Experimento Queda Livre
Por: Eduardo Morais • 18/8/2016 • Relatório de pesquisa • 1.640 Palavras (7 Páginas) • 1.133 Visualizações
Relatório de Física Experimental
Queda Livre
1. Introdução
O movimento vertical de qualquer corpo que se move nas proximidades da superfície da Terra, sob a influência unicamente da sua força peso, é chamado movimento de queda livre. Em outros termos pela física, a queda livre é uma particularização do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
Quando dois corpos quaisquer são abandonados, no vácuo ou no ar com resistência desprezível, da mesma altura, o tempo de queda para os dois são iguais, mesmo que eles possuam massas diferentes. Isso porque esse tipo de movimento sofre a ação da aceleração da gravidade, a qual é variável para cada ponto da superfície da Terra.
Para o estudo do movimento em queda livre, pode ser utilizado a função horária do espaço, que é:
[pic 1], (1)
onde ‘S’ representa a posição final, ‘So’ a posição inicial, ‘Vo’ a velocidade inicial, ‘g’ a aceleração da gravidade e ‘t’ o tempo gasto.
Considerando que a altura é a diferença da posição final com a inicial, temos que:
[pic 2], (2)
Onde ‘h’ é a altura.
Tomando que o corpo parte do repouso, temos que Vo = 0, logo se substituir a eq. (2) em (1), obteremos:
[pic 3], (3)
Para o cálculo de uma constante C, será utilizada a seguinte equação fornecida por tabela:
[pic 4], (4)
A expressão para obter o desvio percentual desta constante é dada por:
[pic 5], (5).
2. Objetivos
Dispõe-se como objetivo compreender o papel da análise dimensional na obtenção da expressão do tempo de queda livre de um corpo, através de experimentos, comparações e estudos teóricos.
3. Material e Métodos
No experimento prático, utilizou-se os seguintes materiais para montagem e obtenção dos resultados analisados:
- Esfera de aço;
- Trena;
- Régua;
- Cronômetro digital;
- Cronômetro microcontrolado;
- Sensores a laser;
- Fitas para marcação;
- Suporte com haste de sustentação vertical.
3.1 Experimento com tempo manual
No experimento manual, realizou-se primitivamente as devidas marcações em uma parede com o auxílio de uma trena e fita com alturas de 1.6, 1.8 e 2 metros a partir do chão do local, onde estava presente um pano macio para amortecer a queda da esfera. Em seguida, com as marcações feitas, deu-se início ao processo do experimento, onde a esfera de aço foi solta 10 vezes de uma mesma altura, conforme mostra a figura 1, e com o auxílio de um cronômetro digital mediu-se o tempo de queda a partir do momento em que a esfera foi solta até se chocar com o chão. Cabe enfatizar, que este processo foi feito da mesma maneira para as três alturas marcadas.
[pic 6]
Figura 1. Procedimento do experimento manual para coletar dados.
Todos os tempos medidos foram anotados, conforme apresentado na tabela 1.
3.2 Experimento com sensores e cronômetro microcontrolado
Na segunda parte desta prática, foi elaborado a princípio a montagem do suporte com haste vertical, prendendo dois sensores verticalmente com 3 variações de distância entre eles, sendo elas no valor de 0.2, 0.3 e 0.4 metros, de acordo com a figura 2.
[pic 7]
Figura 2. Procedimento do experimento com utilização de sensores e cronômetro microcontrolado.
Após proceder com a montagem do experimento, se iniciou a parte de execução. Os sensores foram ligados e configurados na função F1, para que fosse possível registrar o tempo com maior precisão. Em seguida, segurou-se a esfera de aço sobre o sensor de cima e abandonou-a do repouso para que a mesma caísse sobre um pano macio, que serviu para amortecer o impacto. Este processo foi repetido 10 vezes para cada altura, e no fim de cada repetição os dados eram coletados e registrados, de acordo com a tabela 2.
4. Resultados e Discussão
Os dados coletados nos dois experimentos podem ser vistos na tabela 1, experimento com cronômetro manual, e tabela 2, experimento com cronômetro microcontrolado a partir dos sensores. É importante ressaltar, que como as medidas foram realizadas a partir de uma trena e uma régua, ambos instrumentos analógicos, deve-se considerar o erro para essas medidas como ± 0,0005 metros. Do mesmo modo, o erro considerado para os dados do tempo deverá ser de ± 0,01 segundos para o cronômetro manual, e de ± 0,001 segundos para o cronômetro microcontrolado.
Tabela 1. Dados do tempo (s) em função da altura (m) do experimento realizado com cronômetro digital.
H (m) | 2 | 1.8 | 1.6 |
T1 (s) | 0,73 | 0,56 | 0,41 |
T2 (s) | 0,72 | 0,69 | 0,50 |
T3 (s) | 0,69 | 0,69 | 0,59 |
T4 (s) | 0,59 | 0,78 | 0,72 |
T5 (s) | 0,60 | 0,62 | 0,53 |
T6 (s) | 0,84 | 0,72 | 0,69 |
T7 (s) | 0,65 | 0,56 | 0,59 |
T8 (s) | 0,75 | 0,65 | 0,62 |
T9 (s) | 0,59 | 0,65 | 0,44 |
T10 (s) | 0,69 | 0,57 | 0,59 |
Tm (s) | 0,69 | 0,65 | 0,57 |
Tabela 2. Dados do tempo (s) em função da altura (m) do experimento realizado com sensores e cronômetro microcontrolado.
H (m) | 0.2 | 0.3 | 0.4 |
T1 (s) | 0,159 | 0,195 | 0,245 |
T2 (s) | 0,165 | 0,241 | 0,257 |
T3 (s) | 0,161 | 0,214 | 0,243 |
T4 (s) | 0,158 | 0,223 | 0,226 |
T5 (s) | 0,172 | 0,225 | 0,250 |
T6 (s) | 0,165 | 0,211 | 0,234 |
T7 (s) | 0,153 | 0,216 | 0,236 |
T8 (s) | 0,156 | 0,218 | 0,255 |
T9 (s) | 0,165 | 0,219 | 0,242 |
T10 (s) | 0,150 | 0,207 | 0,244 |
Tm (s) | 0,160 | 0,217 | 0,243 |
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