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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/DESENVOLVIMENTO: O QUE É FORMA ATIVA?

Por:   •  12/5/2015  •  Seminário  •  2.852 Palavras (12 Páginas)  •  248 Visualizações

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INTRODUÇÃO: Nos anos 1990 a visão humanística de unidade entre a arte e ciência em arquitetura parecia perdida para sempre. Tecnologia e cultura definitivamente não eram trabalhadas em conjunto. Hoje é impressionante constatar como a situação mudou de forma tão rápida. E Santiago Calatrava certamente foi um dos principais influenciadores desse processo. O que veremos a seguir demonstra a capacidade dele em expressar essa realidade do movimento de forma profunda, intensa e universal, a ponto de produzir uma coerente “poética do movimento”.

OBJETIVO GERAL: Apresentar o perfil e principais Obras do arquiteto e engenheiro Santiago Calatrava, enfatizando o projeto da ponte Margaret Hunt Hill, situada em Dallas, no estado do Texas – USA. Exemplo de sistema estrutural de forma ativa escolhido pela equipe.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/DESENVOLVIMENTO:

O QUE É FORMA ATIVA?

Segundo o site da faculdade de engenharia civil, arquitetura e urbanismo da UNICAMP, são sistemas formados por matéria não rígida, flexível, formada de modo definido e suportada por extremidades fixas. Esse sistema deve ser capaz de suportar o peso próprio e cobrir um vão. As cargas são transmitidas para os apoios por meio de esforços normais simples. No caso do arco, através da compressão, e nos cabos, através da tração.

No caso, a ponte Margaret Hunt Hill é composta por um arco e cabos de aço que são lançados a partir dele e presos ao longo da ponte.

Cabos em aço apresentam alta resistência à tração, por isso são muito utilizados para cobrir vãos. Por outro lado, apresentam baixa resistência a flexão. As tensões aumentam conforme o aumento do vão e diminuem conforme é maior a distância entre os apoios e a parte inferior do cabo. Um desafio na utilização de cabos é a sua estabilização. Seu peso próprio é pequeno em relação ao vão. Além disso, são muito flexíveis, o que faz com que os cabos sejam muito suscetíveis a cargas móveis e assimétricas, vibrações e ações do vento. Para isso, pode-se utilizar o sistema de protensão dos cabos – que eliminam as mudanças de forma devido a cargas adicionais e ação do vento. Já as estrutura em arcos são muito resistentes ao esforço de compressão.

SANTIAGO CALATRAVA:

Santiago Pevsner Calatrava Vall nasceu em 28 de julho de 1951, na cidade de Benimamet, próxima a Valência, Espanha. Desde cedo, demonstrou uma grande admiração pelo desenho, começando a desenhar aos oito anos de idade. Por isso, matriculou-se na Escola de Arte de Valência, em 1969. Ele aprendeu a desenhar com talhadores, gravadores, artesãos do vidro e pessoas do ramo, mas não passou de desenho a carvão.

Após as aulas de desenho ele assistia também às aulas de história, onde era ensinado que a coluna é composta por base, fuste e capitel, e esse foi o seu primeiro contato com a arquitetura. Nada do que ele desenhava era exatamente estático, pois tudo está em um estado de mudança e movimento, que é a essência da vida, e ele queria transmitir esse movimento nos seus desenhos.

A fase em que ele frequentou a escola para estudar o ensino médio foi vista por ele como uma interrupção nos seus verdadeiros interesses, já que ele ficava o dia todo fora de casa, sem ter tempo livre para se dedicar a outras funções. Depois de alguns meses de estudo, Calatrava encontrou um livreto que descrevia a obra de Le Corbusier, mostrando suas obras dinâmicas e edifícios que, mesmo estáticos, davam a ideia de movimento. “Um dia eu sai para comprar algumas coisas numa livraria em Valência e vi um pequeno livro com cores bem bonitas. Aconteceu de ser sobre Le Corbusier, de quem o trabalho foi uma descoberta pra mim”, disse ele.

Assim o interesse de Santiago Calatrava pela arquitetura surgiu. Encantado com o que tinha aprendido sobre ele, acabou transferindo-se para a escola de Belas Artes em Paris, no ano de 1968, logo após a revolução ocorrida na cidade em maio do mesmo ano.

Percebendo que a cidade se encontrava em ruínas e também a escola onde estudaria, Calatrava retornou a Valência e se inscreveu na Escola de Arte e também na Faculdade de Arquitetura. Durante um ano seguiu ambos os cursos, e depois optou por deixar o primeiro curso, dedicando-se somente à arquitetura.

Sem se esforçar mais do que o necessário para conseguir notas medianas no curso, a única disciplina para a qual ele mais se dedicou foi a de design, elaborando uma série de desenhos. Naquela época, passava horas na biblioteca da faculdade estudando sozinho; esses estudos fizeram com que ele amadurecesse rapidamente – era um estudante autodidata.

Na época, a Faculdade de Valência não era muito forte – não tinha a tradição daquelas de Madri ou Barcelona – e por um longo período ficou fechada, já que aquele período de 1969 a 1973 foi marcado por uma série de conflitos. Todo esse contexto influenciou na sua decisão de estudar por si só; segundo ele, as viagens que pôde fazer foram os aspectos mais importantes e relevantes na sua formação.

Para organizar suas viagens, usava os meses de verão: partia depois do último exame, e voltava um pouco antes do início dos cursos. Eram viagens informais, organizadas do modo mais improvável, com pouquíssimo dinheiro à disposição, e tudo se resumia em mochila, saco de dormir e lanches. Ele acreditava que a simplicidade valia mais que qualquer outra coisa na hora de viajar.

Como a Escola Politécnica de Zurique obteve fama de que era um ótimo lugar para se estudar engenharia, tendo em vista a excelente tradição da Suíça no campo da engenharia, escolheu mudar-se para lá. Calatrava acreditava que ainda faltava algo importante em seu conhecimento. Ele via edifícios sendo levantados, mas ainda não compreendia como seria possível, como isso era feito.

Quando começou a estudar engenharia civil, dedicou-se somente a isso, deixando de lado a arquitetura por um tempo. Tanto estudou que até mesmo no verão ele deixava de passear, a fim de se preparar para os exames de setembro.

Tratavam-se de cursos muito diferentes do que tinha frequentado na Espanha, tendo tinha poucos colegas de curso e professores fantásticos. A partir dessa fase, deu início ao estudo de trabalhos mais científicos, trabalhando muito com maquetes para estudar os problemas cinéticos, aplicando em trabalhos sobre a flexibilidade das estruturas, muito útil na preparação de seu doutorado, considerando o seu grande interesse pelo movimento das estruturas.

Logo que terminou o curso de engenharia, teve que se reeducar para a arquitetura, reaprendendo a fazer plantas e cortes, em plantas muito mais simplificadas e ordenadas, e cortes mais complexos e com

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