ESTUDO DA VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE TELHADO VERDE NO PAVILHÃO 2 DO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE
Por: Cleniwton Alves • 3/5/2019 • Artigo • 1.499 Palavras (6 Páginas) • 268 Visualizações
ESTUDO DA VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE TELHADO VERDE NO PAVILHÃO 2 DO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM ENERGIA E SUSTENTABILIDADE, Feira de Santana – BA.
Ysaac Cerqueira.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – Centro de Ciência e tecnologia em Energia e Sustentabilidade-Av. Centenário, 697 - Sim, Feira de Santana – BA.
Palavras Chave: Telhado verde; Cobertura verde; Teto verde; Viabilidade Econômica; CETENS.
Introdução
A ideia de criar um telhado verde vem de tempos remotos. Na antiga Mesopotâmia, 600 a.C., surgiram os telhados verdes. Essas construções se chamavam Zigurates, e o mais famoso era o Etemenanki, com 91 metros de altura e uma base de 91x91 metros. Também eram utilizadas na antiga Babilônia. No início dos anos 1960, com as crescentes preocupações acerca da qualidade do ambiente urbano, se fortaleceu a ideia, sendo considerada como uma “solução verde”. Durante os anos 80, na Alemanha, as coberturas verdes cresciam entre 15 a 20% ao ano, nos anos 90 essa tecnologia chegou aos Estados Unidos, (GOUVÊA, 2017).
Segundo Cunha (1999), com a expansão urbana que aconteceu no século XX, ocorreu grande desmatamento no lugar que as cidades passaram a ocupar. Isso, junto a outros fatores, favoreceu o alagamento das cidades, pois as arvores que outrora ocupavam os espaços das cidades eram responsáveis por reter grande parte da água da chuva, interceptando esta e diminuindo a quantidade e velocidade que chega ao solo. O telhado verde possui as vantagens de um jardim suspenso, como a captação da água pluvial, absolvendo em até 30% a quantidade que chegaria ao solo, reduzindo de forma significativa a chance de enchentes nas cidades.
O tratamento de esgoto pode ser utilizado como uma solução sustentável para irrigação da cobertura verde, aproveitando água proveniente de descargas e uso doméstico. Promovendo, assim o reaproveitamento da água (GOUVÊA, 2017).
A captação da radiação solar também é um ponto positivo para esta tecnologia, diminuído a quantidade de insolação solar através da evapotranspiração e da fotossíntese, reduzindo bastante a temperatura no interior do prédio. Isso pode ser uma solução para as ilhas de calor, reduzindo a necessidade do uso de ar condicionados. Segundo a empresa especializada em telhados verdes, Ecotelhado, testes realizados mostram uma diminuição de até 15ºC dentro de uma edificação no verão. No inverno o sistema reduz a necessidade de aquecedor, já que conserva calor.
Utiliza-se plantas, geralmente grama, mas podendo ser de diversos tamanhos, para cobrir a cobertura da edificação. Também contribui para o isolamento acústico e térmico, além de compor o paisagismo do imóvel (CUNHA, 1999).
Diante do problema enfrentado pelos discentes e docentes do CETENS: o calor no pavilhão 2. Calor esse, que afeta a produtividade e o desempenho tanto dos alunos quanto dos professores, diminuindo o rendimento das aulas e por vezes até encurtando-as, em virtude ao mal-estar gerado.
Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a viabilidade do uso do teto verde como instrumento para redução do calor nas dependências de ensino do pavilhão 2 do CETENS, reduzindo ou até extinguindo a necessidade de ar condicionado. E melhorando a qualidade e rendimento das aulas e atividades exercidas no local.
Materiais e Métodos
• Revisão bibliográfica;
• Coleta de informações extraídas de sites, artigos e livros do assunto em questão;
• Cálculo do custo de implantação do telhado verde no pavilhão 2 do CETENS;
• Cálculo do tempo estimado de retorno do investimento.
• Determinação, através da análise de viabilidade econômica, se o projeto e o investimento na nova tecnologia são viáveis.
Resultados e Discussão
Esse estudo teve como objetivo a verificação da viabilidade da instalação do telhado verde no pavilhão 2. A partir do levantamento de dados, foi elaborado uma média mensal de consumo que possíveis aparelhos de ar condicionado iriam exigir, de acordo com a necessidade de cada sala.
A média mensal do consumo de energia de cada aparelho é dado por kw/h, considerando o consumo de 1 hora por dia durante 30 dias. Foi realizado o calculo do consumo de 8 horas por dia, durante 22 dias no mês, especifico para cada sala e laboratório do pavilhão 2. As salas de 1 a 7 exigirão 55000 btus, consumindo 99,73 kw ao mês, tendo como custo pela compra de cada aparelho R$ 5.489,00. A sala 8 exigirá 80000 btus, consumindo 72,21 kw ao mês, tendo R$ 5.015,05 como custo de cada aparelho, sendo que serão necessários 2 aparelhos de 42000 btus. As salas 9, 10 e 12 exigirão 46000 btus, consumindo 82,54 kw ao mês, tendo como custo de cada aparelho R$ 5.015,05. A sala 11 exigirá 55000 btus, consumindo aproximadamente 99,73 kw ao mês, tendo como custo pela compra do aparelho R$ 5.489,00. Os laboratórios 1, 2 e 3 exigiram 58000 btus, consumindo aproximadamente 99,73 kw ao mês, tendo como custo pela compra de cada aparelho R$ 5.489,00. O custo dos aparelhos de 58000 btus é menor, por isso foram considerados consumo e preço destes últimos, para as salas de 55000 btus.
O preço total dos aparelhos é de R$ 85.484,00 e o consumo total é de 1.489,07 kw ao mês. O preço do consumo total mensal é R$ 446,72 considerando o preço do kw a R$ 0,30.
Tabela 1 – Dados das salas.
Salas | Número de aparelhos | Consumo mensal(kW/h) | Custo mensal(R$) |
1 a 7 | 1 em cada | 99,73 | 29,92 |
8 | 2 | 72,21 | 21,66 |
11 9, 10 e 12 Laboratorios | 1 em cada 1 em cada 1 em cada | 99,73 82,54 99,73 | 29,92 24,76 29,92 |
Total | 16 | 1.489,07 | 446,72 |
Os valores dos aparelhos são preços de mercado e a demanda em BTUs foi determinada em função da área das salas e laboratórios e a sua finalidade.
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