FUNCIONÁRIO PROBLEMA
Ensaios: FUNCIONÁRIO PROBLEMA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: COTEGIPEBA • 11/10/2013 • 2.313 Palavras (10 Páginas) • 1.970 Visualizações
Funcionário-problema ou chefe-problema?
Mudança, resistência, desempenho e
liderança1
O caso a seguir é um exemplo de caso complexo, do tipo narrativo,
que envolve muitos elementos ao mesmo tempo. Determine de que
forma a narrativa acrescenta informações contextuais. Considere,
também, o número de perspectivas diferentes que são agregadas.
O novo cara
Paolo Rodrigues acabou de ser nomeado diretor da Unidade de
Políticas Ambientais (UPA) do Setor de Políticas Públicas do
Departamento de Recursos Naturais (DRN) da Província de Contentment.
É o seu primeiro grande passo como gestor. Ele já havia sido supervisor
de equipe e chegou à UPA com a reputação de dinâmico, positivo e bom
colega de equipe, pelo menos entre seus pares.
Paolo também encara seu trabalho como uma forma de entrar no mundo
das políticas. Dedicou muito de seu tempo ao trabalho com outros dirigentes,
na função de assessor. Também trabalhou no gabinete de um secretárioexecutivo
e é conhecido como uma pessoa politicamente sensível.
Paolo é jovem para essa promoção: tem 32 anos. Ele subiu
rapidamente. É relativamente desconhecido entre seus funcionários,
uma vez que grande parte de sua experiência no DRN foi em outros
setores. Também trabalhou em outros departamentos.
A UPA é uma unidade relativamente pequena, com 24 funcionários.
Subordinados a Paolo, estão três supervisores, dois deles responsáveis
por áreas de políticas públicas e outro, pela pequena unidade de apoio
administrativo, sendo tal apoio centralizado por esta unidade.
Ela recebe todos os recursos financeiros e humanos do grupo de
especialistas que está subordinado ao secretário-executivo adjunto (SEA).
Os dois supervisores da área de políticas públicas, Deidre e Ken,
candidataram-se ao cargo de diretor. Ambos têm mais experiência do
Elaborado por Andrew Graham
2 Funcionário-problema ou chefe-problema? Mudança, resistência, desempenho e liderança – Elaborado por Andrew
Graham
que Paolo, mas muito menos diversificada. Trabalharam sempre na
mesma função, especializando-se em questões ambientais.
Um homem com uma missão
A secretaria-executiva adjunta para políticas, Georgina, está bastante
insatisfeita com a UPA há algum tempo. Ela tentou fazer com que essa
sensível área para a província se sintonizasse mais com as preocupações
públicas em relação ao meio ambiente. Também tentou incluir questões
ambientais, especialmente envolvimento comunitário e gestão integrada,
na agenda mais ampla do setor de recursos naturais. Georgina, que não se
sente apoiada pela equipe atual, vê Paolo como alguém “que entende” e
que ela pode orientar para se tornar um de seus principais dirigentes.
Ao oferecer o cargo a Paolo, Georgina deixou claro que esperava
mudanças. Para ela, o problema não era necessariamente as pessoas, mas
sim a cultura da unidade. Portanto, deixou claro que queria mudanças,
mas não queria – em suas próprias palavras – um banho de sangue: “Acorde
essa gente. Pinte o quadro completo. Faça com que se liguem mais em
vender suas mensagens, que vejo soterradas sob um material informativo
extenso e inútil – para o resto do setor e do departamento”.
Ao aceitar o cargo, Paolo o viu como uma grande oportunidade para
mostrar a si mesmo e o seu potencial. Ele certamente entendeu o quadro
completo. Sabia que teria um grande trabalho pela frente para convencer
toda a unidade de que precisava haver mudanças. Não sabia o que fazer
primeiro nem como fazê-lo. Também sabia que estava pisando em ovos.
Mas Paolo acreditava na capacidade de ser enérgico e na liderança
pessoal. Sentia que os bons funcionários ficariam felizes com uma mão
um pouco mais forte.
O drama de Ken e Deidre
Após sua chegada, Paolo visitou suas pequenas instalações no terceiro
andar do edifício do DRN. Depois, convocou seus três supervisores para
um rápido bate-papo.
Antes que ele pudesse iniciar a conversa, Ken e Deidre se lançaram
em um ataque rancoroso, queixando-se do pouco respeito que suas
recomendações recebiam da secretária-executiva adjunta (SEA), sem
falar do resto do departamento. “Ninguém com capacidade técnica
profunda consegue ser ouvido por aqui, especialmente no que se refere
a questões ambientais. Somos sempre vistos como pessoas que
complicam a vida alheia. O que eles querem é administrar parques”.
Paolo
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