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Globalização. Kiberkultura. Lembrar de mim

Seminário: Globalização. Kiberkultura. Lembrar de mim. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/5/2014  •  Seminário  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  266 Visualizações

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O artigo aborda questões que envolvem globalização, cibercultura, Ética, cidadania e Educação. Novos paradigmas da sociedade pós-moderna são explicitados, evidenciando novas formas de organização da sociedade e de participação social. Nesse cenário, há uma revisão do termo cidadania que passa a ser vinculado ao consumo dentro da lógica neoliberal. Há também uma reconfiguração do conceito de ética para atender aos interesses da tecnocultura e das inovações científicas que lidam com questões polêmicas da ciência. Enfrenta-se, portanto uma crise de paradigmas e de autoridade que atinge, de forma mais acentuada o setor educacional. Para que a comunicação e a informação sejam, de fato, espaços inclusivos que promovam a participação social, há que se superar o estado de alienação que nos é imposto.

PALAVRAS-CHAVE: Globalização. Cibercultura. Educação.

Um dos fenômenos mais discutidos na sociedade contemporânea, sem dúvida, é a midiatização, que surge como uma nova forma de organização social e de relação do sujeito com o mundo. Gerada e parida à luz da lógica da globalização e do neoliberalismo, a também denominada “quarta esfera existencial”, batizada sob inspiração da classificação aristotélica das formas de vida, bios, tem sido considerada ora o “Patinho Feio”, pelo mal-estar e os impactos provocados por sua presença e por sua genealogia, ora o “Cisne Encantado”, pelo poder de atração e deslumbramento que ela desperta.

Para Sodré (2006, p. 22),

A midiatização implica, assim, uma qualificação particular da vida, um novo modo de presença do sujeito no mundo ou, pensando-se na classificação aristotélica das formas de vida, um bios específico. Em sua Ética a Nicômaco, Aristóteles concebe três formas de existência humana (bios) na Polis: bios theoretikos (vida contemplativa), bios politikos (vida política) e bios apolaustikos ( vida prazerosa). A midiatização pode ser pensada como um novo bios, uma espécie de quarta esfera existencial, com uma qualificação cultural própria (uma “tecnocultura”), historicamente justificada pelo imperativo de redefinição do espaço burguês.

Segundo Sodré (2006, p.23), o foco das pesquisas no campo da sociologia ou da antropologia da comunicação contemporâneas está na influência e nos efeitos da mídia enquanto “reestruturadora de percepções e cognições”. Na visão do autor, uma invisível comunidade direciona os gostos, juízos de valor, a opinião pública, em geral, como se fosse uma “agenda coletiva”, lançando mão de estatísticas que garantam a suposta credibilidade. Desse modo, essa “quarta esfera existencial” torna-se um novo tipo de cultura que se estabelece na sociedade mediada pelo mercado e pelos meios de comunicação. É o que o autor chama de “tecnocultura”, ou seja, uma nova tecnologia que estrutura a maneira de pensar, agir e sentir dos indivíduos, atraindo-os para uma forma de vida considerada “moderna” por meio do consumo.

Essa “economia digital”, mencionada por Sodré (2006), modifica a noção tradicional de espaço público que tinha como principais eixos a imprensa escrita e a política. Segundo o autor, o tradicional e o novo interagem, ampliando o espaço de atuação dos sujeitos sociais,

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