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Lean Manufacturing

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Por:   •  27/1/2015  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  547 Visualizações

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2.1 Sistemas de Produção

Os sistemas são um conjunto de componentes inter-relacionados que trabalham com o propósito em comum de transformar insumos (entradas do sistema) em resultados (saídas do sistema), através de um processo organizado de mudança (ANTUNES et al., 2008). Conforme Shingo (1996), toda produção deve ser entendida como uma rede funcional de processos e operações, sendo que processos transformam matérias-primas em produto e operações são as ações que executam essa transformação. Portanto, sistemas de produção podem ser entendidos como um conjunto de componentes que trabalham com o objetivo de transformar insumos em bens ou serviços através de determinadas operações que envolvem a utilização de homens, materiais e equipamentos.

De acordo com Tubino (2000), há diferentes maneiras de classificar um sistema de produção, possibilitando assim um maior entendimento das características de cada sistema. Esta classificação pode ocorrer de três formas diferentes: a primeira é feita pela natureza do produto, podendo o sistema ser de manufatura de bens (tangíveis) ou prestadora de serviços (intangível); a segunda classificação é por tipo de operação, na qual os sistemas de produção são divididos em processos contínuos e processos discretos; e por último, classifica-se o sistema de produção tendo como parâmetro o grau de padronização dos produtos, ou seja, produtos padronizados e sob medida.

A primeira forma de classificar os sistemas de produção caracteriza-se pela diferença na forma como as tarefas serão executadas entre o sistema de bens tangíveis e de bens intangíveis. Enquanto na manufatura de um bem, a produção é orientada para o produto; no serviço, esta é orientada para a ação. A segunda classificação define como processos contínuos aqueles caracterizados pelo alto grau de uniformidade na produção, pouco flexíveis e interdependentes e os processos discretos como aqueles que fabricam produtos isolados, individualmente ou em lote. Já na terceira e última, o sistema de produção pode ser classificado pela fabricação de produtos com alto grau de uniformidade e em grande volume e em produtos sob medida, produzidos a partir do pedido específico de um cliente. Devido a esta característica, a produção sob medida implica em certa dificuldade das empresas em padronizar seus procedimentos de trabalho, e consequentemente no aumento de seus custos e menor disponibilidade dos produtos ao mercado (TUBINO, 2000).

2.2 Sistema Toyota de Produção

Segundo Shingo (1996) apud Antunes et al. (2008), o estudo e entendimento da importância dos diferentes sistemas de produção desenvolvidos até hoje podem ser determinantes para a decisão de qual direção seguir de acordo com as atuais necessidades da organização. Ao longo da história, predominaram-se dois sistemas produtivos: Produção em Massa e Produção Enxuta ou Sistema Toyota de Produção. O primeiro designa-se pela produção em larga escala de produtos padronizados através de linhas de montagem desenvolvido por Henry Ford, no início do século XX, com declínio na década de 80. Já o segundo, Sistema Toyota de Produção (Toyota Production System – TPS) é um sistema de gerenciamento da produção desenvolvido na Toyota Motor Company Ltda pelo engenheiro Taiichi Ohno entre 1948 e 1975, quando foi percebido que as técnicas utilizadas nos Estados Unidos não se aplicavam à realidade do Japão. Como teorizado por Ohno (1997), a essência do TPS está em conceber um Sistema de Produção que seja capaz de produzir uma série restrita de produtos diferenciados e variados garantindo a competitividade da empresa através de dois princípios básicos.

O primeiro princípio desenvolvido pelo TPS foi referente à redução dos custos, ou princípio do não custo, com o objetivo de aumentar o lucro. Para Black (1998) apud Kayser (2001), o mercado que determina o preço de venda adequado, cabendo à indústria racionalizar os custos de produção dos produtos e serviços a fim de manter as margens de lucro.

Já o segundo diz respeito à eliminação total dos desperdícios e é sustentado pela priorização das melhorias na produção via eliminação contínua e sistemática das perdas nos sistemas produtivos (SHINGO, 1996). O conceito de perdas é explicado por Ohno (1997) com base na divisão do movimento dos trabalhadores em três partes: o trabalho efetivo, que agrega valor ao produto, o trabalho que não adiciona valor mas é necessário e as perdas. O trabalho efetivo corresponde à aquele em que se é possível alocar custos, mas agrega valor ao produto, como usinagem, montagem e costura. O trabalho que não agrega valor, mas é necessário, constitui-se em atividades que dão suporte à produção como setups necessários, supervisão e movimentação de materiais. Já as perdas constituem em atividades que não agregam valor, mas geram custos

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