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IPv4 e IPv6

Tese: IPv4 e IPv6. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/11/2014  •  Tese  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  322 Visualizações

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Técnicas de Transição

No primeiro momento será necessário a coexistência entre o IPv4 e o IPv6, a transição completa é um processo gradual. KUROSE(2006) afirma que

Uma opção seria determinar um “dia da conversão” – uma data e um horário determinados em que todas as máquinas da Internet seria desligadas e atualizadas do IPv4 para O IPv6. A última transição importante de tecnologia (do uso do NPC para o uso do TCP para serviço confiável de transporte) ocorreu a quase 20 anos. E, mesmo naquela época [RFC 801], quando a Internet era pequeninha e ainda era gerenciada por um número reduzido de ‘sabichões’, ficou claro que esse “dia da conversão” mão era possível. Um dia como esse, envolvendo centenas de milhares de máquinas e milhões de gerenciadores de rede, é ainda muito impensável hoje. O RFC 2893 descreve duas abordagens (que podem ser usadas independentemente ou em conjunto) para integração gradual dos hospedeiros e roteadores IPv4 ao mundo IPv6 (com a meta de longo prazo de fazer a transição de todos os nós IPv4 para Ipv6).

Para permitir a compatibilidade do IPv6 com a base IPv4 instalada será necessário utilizar as técnicas de transição. SANTOS (1998) afirma que

Com o intuito de facilitar o processo de transição entre as duas versões do Protocolo Internet, algumas técnicas foram desenvolvidas para que toda a base das redes instaladas sobre IPv4 mantenha-se compatível com o protocolo IPv6, sendo que nesse primeiro momento de co-existência entre os dois protocolo, essa compatibilidade torna-se essencial para o sucesso da transição para o IPv6.

As técnicas mais comuns estão listadas abaixo:

Pilha Dupla

Os dispositivos serão capazes de enviar tráfego IPv4 e IPv6. O dispositivo, como por exemplo um roteador, terá ambos os protocolos ativos possuindo um endereço IPv4 e um endereço IPv6. SANTOS (1998) afirma que

A utilização deste método permite que hosts e roteadores estejam equipados com pilhas para ambos os protocolos, tendo a capacidade de enviar e receber os dois pacotes, IPv4 e IPv6. Com isso, um nó pilha dupla, ou nó IPv6/IPv4, na comunicação com um nó IPv6, se comportará como um nó apenas IPv6, e na comunicação com um nó IPv4, se comportará como um nó apenas IPv4.

A pilha dupla é a maneira mais direta de permitir a compatibilidade dos dispositivos IPv4 com IPv6 e vice versa. KUROSE(2006) diz

Provavelmente, a maneira mais direta de introduzir nós habilitados ao IPv6 seja uma abordagem de pilha dupla, em que nós IPv6 também tenham uma implementação IPv4 completa. Esse nó, denominado nó IPv6/IPv4 no RFC 2893, estaria habilitado a receber tanto datagramas IPv4 quanto datagramas IPv6.

Tunelamento

Permite que pacotes IPv6 sejam enviados em uma rede totalmente IPv4 através de túneis. SANTOS (1998) afirma que

A técnica de criação de túneis, ou tunelamento, permite transmitir pacotes IPv6 através da infra-estrutura IPv4 já existente, sem a necessidade de realizar qualquer mudança nos mecanismos de roteamento, encapsulando o conteúdo do pacote IPv6 em um pacote IPv4.

Essas técnicas, tratadas na RFC 4213, têm sido as mais utilizadas na fase inicial de implantação do IPv6, por serem facilmente aplicadas em teste, onde há redes não estruturadas para oferecer trafego IPv6 nativo. Os túneis podem ser configurados nos seguintes modos:

Para que pacotes IPv6 possam viajar em uma rede totalmente IPv4, os pacotes IPv6 são enviados encapsulados nos pacotes IPv4. O dispositivo de destino recebe a informação e retira o cabeçalho IPv4 e o pacote IPv6 recebido é processado.

Ainda segundo SANTOS (1998) existem quatro tipos de tunelamento, vamos conferir os dois principais:

Roteador-a-Roteador – Roteadores IPv4/IPv6, conectados via uma rede totalmente IPv4, podem trocar pacotes criando um túnel na rede IPv4.

Host-a-Roteador – Hosts IPv6/IPv4 trocam pacotes entre si através de uma rede IPv4.

Na prática as técnicas de tunelamento devem ser implementadas apenas nos dispositivos que suportam o IPv6 e essa configuração exige mão de obra qualificada.

Existem diversas técnicas de tunelamento, dentre as principais destaco o 6to4 e ISATAP. Abaixo, o detalhamento das técnicas citadas nas palavras de SANTOS (2008)

6to4 - Definido na RFC 3056, o mecanismo 6to4 é uma forma de tunelamento roteador-a-roteador, que permite a comunicação entre hosts IPv6 através de uma infra-estrutura IPv4. o 6to4 fornece um endereço IPv6 único, formado pelo prefixo de endereço global

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