Gaussímetro
Tese: Gaussímetro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: baptista16 • 22/8/2014 • Tese • 2.540 Palavras (11 Páginas) • 375 Visualizações
Relatório Final de F530
Gaussímetro
13/06/2005
Aluno: Joel Ferreira de Brito RA: 008955
Orientador Y.E. Nagai
1 Introdução
Os livros sobre eletricidade e magnetismo apresentam esquemas de como
medir campo magnético em laboratório, seja equilibrando em uma balança a força
que o campo magnético exerce em uma corrente elétrica [1], seja pela indução de
uma força eletromotriz em uma bobina de espiras movendo no campo magnético.
De observação mais difícil em laboratório convencional é o uso do efeito Hall
para medida do campo magnético [2].
Em termos de portabilidade e facilidade operacional, até algumas décadas atrás o
instrumento comercial de medida de campo magnético era baseado na força
eletromotriz gerada pelo movimento de rotação de uma pequena bobina por meio
de um micromotor alimentado por pilha. Com o desenvolvimento da
microeletrônica nas décadas de 60 e 70, surgiram sensores semicondutores
milimétricos baseados no efeito Hall que permitiram medir campos magnéticos
em uma larga faixa de valores com precisão e grande facilidade operacional,
fazendo dos antigos instrumentos relíquias de museu.
Embora o custo comercial de um gaussímetro, como é chamado o medidor de
campo magnético, com sensor Hall seja relativamente baixo para um laboratório
de pesquisa, da ordem de R$ 1500,00 para o modelo mais simples [4,5], para um
laboratório de ensino é um investimento que nem toda administração está
disposta a arcar. Neste contexto, o antigo método com bobina é uma alternativa
interessante não somente para laboratários de ensino mas também para
laboratórios de pesquisa em que seja necessário ocasionalmente medir um campo
magnético. Circuitos integrados atuais permitem amplificar a voltagem gerada em
uma pequena bobina, processar e mostrar o valor do campo em um multímetro
digital de baixo custo.
2 Descrição
O Gaussímetro construído neste projeto consta de uma bobina de cinquenta
espiras com área de 2 cm2. Os dois terminais da bobina são conectados às
2-1
entradas de um amplificador operacional com ganho ajustável. Como pela lei de
Faraday, a força eletromotriz gerada no bobina a ser retirada do campo é igual à
derivada do fluxo magnético em relação ao tempo, a integral da força eletrmotriz
fornece o campo magnético. Esta integração é realizada por meio de um segundo
amplificador operacional e a voltagem na saída, medida por um multímetro digital
de baixo custo, é numericamente proporcional ao campo magnético.
Temos que a equação que relaciona o valor medido com um multímetro V0
com o campo magnético aplicado é
.
Para dedução ver apêndice 1. Com os valores RC=1s, R2=1MW, R1=1KW,
A=2cm2 e N=50, temos que 1mV medido no multímetro corresponde à 1 Gauss de
campo magnético.
Abaixo temos figuras 1 e 2 com fotos do gaussímetro montado.
Figura 1 – Foto frontal do gaussímetro.
2-2
Figura 2 – Foto traseira do Gaussímetro.
3 Resultados
Para o teste do gaussímetro foi utilizado um imã de ferrite da ordem de 800
gauss medida na sua superfície, e de cerca de metade desse valor a uma distância
de cerca de 1 cm da mesma superfície, valores encontrados com um gaussímetro
comercial com sensor efeito Hall.
Os primeiros testes com o gaussímetro montado não produziram medidas
coerentes, o multímetro mostrando valores da ordem de milivolts aleatórios
independentemente da posição da bobina em relação ao ímã. Cálculos com base
na teoria indicavam que o pulso gerado em um segundo era da ordem de 0,5 mV.
Com uma amplificação de 100 vezes este pulso produziria na entrada do
integrador um pulso de 50 mV, talvez insuficiente para ser integrado e produzir
um sinal consistente. Na integração eletrônica o sinal integrado é, em geral, uma
ordem de grandeza menor que o sinal na entrada, dependendo do parâmetro wRC
que no caso de apenas um pulso é de difícil avaliação. Podem ocorrer também
oscilações espúrias que tornam instáveis os números mostrados no multímetro.
2-3
Para iniciar com um pulso maior foi feito uma bobina de área maior de cerca de
15 cm 2 e com 200 espiras. Teóricamente esta bobina produziria um pulso da
ordem de 15 mV em um segundo, podendo ser maior para pulsos mais rápidos.
Foram feitas dezenas de tentativas com esta bobina, sem resultado satisfatório.
Durante estas tentativas frustradas verificou-se a dificuldade de zerar a saída do
amplificador
...