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História Eastman Kodak Company

Artigo: História Eastman Kodak Company. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/3/2014  •  Artigo  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  370 Visualizações

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Um dos maiores símbolos do capitalismo mundial, a Kodak, da década de 80 e 90 enfrenta a maior reestruturação de sua centenária história. O início de tudo foi quando sua diretoria se recusou a admitir que seu principal produto carro-chefe havia ficado velho, um tipo de problema comum no mundo dos negócios e que pode, em muitos casos, ser considerado crucial para a continuação ou descontinuação da empresa no mercado.

Por mais de 100 anos, a Eastman Kodak Company foi um dos símbolos do capitalismo americano de alcance mundial e marca sinônimo de gênero de praticamente todo tipo de coisa que remetesse a fotografia. Sua sede, na cidade de Rochester, extremo oeste do estado de Nova York, quase na fronteira com o Canadá, virou um símbolo do poderio da empresa, com sua área gigantesca ocupada por mais de 200 prédios, entre escritórios, unidades de produção de filmes e papel fotográfico.

Atualmente, a grande transformação pela qual a Kodak vem desde os primórdios dos anos 2000 tornou-se mais evidente pois aproximadamente 100 prédios do batizado de Kodak Park de Rochester foram demolidos, alguns deles de forma espetacular. O objetivo dessa operação de desmonte foi criar espaço para novas instalações ou puramente desapropriar terrenos para serem colocados a venda. A demolição deste verdadeiro “império”, foi a fase final de um grande processo de remodelação da empresa, uma intervenção que consumiu quase sete bilhões de dólares e desempregou aproximadamente 60 000 pessoas em todo o planeta. “Foi uma transição dura, mas inevitável. Não podíamos continuar fabricando produtos que as pessoas não querem mais comprar”, disse o C.E.O mundial da empresa, Antonio Perez.

Inversamente do que ocorre com as pessoas, as empresas nascem, crescem, chegam à maturidade, mas podem simplesmente nunca deixar de existir. A durabilidade de uma empresa esta relacionada à capacidade de adaptação a novas tecnologias que ela tem. Àquelas que não conseguem se moldar a esses novos desafios está reservado o mesmo destino de qualquer ser vivo, a morte. No caso da Kodak especificamente, o sofrimento começou com a queda de seu produto principal, o filme para fotografia. Durante um século, a companhia foi referência absoluta na área, dominando, durante a década de 80, mais dede 85% do mercado americano, o maior e o mais importante do mundo. O mundo todo fotografava com Kodak. Até que em um dia essa hegemonia foi quebrada com o aparecimento de uma nova tecnologia, a das câmeras digitais. Em pouquíssimo tempo, elas entraram o mercado, deixando a Kodak numa situação extremamente delicada. Por mais incrível que possa parecer, a Kodak foi a primeira a desenvolver a tecnologia de fotografia digital, aproximadamente 20 anos antes de suas rivais. Mas para proteger seu modelo de negócios, baseado no rolo de filme, seus executivos preferiram, erroneamente, a tática da negação do óbvio. Admitindo o erro, a Kodak deu duas rápidas guinadas para tentar se adaptar aos novos tempos. A primeira rendeu-lhe, em apenas dois anos, a liderança do mercado de câmeras digitais nos Estados Unidos e a terceira posição do setor em todo o mundo. Isso, porém, não foi o bastante. A segunda ruptura está em curso e iniciou-se com a chegada de Antonio Perez à presidência da companhia.

Nascido na Espanha, Perez construiu sua carreira durante os 25 anos em que trabalhou como executivo da Hewlett-Packard, a HP, nos Estados Unidos. Com enorme conhecimento da área de produtos digitais, principalmente impressoras, ele assumiu a presidência da Kodak em 2005 com uma missão clara: salvar a empresa custe o que custar. Com carta-branca na mão, Perez traçou um plano ambicioso de restauração que foi dividido em três fases. Sua primeira tarefa foi readaptar o negócio de fotografia tradicional (o de filmes) ao novo formato da empresa, com o objetivo de obter o máximo de rentabilidade com o mínimo de custo. Os filmes ainda

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