Modelo para artigo

Exploração na profundidade da organização e retorno à sua história – encontram-se nas organizações que gerenciam riscos pessoas e que se interrogam sobre problemas colocados em seus trabalhos e dificuldades para realizar os mesmos.

A dimensão transversal – Funcionam para gerir a “rede organizacional”, instrumento que permite visualizar as interações entre as entidades.

A dimensão vertical – Funcionam para explorar os fenômenos humanos e organizacionais na organização. Como exemplo a tomada de decisões erradas por gerentes

A dimensão temporal – Acontece geralmente após um acidente, acontecimentos que não são percebidos como significativos ou não compreendidos, em razão a falsas hipóteses a respeito de sua origem. A análise organizacional pede que seja avaliada o tempo e examinada as condições e fenômenos de degradação que culminaram neste acidente.

A importância do período de incubação para a análise e para a ação – O acidente é previsível? Descobrir se os acidentes são sempre precedidos de um período mais ou menos longo de degradação da segurança e de emergência de alguns perigos. Essa é uma oportunidade para toda a comunidade de especialistas e práticos da segurança, sobretudo para aqueles que procuram conhecer as organizações. Cabe ao grupo de todas as organizações de segurança fazer esse trabalho. Se a ocorrência de um incidente grave ou de um acidente pode ser considerada como o resultado de um processo mais ou menos longo de degradação. É aqui que o conhecimento aprofundado dos acidentes, de sua gênese, assim como de sua dinâmica de desenvolvimento, se torna indispensável

Os lançadores de alerta – Durante o período de incubação, o reconhecimento do perigo e as possibilidades de correção que disso decorrem são atestadas pelo fenômeno dos “lançadores de alerta”. Na maioria dos casos, uma pessoa isolada, ou um pequeno grupo tenta alertar as autoridades da organização para que elas tomem decisões.

“A proliferação de grupos que se ocupam de temas semelhantes ocasiona confusão. Membros de um grupo pensavam, erroneamente, que algumas questões estavam a cargo de outro grupo”

A análise organizacional: uma abordagem clínica – Considera a situação estudada em sua singularidade. Para buscar as especificidades e as singularidades da situação a estudar como um caso clinico realizado por um médico

Uma construção progressiva da análise – o analista não visa registrar passivamente o que os membros da organização lhe dizem sobre a segurança ou sobre a organização para, em seguida, restituí-la. Suas interações com os membros da organização, no quadro do inquérito, visam ajudá-los a construir e a dizer sua verdade sobre a segurança e sobre a organização. “Mergulhar na profundidade da organização”? É necessário, evidentemente, passar pelos membros da organização. Não pode, num tempo limitado, descobrir tudo sozinho a partir de documentos ou no campo. O analista procede por camadas, aprofundamentos sucessivos, abandonos provisórios, voltas para trás, generalizações prudentes. É aí que reside o fundamento da prática da análise organizacional. Sua experiência e seus conhecimentos em matéria de acidentes, de disfunções organizacionais e de segurança lhe permitem assegurar que todas as problemáticas específicas foram bem-abordadas

 

A abordagem compreensiva – A necessidade de uma abordagem compreensiva na análise organizacional acompanha o estatuto importante conferido às informações subjetivas dele. A entrevista individual ou coletiva com o pessoal é o dispositivo de base para uma aproximação compreensiva das situações de trabalho e das situações organizacionais. Fundamentalmente, o analista é levado a utilizar dois tipos de dados já assinalados – técnicos, de um lado, sociológicos e humanos de outro.

Abordagem descritiva e os fatores organizacionais patogênicos – em um “relato” coerente, traduzindo uma interpretação64 tão clara quanto possível da situação na qual se encontra a organização do ponto de vista da segurança, traduzindo uma compreensão dos fatores organizacionais que tiveram um papel decisivo na gênese de um evento grave.

 A descrição densa – Ela é construída a partir da exploração das dimensões fundamentais da análise organizacional que já vimos anteriormente. Mas a descrição densa traça a própria história da investigação.

O relato depurado – Em uma segunda etapa, para explicar de forma simples, trata-se de responder à questão: O que se deve pensar de tudo isso?

Os fatores organizacionais patogênicos: léxico do relato ou lista de verificação? (FOP) – Tem origem na analogia médica aplicada às organizações tirados empiricamente da análise dos acidentes. Com base nas análises de acidentes, colocamos em evidência um certo número de fatores organizacionais patogênicos fundamentais que são encontrados, de maneira muito regular, nas análises sob vocábulos vizinhos.

O resultado do trabalho de investigação: diagnóstico, julgamento, expertise – Todo diagnóstico deve evidentemente considerar as medidas tomadas de toda natureza. O diagnóstico se revela ser um julgamento. Enfim, a elaboração do diagnóstico coloca a questão do papel e da posição dos analistas e de sua possibilidade de recuo e reflexividade frente à situação estudada

Algumas questões não resolvidas

A análise organizacional leva a abrir e/ou a nutrir debates latentes ou enterrados nos estratos complexos das organizações... e nos segredos do gerenciamento.

Um método que requer conhecimentos de segundo plano – Seu objetivo é esclarecer os diferentes níveis de conflitos que atravessam a empresa: pressão produtiva versus segurança, deve-se ser traçado com o conhecimento adquiro pelos envolvidos.

Um método alimentado pelos debates – Somente de uma equipe multidisciplinar. Merecem ser assinalados para evidenciar o fato de que o método Organizacional não é um método fechado sobre si próprio, mas que está sempre em processo de aprimoramento e desenvolvimento. O que interessa ao analista é compreender em que uma organização se situa mais ou menos perto do polo normal ou do polo patológico e em que direção ela evolui no tempo.