LAUDO EXEMPLO: ANORMALIDADES PRESENTES NO REVESTIMENTO EXTERNO DA FACHADA
Por: jaquemartinsn • 20/2/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 2.657 Palavras (11 Páginas) • 1.165 Visualizações
1 - Considerações preliminares
1.1 - Finalidade
Este laudo tem o objetivo de apresentar as anormalidades presentes no revestimento externo da fachada e de acordo com a inspeção realizada no local em 20 de maio de 2009, analisar demais áreas comuns do Condomínio Residencial na Avenida-SP, a fim de realizar uma nova aplicação de pintura, seguindo as seguintes etapas:
a) – 1º passo: Eliminar os resquícios soltos da pintura antiga através do hidrojateamento na fachada, e remover as partes que estiverem soltas do emboço/reboco. Eliminar também toda poeira e fungos presente na superfície.
b) – 2º passo: Preparação da superfície da fachada aumentando sua característica adesiva para receber a próxima camada (tinta acrílica) por meio da aplicação de uma demão defundo preparador de paredes à base de água.
c) 3º passo: Para trincas e fissuras, assim como possíveis partes soltas ou pulverulentas de emboço/reboco nos locais que apresentarem esses desplacamentos ou apodrecimento da massa, realizar os devidos tratamentos.
d) - Emprego de duas demãos de Suvinil Suviflex
e) – Empregar uma demão de textura acrílica – 1.a linha (a base de água).
Tudo será realizado de acordo com o que está especificado no orçamento anteriormente apresentado e em conformidade tambpem com o contrato de serviços realizado entre a empresa Ivone Soeli & Ferreira Araraquara Ltda. - EP (Pinturas Araraquara) e o Condomínio Residencial, ressaltando que as normas técnicas atuantes no período de execução dos serviços de pintura sempre serão levadas em consideração. Todas as orientações técnicas do fabricante das tintas Suvinil – Basf – The Chemical Company, ainda que não apresente todos os itens com a devida clareza na planilha inicial de mão de obra fornecida pela Pinturas Araraquara – Ivone Soeli & Ferreira Araraquara Ltda – EP.
2 – Características do Edifício objeto do presente estudo
Trata-se de um edifício de condomínio residencial de 9 pavimentos (com o térreo) e 15 anos de idade.
3 – Histórico apresentado
Podemos identificar diversas patologias no revestimento da fachada: empodrecimento de massa, fissuras e trincas externas além de partes soltas de emboço/reboco. Sendo que a principal causa para o aparecimento da massa podre e o desplacamento do emboço/reboco é a passagem de água de dentro para fora como acontece nas infiltrações de maneira geral, principalmente nos rejuntes de box de banheiros, lavanderias e outras áreas úmidas, além de pisos de sacadas.
Quando a pulverulência do reboco atingiu o revestimento impermeável, permitiu que houvessem outros pontos suscetíveis à infiltração das águas da chuva, o que acabou criando um agravamento na patologia pré-existente.
As outras patologias tiveram sua piora ligadas a falta de manutenção da impermeabilização externa que acabou sendo deteriorada pela calcinação ocasionada pela exposição excessiva às intempéries. Além de outros erros, como a presença de finos na argamassa e incorreta dosagem de aglomerante e plastificante (cimento e cal hidratada). Entretanto não podemos nos esquecer das modificações estruturais resultantes da dilatação térmica da superfície.
Foto1 – data 20/05/2009 – Região – Fachada externa – observa-se muitas bolhas e algumas partes soltas e apodrecimentos do reboco/emboço ocasionado pela passagem de umidade de dentro para fora.
Foto2 – data 20/05/2009 - (ampliação) –Percebe-se na foto que o processo de tratamento realizado, começa errado com a utilização incorreta dede ferramenta, o que faz surgir muitas fissuras. O procedimento deveria ser feito com a ferramenta em “V” normatizada e não com a placa metálica. O erro agravará a situação por deixar posteriormente marcas visíveis devido a destruição excessiva da borda. Se fosse realizado da maneira adequada, a ferramenta certa faria um corte preciso e de largura pequena o que não implicaria num comprometimento do acabamento final.
Setas 1 e 2 – Formação de partículas do emboço/reboco ocasionado pela umidade do piso.
Foto3 – data 20/05/2009 - (ampliação) Região – Acesso ao Hall principal de entrada no edifício – Apresenta mesmo erro no tratamento de fissuras relatado na foto 02 -
Técnicas adequadas para tratamento de fissuras e trincas.
METODOLOGIA APLICADA NAS FACHADAS DO EDIFÍCIO:
É possível dizer que as fissuras encontradas na fachada são fissuras (<=0,5mm) e micro fissuras ( <=0,05mm).
No primeiro caso, o tratamento correto é realizar com a ferramenta em “V” injeção de mastique elástico, uma abertura superficial. Já no segundo caso, das micro fissuras, realiza-se uma vedação através do rolo de pintura, com o produto que já sendo utilizado em demão dupla na totalidade da fachada do edifício.
Foto4 – data 20/05/2009 - (ampliação) Região – Pav. Térreo – Percolação do piso ocasionando pulverulência do embosso.
Foto5 – data 20/05/2009 - (ampliação) Região – Pav. Térreo – Apresenta mesmo erro no tratamento de fissuras relatado na foto 02 -
Foto6 – data 20/05/2009 - (ampliação) Região – Pav. Térreo – Novamente a percolação da umidade do piso ou da soleira, causam a formação de partículas do reboco/emboço.
Foto7 – data 20/05/2009 – Região Apartamento n.12– Sacada - Fachada externa – novamente vê-se muitas bolhas e algumas partes soltas e apodrecimento do reboco/emboço ocasionada pela umidade de dentro para fora do piso da sacada. O que se repete em todos as sacadas do outros apartamentos, diferenciando o nível de gravidade entre si apenas. Isso acontece porque provavelmente não fio executada na fase de construção a aplicação de manta impermeável no piso das sacadas, ou se foi realizado da maneira correta.
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