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Gestov

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Por:   •  14/5/2014  •  Tese  •  642 Palavras (3 Páginas)  •  297 Visualizações

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1 Introdução

Gestação, parto e nascimento são fenômenos naturais e fisiológicos, mas que com o passar dos dias estão se transformando em procedimento médico. Isso tem conduzido a um número expressivo de ações desnecessárias, invasivas e caras, no que envolve o parto. A consequência são mulheres que se entregam aos cuidados somente da equipe de saúde, esquecendo-se que o parto é dela.

É sabido por todos que muitas mulheres alimentam o sonho de serem mães, conforme Brasil (2000, p. 9), “a gravidez e o parto são eventos sociais que integram a vivência reprodutiva de homens e mulheres”, sendo um processo singular na vida de cada um deles.

Segundo Todesco (1999, p. 10), “o parto é o acontecimento maior da vida de uma mulher. A gestante aguardou em um mundo de ansiedade, em misto de medo e insegurança pelo desconhecido, e de confiança e prazer por perceber o filho gerado, nutrido e protegido”.

Embora essas reflexões serem parte do dia-dia, também é real o fato de que a maternidade vem sendo adiada. A mulher atual conquistou espaço social, mercado de trabalho e independência financeira, enfim, conquistou realização pessoal. Seu desafio é somar a tudo isso o papel de ser mãe.

Balaskas (1993), diz que “quando a gestante fala que quer dar a luz pode envolver horas de trabalho de parto, muita dor e esforços por parte da parturiente e que, por isso a perspectiva não é agradável, fazendo com que a gestação seja acompanhada por apreensão e medo”.

É importante ressaltar que segundo Brasil (200) a tecnologia e as pesquisas científicas vêm proporcionando avanços na qualidade da assistência ao parto. Dentre esses, cabe destacar a evolução da operação cesariana que, de um procedimento antes só realizado em mulheres mortas para salvar a vida fetal, passou a ser procedimento que, em algumas situações, proporciona segurança à vida, tanto da mulher como do feto. Aviso, porém, que esse procedimento passou a ser usado sem justificativas obstétricas adequadas, gerando medicalização excessiva de um processo natural e fisiológico como é o parto. O aparecimento tecnológico fez com que o parto deixasse o âmbito domiciliar e adentrasse no hospitalar, processo esse que acometeu não só à assistência obstétrica, mas em toda a área da saúde.

Os fatos aqui considerados podem atuar afastando da mulher contemporânea o desejo da maternidade, ou fazê-la recorrer às cirurgias para parir. Nos atuais o parto vem sendo considerado como um processo cirúrgico e não como um processo fisiológico, o que realmente é. Esta afirmação é confirmada pelo fato de alguns hospitais privados terem índices perto dos 90% de cesariana (MEIRA, 2003).

Algumas mulheres não conhecem os benefícios de trabalhar ativamente no parto, escolher a posição mais favorável e de conduzir o processo de parir. De acordo com Meira (2003), para que a experiência da maternidade seja agradável à gestante, o segredo está na preparação para o parto. É neste momento que a gravida pode exercitar-se, informa-se a respeito do parto, treinar respirações e posições confortáveis, conhecer a fisiologia do parto, a fim de afastar o medo do desconhecido e obter uma experiência positiva.

Quando acompanhados de forma humanizada, a gestação o parto e o puerpério podem ser uma experiência significativa e enriquecedora

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