmide?

...................................................................................

e) Quantos vértices tem esta pirâmide?

...................................................................................

A U L A

2

Verifique se você respondeu corretamente: a) O polígono da base é um

triângulo. b) Esta é uma pirâmide triangular. c) Esta pirâmide tem quatro

faces. d) Esta pirâmide tem seis arestas. e) Esta pirâmide tem quatro vértices.

Quando a base da pirâmide é um triângulo equilátero e as faces laterais são

formadas por triângulos equiláteros, iguais aos da base, temos o sólido geomé-

trico chamado tetraedro. O tetraedro é, portanto, um sólido geométrico regular,

porque todas as suas faces são formadas por triângulos equiláteros iguais.

Sólidos de revolução

Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser

formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa

ação de rodar, dar uma volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido de

revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor do eixo formando

a superfície de revolução é chamada linha geratriz.

O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.

Cilindro

O cilindro é um sólido

geométrico, limitado lateralmente

por uma superfí-

cie curva. Você pode imaginar

o cilindro como resultado

da rotação de um

retângulo ou de um quadrado

em torno de um eixo

que passa por um de seus

lados. Veja a figura ao lado.

No desenho, está representado

apenas o contorno da

superfície cilíndrica. A figura

plana que forma asbases do cilindro é o círculo. Note que o encontro de

cada base com a superfície cilíndrica forma as arestas.

Cone

O cone também é um

sólido geométrico limitado

lateralmente por uma

superfície curva. A forma-

ção do cone pode ser imaginada

pela rotação de um

triângulo retângulo em

torno de um eixo que passa

por um dos seus catetos.

A figura plana que forma a

base do cone é o círculo. O

vértice é o ponto de encontro

de todos os segmentos

que partem do círculo. No

desenho está representado

apenas o contorno da superfície cônica. O encontro da superfície cônica com

a base dá origem a uma aresta.

Dica -

Triângulo equilátero

é a figura plana que

tem três ângulos

internos iguais.

Dica -

Triângulo retângulo é

o triângulo que

apresenta um ângulo

interno de 900.

A U L A

2

Esfera

A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva

chamada superfície esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da

rotação de um semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro.

Veja os elementos da esfera na figura abaixo.

O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer

um de seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo

centro da esfera unindo dois de seus pontos.

Sólidos geométricos truncados

Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas

figuras geométricas: os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos de

sólidos truncados, com seus respectivos nomes:

A U L A

2

Sólidos geométricos vazados

Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos

geométricos vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando

na parte oca, em geral também correspondem aos sólidos geométricos que

você já conhece.

Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo

quadrado, foi necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original.

Verificando o entendimento

Resolva o exercício a seguir:

Analise o prisma quadrangular

vazado ao lado e indique o nome do

sólido geométrico extraído para dar

lugar ao furo.

Nome do sólido: ............................

O sólido geométrico extraído do prisma quadrangular para dar lugar ao furo

é um cilindro.

A U L A

2

Comparando sólidos geométricos

e objetos da área da Mecânica

As relações entre as formas geométricas e as formas de alguns objetos da

área da Mecânica são evidentes e imediatas. Você pode comprovar esta afirma-

ção analisando os exemplos a seguir.

Verificando o entendimento

Tente você mesmo descobrir outras associações. Analise os objetos representados

a seguir e escreva, nos espaços indicados, o nome do sólido geométrico ao

qual cada objeto pode ser associado.

a) pino a) ................................................................

b) chaveta b) ................................................................

woodruff

c) fixador c) ................................................................

A U L A

2

Verifique se você respondeu corretamente: a) cilindro; b) cilindro truncado;

c) tronco de prisma retangular, com furo cilíndrico.

Há casos em que os objetos têm formas compostas ou apresentam vários

elementos. Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se relacionam

com os sólidos geométricos, é necessário decompô-los em partes mais simples.

Analise cuidadosamente os próximos exemplos. Assim, você aprenderá a enxergar

formas geométricas nos mais variados objetos.

Examine este rebite de cabeça redonda:

Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele

é formado por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).

Verificando o entendimento

Agora tente você! Escreva os nomes das figuras geométricas que formam o

manípulo representado abaixo.

a) ...............................................................

b) ...............................................................

c) ...............................................................

d) ...............................................................

As respostas corretas são: a) esfera truncada; b) tronco de cone; c) cilindro;

d) tronco de cilindro vazado por furo quadrado.

Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos.

Observe, na ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um

modelo simples (bloco prismático) da origem a outra forma mais complexa.

A U L A

2

Nos processos industriais o prisma retangular é o ponto de partida para a

obtenção de um grande número de objetos e peças.

Observe a figura abaixo. Trata-se de um prisma retangular com uma parte

rebaixada que corresponde ao modelo de plástico nº 1. Veja como foi obtido o

rebaixo:

A próxima ilustração mostra o desenho de um modelo que também deriva

de um prisma retangular.

Verificando o entendimento

Com a prática, você conseguirá imaginar a decomposição do prisma retangular

em outros modelos prismáticos, sem o auxílio do desenho das partes

extraídas. Faça uma tentativa!

Imagine que este bloco com furo passante foi obtido a partir de um prisma

retangular. Que sólidos geométricos correspondem às partes retiradas?

...............................................................................

...............................................................................

...............................................................................

Você deve ter respondido que foram retirados 2 prismas truncados das

laterais e, para formar o furo retangular, 1 prisma quadrangular.

A U L A

2

Exercício 1

Escreva o nome destes sólidos geométricos, nos espaços indicados.

a) ....................................... b) ....................................... c) .......................................

Exercício 2

Ligue cada sólido geométrico à figura plana que lhe deu origem.

Exercícios

A U L A

2

Exercício 3

Observe a guia representada a seguir e assinale com um X os sólidos

geométricos que a compõem.

Exercício 4

Escreva o nome dos sólidos geométricos em que pode ser decomposto o

manípulo abaixo.

Exercício 5

Que sólido geométrico foi retirado de um bloco em forma de prisma

retangular, para se obter esta guia em rabo de andorinha?

Exercício 6

Analise o desenho a seguir e assinale com um X o nome dos sólidos geométricos

que foram retirados de um prisma retangular, para se obter este modelo

prismático.

a) ( ) 2 troncos de prisma e 1 prisma retangular

b) ( ) 2 troncos de pirâmide e 1 prisma retangular

c) ( ) 2 troncos de prisma e 1 prisma quadrangular

d) ( ) 3 troncos de prisma retangular

a) ( ) b) ( ) c) ( ) d) ( )

A U L A

3

Desenhando

perspectiva isométrica

3

U L A

Quando olhamos para um objeto, temos a Introdução

sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós

parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores.

A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho

humano, pois transmite a idéia de três dimensões: comprimento, largura e

altura.

O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a um modo

especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as

três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a idéia

de profundidade e relevo.

Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de

um cubo em três tipos diferentes de perspectiva:

perspectiva cônica perspectiva cavaleira perspectiva isométrica

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três

formas de representação, você pode notar que a perspectiva isométrica é a que

dá a idéia menos deformada do objeto.

Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva isométrica

mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do

objeto representado. Além disso, o traçado da perspectiva isométrica é relativamente

simples. Por essas razões, neste curso, você estudará esse tipo de

perspectiva.

Em desenho técnico, é comum representar perspectivas por meio de esbo-

ços, que são desenhos feitos rapidamente à mão livre. Os esboços são muito úteis

quando se deseja transmitir, de imediato, a idéia de um objeto.

Lembre-se de que o objetivo deste curso não é transformá-lo num desenhista.

Mas, exercitando o traçado da perspectiva, você estará se familiarizando com

as formas dos objetos, o que é uma condição essencial para um bom desempenho

na leitura e interpretação de desenhos técnicos.

Nossa aula

A U L A

3

Ângulos

Para estudar a perspectiva isométrica, precisamos saber o que é um ângulo

e a maneira como ele é representado.

Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma

origem. A medida do ângulo é dada pela abertura entre seus lados.

Uma das formas para se medir o ângulo consiste em dividir a circunferência

em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corresponde a 1 grau (1º).

A medida em graus é indicada pelo numeral seguido do símbolo de grau.

Exemplo: 45º (lê-se: quarenta e cinco graus).

Eixos isométricos

O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semiretas

que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°.

Veja:

'

A U L A

3

Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos.

Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico.

Os eixos isométricos podem ser representados em posições variadas, mas

sempre formando, entre si, ângulos de 120°. Neste curso, os eixos isométricos

serão representados sempre na posição indicada na figura anterior.

O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos

isométricos.

Linha isométrica

Agora você vai conhecer outro elemento muito importante para o traçado da

perspectiva isométrica: as linhas isométricas.

Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica.

Observe a figura a seguir:

As retas r, s, t e u são linhas isométricas:

l r e s são linhas isométricas porque são paralelas ao eixo y;

l t é isométrica porque é paralela ao eixo z;

l u é isométrica porque é paralela ao eixo x.

As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas. A

reta v, na figura abaixo, é um exemplo de linha não isométrica.

Dica - Retas

situadas num

mesmo plano são

paralelas quando

não possuem pontos

comuns.

A U L A

3

Verificando o entendimento

Analise a posição das retas p, q, r e s em relação aos eixos isométricos e

indique aquelas que são linhas isométricas.

......................................................

......................................................

......................................................

......................................................

A resposta correta é: q (paralela ao eixo y) e s (paralela ao eixo x).

Papel reticulado

Você já sabe que o traçado da perspectiva é feito, em geral, por meio de

esboços à mão livre.

Para facilitar o traçado da perspectiva isométrica à mão livre, usaremos um

tipo de papel reticulado que apresenta uma rede de linhas que formam entre si

ângulos de 120º. Essas linhas servem como guia para orientar o traçado do

ângulo correto da perspectiva isométrica.

Traçando a perspectiva isométrica do prisma

Para aprender o traçado da perspectiva isométrica você vai partir de um

sólido geométrico simples: o prisma retangular. No início do aprendizado é

interessante manter à mão um modelo real para analisar e comparar com o

resultado obtido no desenho. Neste caso, você pode usar o modelo de plástico

nº 31 ou uma caixa de fósforos fechada.

Dica - Use

lápis e borracha

macios para fazer os

seus esboços.

Faça traços

firmes e contínuos.

A U L A

3

O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresentadas

separadamente. Na prática, porém, elas são traçadas em um mesmo desenho.

Aqui, essas fases estão representadas nas figuras da esquerda. Você deve repetir

as instruções no reticulado da direita. Assim, você verificará se compreendeu

bem os procedimentos e, ao mesmo tempo, poderá praticar o traçado. Em cada

nova fase você deve repetir todos os procedimentos anteriores.

1ª fase - Trace levemente, à mão livre, os eixos isométricos e indique o

comprimento, a largura e a altura sobre cada eixo, tomando como base as

medidas aproximadas do prisma representado na figura anterior.

2ª fase - A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a altura,

trace duas linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará determinada a face da

frente do modelo.

prisma retangular

dimensões básicas:

c = comprimento;

l = largura;

h = altura

A U L A

3

3ª fase - Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos

pontos onde você marcou o comprimento e a largura. Assim ficará determinada

a face superior do modelo.

4ª fase - E, finalmente, você encontrará a face lateral do modelo. Para tanto,

basta traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a

largura e a altura.

5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas de construção, isto é, das

linhas e dos eixos isométricos que serviram de base para a representação do

modelo. Depois, é só reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado

da perspectiva isométrica do prisma retangular.

A U L A

3

Exercício 1

Escreva nas lacunas as letras que indicam as linhas isométricas do modelo

abaixo.

As linhas ............... e ............... são isométricas ao eixo x.

As linhas ............... e ............... são isométricas ao eixo y.

As linhas ............... e ............... são isométricas ao eixo z.

Exercício 2

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do modelo, escrevendo

de 1 a 5 nos círculos.

Exercícios

A U L A

4 Perspectiva isométrica

de modelos com

elementos paralelos e

oblíquos

4

A U L A

Introdução Na aula anterior você aprendeu o traçado da

perspectiva isométrica de um modelo simples: o prisma retangular. No entanto,

grande parte das peças e objetos da Mecânica têm formas mais complexas.

Nesta aula você vai aprender o traçado da perspectiva isométrica de alguns

modelos com elementos paralelos e oblíquos. Observe o modelo a seguir:

Trata-se de um prisma retangular com um elemento paralelo: o rebaixo.

O rebaixo é um elemento paralelo porque suas linhas são paralelas aos

eixos isométricos: a e d são paralelas ao eixo y; b, e e g são paralelas ao eixo x;

c e f são paralelas ao eixo z.

Vamos ver se você consegue identificar elementos paralelos. Tente resolver

este exercício.

Verificando o entendimento

Analise os modelos abaixo e faça um X naqueles que apresentam elementos

paralelos.

Nossa aula

a) (.........) b) (.........) c) (.........)

A U L A

4

As duas alternativas que mostram modelos com elementos paralelos são a

e c.

Perspectiva isométrica de elementos paralelos

A forma do prisma com elementos paralelos deriva do prisma retangular.

Por isso, o traçado da perspectiva do prisma com elementos paralelos parte da

perspectiva do prisma retangular ou prisma auxiliar.

Para facilitar o estudo, este traçado também será apresentado em cinco fases.

Mas lembre-se de que, na prática, toda a seqüência de fases ocorre sobre o

mesmo desenho. O traçado das cinco fases será baseado no modelo prismático

indicado a seguir (modelo de plástico no 1):

Acompanhe as instruções comparando os desenhos com o modelo de

plástico nº 1 ou qualquer objeto que tenha formas semelhantes.

1ª fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizando as

medidas aproximadas do comprimento, largura e altura do prisma com rebaixo.

Um lembrete: aproveite o reticulado da direita para praticar.

2ª fase - Na face da frente, marque o comprimento e a profundidade do

rebaixo e trace as linhas isométricas que o determinam.

Prisma com rebaixo:

c = comprimento

l = largura

h = altura

Dica - o

modelo real ajuda a

compreender

melhor a forma da

peça. Por isso, se

você não dispuser

do modelo de

plástico nº 1

confeccione um

modelo semelhante

ao da figura ao lado

utilizando sabão

em pedra ou

qualquer outro

material disponível.

A U L A

4

3ª fase - Trace as linhas isométricas que determinam a largura do rebaixo.

Note que a largura do rebaixo coincide com a largura do modelo.

4ª fase - Complete o traçado do rebaixo.

5ª fase (conclusão) - Finalmente, apague as linhas de construção e reforce os

contornos do modelo.

Verificando o entendimento

Este exercício o ajudará a fixar as fases do traçado da perspectiva de modelos

com elementos paralelos. Tente esboçar sozinho a perspectiva isométrica do

prisma com dois rebaixos paralelos representado a seguir. Este prisma

corresponde ao modelo de plástico nº 4.

A U L A

4

Sua perspectiva deve ter ficado igual ao desenho da figura anterior.

Perspectiva isométrica de elementos oblíquos

Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos.

Observe os elementos dos modelos abaixo:

Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos

eixos isométricos.

Nas figuras anteriores, os segmentos de reta: AB, CD, EF, GH, IJ, LM, NO,

PQ e RS são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos.

O traçado da perspectiva isométrica de modelos prismáticos com elementos

oblíquos também será demonstrado em cinco fases.

O modelo a seguir servirá de base para a demonstração do traçado. O

elemento oblíquo deste modelo chama-se chanfro.

Como o modelo é prismático, o traçado da sua perspectiva parte do prisma

auxiliar. Aproveite para praticar. Use o reticulado da direita!

1ª fase - Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar, utilizando as

medidas aproximadas do comprimento, largura e altura do prisma chanfrado.

Prisma chanfrado:

c = comprimento;

l = largura e

h = altura.

A U L A

4

2ª fase - Marque as medidas do chanfro na face da frente e trace a linha não

isométrica que determina o elemento.

3ª fase - Trace as linhas isométricas que determinam a largura do chanfro.

4ª fase - Complete o traçado do elemento.

5ª fase - Agora é só apagar as linhas de construção e reforçar as linhas de

contorno do modelo.

A U L A

4

Verificando o entendimento

Para aprender é preciso exercitar! Esboce a perspectiva do modelo prismático

abaixo obedecendo à seqüência das fases do traçado. Utilize o reticulado da

direita.

Considere correto seu exercício se sua perspectiva estiver parecida com o

desenho da esquerda.

Exercício 1

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do modelo escrevendo

de 1 a 5 nos círculos.

Prisma com rasgo em v:

c = comprimento

l = largura

h = altura

Exercícios

A U L A

4

Exercício 2

Na seqüência abaixo a 3ª fase do traçado da perspectiva isométrica está

incompleta. Complete-a.

Exercícios 3

Esboce, na coluna da direita, a perspectiva isométrica do modelo representado

à esquerda.

Exercício 4

Na seqüência abaixo complete, à mão livre, o desenho da 4ª fase do traçado

da perspectiva isométrica.

A U L A

4

Exercício 5

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica, escrevendo de 1 a 5 nos

círculos.

Exercício 6

Na seqüência abaixo, desenhe as fases que faltam para chegar ao traçado

completo da perspectiva isométrica.

A U L A

5

Perspectiva isométrica

de modelos com

elementos diversos

5

A U L A

Introdução Algumas peças apresentam partes arredondadas,

elementos arredondados ou furos, como mostram os exemplos abaixo:

Mas antes de aprender o traçado da perspectiva isométrica de modelos com

essas características você precisa conhecer o traçado da perspectiva isométrica

do círculo. Dessa forma, não terá dificuldades para representar elementos

circulares e arredondados em perspectiva isométrica.

Perspectiva isométrica do círculo

Um círculo, visto de frente, tem sempre a forma redonda. Entretanto, você

já observou o que acontece quando giramos o círculo?

É isso mesmo! Quando imprimimos um movimento de rotação ao círculo,

ele aparentemente muda, pois assume a forma de uma elipse.

Nossa aula

parte arredondada

elemento arredondado

furo redondo

.

A U L A

5

O círculo, representado em perspectiva isométrica, tem sempre a forma

parecida com uma elipse. O próprio círculo, elementos circulares ou partes

arredondadas podem aparecer em qualquer face do modelo ou da peça e sempre

serão representados com forma elíptica.

Quadrado auxiliar

Para facilitar o traçado da perspectiva isométrica você deve fazer um

quadrado auxiliar sobre os eixos isométricos da seguinte maneira:

l trace os eixos isométricos (fase a);

l marque o tamanho aproximado do diâmetro do círculo sobre os eixos z

e y, onde está representada a face da frente dos modelos em perspectiva

(fase b);

l a partir desses pontos, puxe duas linhas isométricas (fase c), conforme mostra

a ilustração abaixo:

Traçando a perspectiva isométrica do círculo

O traçado da perspectiva isométrica do círculo também será demonstrado

em cinco fases. Neste exemplo, vemos o círculo de frente, entre os eixos z e y. Não

se esqueça: use o reticulado da direita para aprender e praticar!

1ª fase - Trace os eixos isométricos e o quadrado auxiliar.

A U L A

5

2ª fase - Divida o quadrado auxiliar em quatro partes iguais.

3ª fase - Comece o traçado das linhas curvas, como mostra a ilustração.

4ª fase - Complete o traçado das linhas curvas.

5ª fase (conclusão) - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do

círculo.

A U L A

5

Você deve seguir os mesmos procedimentos para traçar a perspectiva

isométrica do círculo em outras posições, isto é, nas faces superior e lateral.

Observe nas ilustrações a seguir que, para representar o círculo na face

superior, o quadrado auxiliar deve ser traçado entre os eixos x e y. Já para

representar o círculo na face lateral, o quadrado auxiliar deve ser traçado entre

o eixo x e z.

Perspectiva isométrica de sólidos de revolução

O cone e o cilindro são sólidos de revolução que têm as bases formadas por

círculos. Portanto, o traçado da perspectiva isométrica desses sólidos parte da

perspectiva isométrica do círculo.

É importante que você aprenda a traçar esse tipo de perspectiva, pois assim

será mais fácil entender a representação, em perspectiva isométrica, de peças

cônicas e cilíndricas ou das que tenham partes com esse formato.

Traçando a perspectiva isométrica do cone

Para demonstrar o traçado da perspectiva isométrica tomaremos como base

o cone representado na posição a seguir.

Cone

h = altura

d = diâmetro

Para desenhar o cone nessa posição, devemos partir do círculo representado

na face superior.

O traçado da perspectiva isométrica do cone também será demonstrado em

cinco fases. Acompanhe as instruções e pratique no reticulado da direita.

A U L A

5

1ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo na face superior e marque

um ponto A no cruzamento das linhas que dividem o quadrado auxiliar.

2ª fase - A partir do ponto A, trace a perpendicular AB.

3ª fase - Marque, na perpendicular AB, o ponto V, que corresponde à altura

aproximada (h) do cone.

4ª fase - Ligue o ponto V ao círculo, por meio de duas linhas, como mostra

a ilustração.

A U L A

5

Prisma

auxiliar

5ª fase - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do cone.

Atenção: a parte não visível da aresta da base do cone deve ser representada

com linha tracejada.

Traçando a perspectiva isométrica do cilindro

O traçado da perspectiva isométrica do cilindro também será desenvolvido

em cinco fases. Para tanto, partimos da perspectiva isométrica de um prisma de

base quadrada, chamado prisma auxiliar.

Cilindro

h = altura

d = diâmetro

A medida dos lados do quadrado da base deve ser igual ao diâmetro do

círculo que forma a base do cilindro. A altura do prisma é igual à altura do

cilindro a ser reproduzido.

O prisma de base quadrada é um elemento auxiliar de construção do

cilindro. Por essa razão, mesmo as linhas não visíveis são representadas por

linhas contínuas.

Observe atentamente as fases do traçado e repita as instruções no reticulado

da direita.

1ª fase - Trace a perspectiva isométrica do prisma auxiliar.

A U L A

5

2ª fase - Trace as linhas que dividem os quadrados auxiliares das bases em

quatro partes iguais.

3ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo nas bases superior e

inferior do prisma.

4ª fase - Ligue a perspectiva isométrica do círculo da base superior à

perspectiva isométrica do círculo da base inferior, como mostra o desenho.

5ª fase - Apague todas as linhas de construção e reforce o contorno do

cilindro. A parte invisível da aresta da base inferior deve ser representada com

linha tracejada.

A U L A

5

Perspectiva isométrica de modelos

com elementos circulares e arredondados

Os modelos prismáticos com elementos circulares e arredondados também

podem ser considerados como derivados do prisma.

O traçado da perspectiva isométrica desses modelos também parte dos eixos

isométricos e da representação de um prisma auxiliar, que servirá como elemento

de construção.

O tamanho desse prisma depende do comprimento, da largura e da altura

do modelo a ser representado em perspectiva isométrica.

Mais uma vez, o traçado será demonstrado em cinco fases. Acompanhe

atentamente cada uma delas e aproveite para praticar no reticulado da direita.

Observe o modelo utilizado para ilustrar as fases:

Prisma com

elementos arredondados

c = comprimento

l = largura

h = altura

Os elementos arredondados que aparecem no modelo têm forma de semicírculo.

Para traçar a perspectiva isométrica de semicírculos, você precisa apenas da

metade do quadrado auxiliar.

1ª fase - Trace o prisma auxiliar respeitando o comprimento, a largura e a

altura aproximados do prisma com elementos arredondados.

A U L A

5

2ª fase - Marque, na face anterior e na face posterior, os semiquadrados que

auxiliam o traçado dos semicírculos.

3ª fase - Trace os semicírculos que determinam os elementos arredondados,

na face anterior e na face posterior do modelo.

4ª fase - Complete o traçado das faces laterais.

5ª fase - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do traçado.

A U L A

5

Verificando o entendimento

Que tal praticar um pouco mais? Desenhe o modelo da esquerda utilizando

o reticulado da direita. Trace todas as fases da perspectiva isométrica no mesmo

desenho.

Seu desenho deve ter ficado bem parecido com o modelo. Se ficou diferente,

apague e faça de novo.

Traçando a perspectiva isométrica

de modelos com elementos diversos

Na prática, você encontrará peças e objetos que reúnem elementos diversos

em um mesmo modelo. Veja alguns exemplos.

Os modelos acima apresentam chanfros, rebaixos, furos e rasgos.

Com os conhecimentos que você já adquiriu sobre o traçado de perspectiva

isométrica é possível representar qualquer modelo prismático com elementos

variados.

Isso ocorre porque a perspectiva isométrica desses modelos parte sempre de

um prisma auxiliar e obedece à seqüência de fases do traçado que você já

conhece.

A U L A

5

Verificando o entendimento

Acompanhe e reproduza no reticulado da direita a demonstração do traçado

da perspectiva isométrica de um modelo que combina elementos paralelos,

oblíquos e circulares.

Modelo prismático

com diversos elementos

c = comprimento

l = largura

h = altura

1ª fase

2ª fase

3ª fase

A U L A

5

4ª fase

5ª fase (conclusão)

Observe o desenho representado a seguir. Trata-se de um modelo que

combina diversos elementos: parte arredondada inclinada, furos e chanfros. Ele

corresponde ao modelo de plástico nº 36.

Modelo prismático

com diversos elementos

c = comprimento

l = largura

h = altura

Nas ilustrações a seguir, você acompanha o traçado da perspectiva isométrica

deste modelo, da 1ª à 4ª fase.

A U L A

5

Agora é com você. Trace a perspectiva isométrica do mesmo modelo no

reticulado, fase por fase.

Se o seu desenho ficou igual ao do modelo, parabéns! Se não ficou, tente

novamente até obter um resultado satisfatório.

Exercício 1

Complete a frase no espaço indicado:

O círculo, em perspectiva isométrica, tem sempre a forma parecida com

.............................................. .

Exercício 2

Assinale com um X a alternativa correta.

Na representação da perspectiva isométrica do círculo partimos da perspectiva

isométrica:

a) ( ) do retângulo auxiliar;

b) ( ) da elipse auxiliar;

c) ( ) do quadrado auxiliar;

d) ( ) do círculo auxiliar.

Exercícios

A U L A

5

Exercício 3

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do círculo representado

na face da frente, escrevendo de 1 a 5 nos círculos.

Exercício 4

Desenhe a perspectiva isométrica do círculo na lateral, partindo dos eixos

isométricos traçados no reticulado.

Exercício 5

Complete as 3ª e 4ª fases da perspectiva isométrica do círculo representado

na face superior.

Exercício 6

Complete a frase na linha indicada.

Para traçar a perspectiva isométrica do cone partimos da perspectiva

isométrica do .....................................................

A U L A

5

Exercício 7

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do cone na seqüência

correta, indicando de 1 a 5 nos círculos.

Exercício 8

Assinale com um X a alternativa correta.

Para traçar a perspectiva isométrica do cilindro partimos da perspectiva

isométrica do:

a) ( ) cone

b) ( ) quadrado

c) ( ) círculo

d) ( ) prisma auxiliar

Exercício 9

No desenho a seguir, complete o traçado da perspectiva isométrica do

cilindro da 2ª até a 4ª fase.

Exercício 10

Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do modelo abaixo,

escrevendo de 1 a 5 nos círculos.

A U L A

5

Exercício 11

Desenhe as fases do traçado da perspectiva isométrica que estão faltando.

Exercício 12

Assinale com um X o prisma que serve de base para o traçado da perspectiva

isométrica do modelo abaixo:

Exercício 13

Desenhe no reticulado da direita a perspectiva isométrica do modelo representado

à esquerda.

A U L A

6

Projeção ortográfica

da figura plana

6

A U L A

As formas de um objeto representado em

perspectiva isométrica apresentam certa deformação, isto é, não são mostradas

em verdadeira grandeza, apesar de conservarem as mesmas proporções do

comprimento, da largura e da altura do objeto.

Além disso, a representação em perspectiva isométrica nem sempre mostra

claramente os detalhes internos da peça.

Na indústria, em geral, o profissional que vai produzir uma peça não recebe

o desenho em perspectiva, mas sim sua representação em projeção ortográfica.

Nesta aula você ficará sabendo:

l o que é uma projeção ortográfica;

l como se dá a projeção ortográfica de figuras geométricas elementares em um

plano;

l que, às vezes, é necessário mais de um plano para representar a projeção

ortográfica;

l o que são os diedros.

Modelo, observador e plano de projeção

A projeção ortográfica é uma forma de representar graficamente objetos

tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características

com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza.

Para entender bem como é feita a projeção ortográfica você precisa conhecer

três elementos: o modelo, o observador e o plano de projeção.

Modelo

É o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode

ser tomado como modelo: uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma

peça de máquina ou mesmo um conjunto de peças.

Introdução

Nossa aula

A U L A

6

União de eixos (conjunto) União de eixos (componentes)

Vendo o modelo de frente Vendo o modelo de cima

Veja alguns exemplos de modelos:

O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte

de seus elementos. Pode, também, ser representado em posição de trabalho, isto

é, aquela que fica em funcionamento.

Quando o modelo faz parte de um conjunto mecânico, ele vem representado

na posição que ocupa no conjunto.

Observador

É a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo.

Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve

analisá-lo cuidadosamente em várias posições.

As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente, de

cima e de lado.

Vendo o modelo de lado

A U L A

6

Em projeção ortográfica deve-se imaginar o observador localizado a uma

distância infinita do modelo. Por essa razão, apenas a direção de onde o

observador está vendo o modelo será indicada por uma seta, como mostra a

ilustração abaixo:

Plano de projeção

É a superfície onde se projeta o modelo. A tela de cinema é um bom exemplo

de plano de projeção:

Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço.

Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as proje-

ções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam

perpendicularmente.

SPVS - semiplano vertical superior

SPVI - semiplano vertical inferior

SPHA - semiplano horizontal anterior

SPVP - semiplano horizontal posterior

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro

regiões chamadas diedros.

A U L A

6

Diedros

Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre

si. Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário

ao do movimento dos ponteiros do relógio.

O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares

entre si, criado por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano.

Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam

a projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representa-

ção no 1º diedro.

Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá,

representam seus desenhos técnicos no 3º diedro.

Neste curso, você estudará detalhadamente a representação no 1º diedro,

como recomenda a ABNT. Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro

cuidado que se deve ter é identificar em que diedro está representado o modelo.

Esse cuidade é importante para evitar o risco de interpretar errado as características

do objeto.

Para simplificar o entendimento da projeção ortográfica passaremos a

representar apenas o 1º diedro, o que é normalizado pela ABNT.

Chamaremos o semiplano vertical superior de plano vertical. O semiplano

horizontal anterior passará a ser chamado de plano horizontal.

Ao interpretar um desenho técnico procure identificar, de imediato, em que

diedro ele está representado.

A U L A

6

O símbolo ao lado indica que o desenho

técnico está representado no 1º diedro. Este

símbolo aparece no canto inferior direito da

folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da

legenda.

Quando o desenho técnico estiver representado

no 3º diedro, você verá este outro símbolo:

Cuidado para não confundir os símbolos! Procure gravar bem, principalmente

o símbolo do 1º diedro, que é o que você usará com mais freqüência.

Atenção - As representações no 3º diedro requerem preparo específico para

sua leitura e interpretação. O estudo das representações no 3º diedro foge aos

objetivos deste curso.

Projeção ortográfica do ponto

Todo sólido geométrico nada mais é que um conjunto de pontos organizados

no espaço de determinada forma. Por essa razão, o primeiro modelo a ser

tomado como objeto de estudo será o ponto.

Imagine um plano vertical e um ponto A não pertencente a esse plano,

observados na direção indicada pela seta, como mostra a figura a seguir.

Traçando uma perpendicular do ponto A até o plano, o ponto A1 - onde a

perpendicular encontra o plano - é a projeção do ponto A.

A linha perpendicular que vai do ponto tomado como modelo ao plano de

projeção é chamada linha projetante.

Generalizando esse exemplo, podemos afirmar que a projeção ortográfica

de um ponto num plano é sempre um ponto idêntico a ele mesmo.

A U L A

6

Verificando o entendimento

Represente a projeção ortográfica do ponto B no plano horizontal a.

Veja se acertou: você deve ter traçado uma perpendicular do ponto B até o

plano a. O ponto onde a perpendicular encontra o plano horizontal, que você

pode ter chamado de B1, é a projeção do ponto B. O segmento BB1, é a linha

projetante.

Projeção ortográfica do segmento de reta

A projeção ortográfica de um segmento de reta em um plano depende da

posição que esse segmento ocupa em relação ao plano.

Para começar, imagine um segmento de reta AB, paralelo a um plano

vertical, observado na direção indicada pela seta, como mostra a figura a seguir.

Traçando duas linhas projetantes a partir das extremidades do segmento, os

pontos A e B ficarão determinados, no plano vertical, pelos pontos A1 e B1.

Unindo estes últimos pontos, temos o segmento A1B1, que representa a

projeção do segmento AB.

A U L A

6

Os segmentos AB e A1B1 são congruentes, isto é, têm a mesma medida. A

projeção ortográfica de um segmento paralelo a um plano de projeção é sempre

um segmento que tem a mesma medida do segmento tomado como modelo.

Neste caso, a projeção ortográfica representa o modelo em verdadeira grandeza,

ou seja, sem deformação. Os segmentos AA1 e BB1, como você já sabe, são linhas

projetantes.

Agora você vai ver o que acontece quando o segmento de reta é oblíquo em

relação ao plano de projeção.

Imagine um plano vertical e um segmento de reta AB, oblíquo em relação

a esse plano, observados na direção indicada pela seta, como mostra a próxima

figura. Traçando as projetantes a partir das extremidades A e B, determinamos,

no plano vertical, os pontos A1 e B1. Unindo os pontos A1 e B1, obtemos o

segmento A1B1, que representa a projeção ortográfica do segmento AB.

Observe que o segmento A1B1 é menor que o segmento AB. Isso ocorre

porque a projeção de um segmento oblíquo a um plano de projeção é sempre um

segmento menor que o modelo. Neste caso, a projeção ortográfica não representa

a verdadeira grandeza do segmento que foi usado como modelo.

Verificando o entendimento

Determine a projeção ortográfica do segmento AB oblíquo ao plano

horizontal a.

Confira: você deve ter representado no plano a o segmento A1B1 menor que

o segmento AB, como mostra o desenho a seguir.

A U L A

6

Quando o segmento AB é perpendicular ao plano vertical, a projeção

ortográfica de todos os pontos do segmento é representada por um único ponto.

Isso ocorre porque as projetantes traçadas a partir dos pontos A e B e de

todos os pontos que formam o segmento coincidem. Essas linhas projetantes

vão encontrar o plano num mesmo ponto:

O sinal º representa coincidência. Os pontos A1 e B1 são, portanto,

coincidentes (A1 º B1).

Verificando o entendimento

Agora, assinale com um X a alternativa correta.

A projeção ortográfica de um segmento CD perpendicular a um plano de

projeção horizontal B é:

a) ( ) um segmento C1D1 congruente ao segmento CD;

b) ( ) um segmento C1D1 menor que o segmento CD;

c) ( ) representada por um único ponto.

Você deve ter assinalado o item (c), pois a projeção ortográfica de um

segmento perpendicular a um plano de projeção qualquer sempre se reduz a um

ponto.

A U L A

6

Projeção ortográfica do retângulo

A projeção ortográfica de uma figura plana depende da posição que ela

ocupa em relação ao plano.

Imagine um observador vendo um retângulo ABCD paralelo a um plano de

projeção, como mostra a figura seguinte.

Para obter a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano vertical, você

deve traçar projetantes a partir dos vértices A, B, C, D.

Ligando os pontos A1, B1, C1 e D1, que são as projeções dos pontos A, B,

C e D, fica definida a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano vertical.

O retângulo A1B1C1D1 é idêntico ao retângulo ABCD.

Quando a figura plana é paralela ao plano de projeção sua projeção

ortográfica é representada em verdadeira grandeza.

Verificando o entendimento

Represente a projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano horizontal,

sabendo que o retângulo ABCD é paralelo a a.

A U L A

6

Primeiro, você deve ter traçado linhas projetantes a partir de cada vértice do

retângulo até encontrar o plano a; depois, deve ter unido as projeções de cada

vértice, para obter a projeção ortográfica A1B1C1D1, como mostra a ilustração

abaixo.

Quando a figura plana é oblíqua ao plano de projeção, sua projeção

ortográfica não é representada em verdadeira grandeza. Acompanhe o próximo

exemplo para entender melhor.

Imagine o mesmo retângulo ABCD oblíquo a um plano vertical. Para obter

a projeção ortográfica desse retângulo no plano vertical, você deve traçar as

projetantes a partir dos vértices, até atingir o plano. Ligando as projeções dos

vértices, você terá um novo retângulo A1B1C1D1, que representa a projeção

ortográfica do retângulo ABCD. O retângulo A1B1C1D1 é menor que o retângulo

ABCD.

Pode acontecer, também, de a figura plana ficar perpendicular ao plano

de projeção.

Imagine o retângulo ABCD perpendicular ao plano vertical, observado na

direção apontada pela seta, como mostra a figura a seguir, e analise sua projeção

ortográfica.

B1 º C1

A1 º D1

A U L A

6

A projeção ortográfica do retângulo ABCD no plano é representada por um

segmento de reta. Observe que os lados AB e CD são segmentos paralelos entre

si e paralelos ao plano de projeção. A projeção ortográfica desses dois lados é

representada em verdadeira grandeza por um segmento de reta.

Os outros dois lados AD e BC são perpendiculares ao plano de projeção.

Você já sabe que a projeção ortográfica de um segmento de reta perpendicular a

um plano de projeção é representada por um ponto. Assim, a projeção do

retângulo ABCD, perpendicular ao plano vertical, fica reduzida a um segmento

de reta.

Quando a figura plana é perpendicular ao plano de projeção, sua projeção

ortográfica não é representada em verdadeira grandeza.

Exercício 1

Escreva V se a afirmação for verdadeira ou F se for falsa:

( ) Um plano horizontal e um plano vertical, perpendiculares entre

si, dividem o espaço em 4 regiões chamadas diedros.

Exercício 2

Numere os diedros formados pelos planos horizontal e vertical.

Exercício 3

Complete a frase: No Brasil, a ABNT adota a representação de desenhos

técnicos no .......... diedro.

Exercício 4

Qual dos dois símbolos indicativos de diedro, representados abaixo, é

encontrado em desenhos técnicos brasileiros, de acordo com a determinação

da ABNT?

a) ( )

b) ( )

Exercícios

A U L A

6

Exercício 5

Complete a frase na linha indicada.

A projeção ortográfica de um ponto em um plano de projeção é

um ................................................ .

Exercício 6

Represente a projeção ortográfica do segmento AB no plano a, considerando

o segmento AB paralelo a a.

Exercício 7

Assinale com um X a alternativa que corresponde à projeção do segmento

CD no plano b, considerando o segmento CD perpendicular a b.

a) ( ) b) ( ) c) ( )

C1 º D1

A U L A

6

Exercício 8

Assinale com um X a alternativa correta.

A projeção ortográfica de uma figura plana perpendicular a um plano de

projeção é:

a) ( ) um ponto;

b) ( ) um segmento de reta;

c) ( ) uma figura plana idêntica.

Exercício 9

Escreva V se a afirmação for verdadeira ou F se for falsa:

( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, oblíqua ao plano de proje

ção, é representada em verdadeira grandeza.

Exercício 10

Assinale com um X a alternativa que indica a projeção ortográfica da figura

plana paralela ao plano de projeção.

a) ( ) b) ( ) c) ( )

A U L A

7

Projeção ortográfica

de sólidos geométricos

7

U L A

Na aula anterior você ficou sabendo que a Introdução

projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas vezes não

representa o modelo ou partes dele em verdadeira grandeza.

Mas, para produzir um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos

em verdadeira grandeza.

Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos

ou objetos tridimensionais como modelos, costumamos representar sua proje-

ção ortográfica em mais de um plano de projeção.

No Brasil, onde se adota a representação no 1º diedro, além do plano vertical

e do plano horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral.

Este plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano

horizontal.

Projeção ortográfica do prisma retangular no 1º diedro

Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos

de projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido

geométrico - o prisma retangular (modelo de plástico nº 31) - em cada um dos

planos, separadamente.

Nossa aula

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Vista frontal

Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical

visto de frente por um observador, na direção indicada pela seta, como mostra

a figura seguinte.

Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares: duas são

paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro são perpendiculares ao

plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH).

Traçando linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma,

obteremos a projeção ortográfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um

retângulo idêntico às faces paralelas ao plano de projeção.

Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a

projeção ortográfica do prisma visto de frente.

A projeção ortográfica do prisma, visto de frente no plano vertical, dá

origem à vista ortográfica chamada vista frontal.

Vista superior

A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso

necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do

prisma em outros planos do 1º diedro.

Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma visto de cima por

um observador na direção indicada pela seta, como aparece na próxima figura.

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A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retângulo

idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção

horizontal.

Removendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a projeção

ortográfica do prisma, visto de cima.

A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a vista

ortográfica chamada vista superior.

Vista lateral

Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma

terceira vista é importante: a vista lateral esquerda.

Imagine, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado, na direção

indicada pela seta, como mostra a ilustração a próxima figura.

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Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção

ortográfica resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao

plano lateral.

Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do

prisma visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda.

Você acabou de analisar os resultados das projeções

...

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