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FUNCIONAMENTO E OBJETIVO DAS CRIPTOMOEDAS, SEUS MÉTODOS E APLICAÇÕES

Por:   •  24/11/2018  •  Artigo  •  3.529 Palavras (15 Páginas)  •  185 Visualizações

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Tecnologia e inovação - Artigo

FUNCIONAMENTO E OBJETIVO DAS CRIPTOMOEDAS, SEUS MÉTODOS E APLICAÇÕES

aJoão Herodes Casali , bLarissa Iara Cardoso, cLucas Carissimi, dMarcus Vinícius Salvador, eThais Gabriele Silva.

aEngenharia Civil, bEngenharia Civil, cEngenharia Elétrica, dEngenharia Civil, eEngenharia de Produção.

Professor Avaliador

Edson do Nascimento Bassotti

Resumo

O Bitcoin é o primeiro modelo de criptomoeda gerado da necessidade de um método de pagamento diferente dos convencionais, sendo ele livre de intervenção governamental ou privada. A criptomoeda junto com o método de criptografia blockchain está surgindo de maneira sólida modificando o sistema atual de economia e gestão de processos. A intenção desse artigo é explicar seu funcionamento e consequências para a sociedade através de uma pesquisa qualitativa descritiva usando o método de revisão bibliográfica. Abordaremos a tecnologia blockhain que está por traz do seu funcionamento, o aproveitamento disso para diversos outros setores, os prós e contras de algo que ainda não sabemos como se comportará num futuro próximo. Ao término do estudo as dúvidas mais pertinentes devem ser sanadas, mas muitas direções de pensamento podem ser criadas devido as suas diferentes aplicações e possibilidades no contexto social, empresarial e governamental.

Palavras-chave:

Bitcoin. Blockchain. Moeda. Mineração. Economia.

1 INTRODUÇÃO

Num mundo globalizado onde poucos são os governos que tem liberdade para tomar decisões a nível global, o Bitcoin nasceu de um grupo de visionários que, vendo essa necessidade de liberdade, criou um método sem proprietário, sem regras de interesses e aberto a toda e qualquer pessoa que queira usá-lo.

Mas o que são as criptomoedas e porque ela está sendo tão reverenciada apenas agora?

Enquanto esse artigo é escrito, o corretor automático indica que a palavra "bitcoin" e "criptomoeda" não existe ou está errada. Certamente muita gente já ouviu falar nela, ou não, mas essa palavra começará a ecoar no mundo dos negócios e também no mundo real das pessoas.

Nesse artigo, trataremos sobre o que é Bitcoin e seu processo de criação e trabalho. O blockchain, que é a grande mágica do sistema, o impacto que esse sistema trará para o mundo dos negócios, sua confiabilidade e segurança, que nos dias de hoje é tratado com grande preocupação por diversos setores. A economia vista de outra maneira, através de regras simples e que hoje parecem impossível de se tornarem realidade.

O tema torna-se relevante e extremamente complexo visto o grau de alteração no sistema monetário e social do mundo. Desde os mais entusiastas até os mais céticos, nenhum dos lados tende a afirmar conclusões concretas quanto ao futuro dessa tecnologia.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O começo do Bitcoin é algo impreciso de se afirmar, mas os créditos até então são dados a um programador japonês de nome “Satoshi Nakamoto”. Ele criou uma lista de interessados em participar de um programa de criptografia em 2008 em um site de discussão. Ele já tinha um código do que seria a criação do protocolo Bitcoin. Ele sempre usou e-mails de difícil rastreamento deixando sempre uma dúvida sobre a veracidade de sua identidade. Nessa aparição usando um inglês fluente, mas mesclando entre o sotaque britânico e norte americano, conclamou a comunidade a desenvolver o que seria a moeda imune a bancos e governos, o Bitcoin (BTC).

Segundo Nakamoto (2009) que é identificado como um homem de 38 anos, ele descreve a motivação pelo projeto:

A raiz do problema com a moeda tradicional é que ela precisa de muita confiança em outros para funcionar. Precisamos de confiança em um banco central para que ele não desvalorize a moeda, mas a história das ‘moedas fiat’ (respaldadas por governos e não pela paridade com o ouro) mostra inúmeras violações de confiança. Os bancos devem ser confiáveis para manter o nosso dinheiro e transferi-lo eletronicamente, mas o emprestam em bolhas de crédito com apenas uma fração de reserva. Temos que confiar neles com a nossa privacidade, confiar neles para não deixar os ladrões de identidade drenarem as nossas contas. Com moedas com base na criptografia, sem a necessidade de confiar em um intermediário ou em terceiros, o dinheiro se torna seguro e as transações sem esforço.

Em 3 de janeiro de 2009, Nakamoto colocou o código em ação e minerou o primeiro bloco de 50 bitcoins. Ele ficou conhecido como o “genesis block”. Escreveu ainda uma linha de texto junto ao código que descrevia assim: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks”, uma referência a um jornal inglês que publicava a notícia de mais um político que se desdobrava para salvar bancos falidos. Em outro trecho atribuído a ele, sua intenção política fica ainda mais nítida:

Sim, [não resolveremos problemas políticos apenas com a criptografia], mas podemos ganhar uma grande batalha e expandir um novo terreno para a liberdade por vários anos. Governos são bons em cortar as cabeças de redes centralmente controladas como o Napster, mas redes puramente P2P como Gnutella ou Tor parecem estar se mantendo bem. (Nakamoto, 2009)

Nakamoto seguiu firme em fóruns e disseminando alterações e ideias até 2011, onde mandou um e-mail para um amigo hacker dizendo que iria se abster do Bitcoin para seguir em outros projetos. Desde essa data Nakamoto desapareceu e nunca ninguém ficou sabendo sua real identidade.

Entusiasta das criptomoedas, criador do partido pirata sueco e representante do parlamento europeu Rick Falkvinge (2013), diz:

Existem três conceitos fundamentalmente novos que, vistos de forma conjunta, podem se tornar revolucionários. O primeiro é o valor da utilidade. Bitcoin permite que você transfira o valor de um copo de café para o outro lado do planeta instantaneamente, com poucas taxas. Apenas nesse ponto, já está pelo menos 40 anos à frente de todos os bancos comerciais. O segundo é o valor comercial. O pagamento em Bitcoin permite que o setor de varejo se desvie dos cartões de crédito e das taxas bancárias, podendo com isso até dobrar a sua margem de lucro. Essa economia acabará sendo repassada ao consumidor final. O terceiro é o valor político. Não há banco central ou alguém com autoridade para mandar na sua conta bancária e planos futuros. O dinheiro é sua propriedade e ninguém pode impedir que você mande para quem quer que seja. (Falkvinge, Rick, 2013)

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