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O Capitalista compra a força de trabalho do trabalhador

Por:   •  26/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.111 Palavras (5 Páginas)  •  305 Visualizações

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A dialética do trabalho

A chave para a compreensão do modo pelo qual o trabalho é configurado na sociedade capitalista. Sendo, portanto, essencial a sua leitura para entender a dinâmica do capital. O trabalho é um processo que se dá entre o homem e a natureza, onde o primeiro transforma a segunda e, desse modo, transforma também a si próprio. No entanto, no capitalismo, o trabalho se configura como mercadoria que produz valor à medida que é consumido.  O homem se diferencia dos animais porque o produto do seu trabalho possui intencionalidade, não é fruto de um mero fazer, mas é pensado antes de serobjetivado. Considera-se trabalho morto aquele trabalho já acabado e trabalho vivo como a realização das capacidades do trabalhador. Ou seja, no processo de trabalho o homem efetua uma atividade, é uma transformação do objeto de trabalho, que era o propósito desde o ínicio. O processo acaba no produto, o trabalho foi realizado e o objeto foi trabalhado.

O processo de trabalho tem por produzir valores de uso, para satisfazer as necessidade humanas, não dando distinção para as formas sociais. Porém, no capitalismo, para que uma mercadoria seja produzida, é requisitado não só que ela tenha valor de uso (utilidade, atenda a algumanecessidade), é importante também o seu valor de troca, que essa mercadoria possa ser vendida. 

O capitalista compra a força de trabalho do trabalhador, que se subordina a ele em troca de um salário paraassegurar a sua própria existência. Assim, sua força de trabalho pertence ao comprador dela – o capitalista – e o resultado do seu trabalho também. Porém, no capitalismo, para que uma mercadoria seja produzida, é requisitado não só que ela tenha valor de uso (utilidade, atenda a alguma necessidade), é importante também o seu valor de troca, que essa mercadoria possa ser vendida. 

O capitalista compra a força de trabalho do trabalhador, que se subordina a ele em troca de um salário para assegurar a sua própria existência. Assim, sua força de trabalho pertence ao comprador dela – o capitalista – e o resultado do seu trabalho também. O valor de toda mercadoria é calculado segundo a quantidade de trabalho socialmente necessário para a sua produção, sendo pago ao trabalhador os mínimos para a garantia de sua reprodução, que corresponde ao salário que ele recebe. Entretanto, interessa ao capitalista produzir uma mercadoria cujo valor ultrapasse a soma dos valores de todas as mercadorias utilizadas em sua produção – os meios de produção e a força de trabalho.

Subjetividade, trabalho e ética – Henrique Caetano Nardi

O texto remete a relação entre os temas, aos modos como os sujeitos vivenciam suas experiências de trabalho e a elas do sentido, baseados em Focault, nos modos como os sujeitos vivenciam suas experiências de trabalho e a elas do sentido. Os autores ressaltam que esses modos não são independentes do contexto espaço-temporal, obedecendo a uma especificidade histórica. Nesse sentido, de extrema importância análise das transformações do capital, decorrente da capacidade adaptacional intrínseca ao sistema capitalista. O texto cita, Guatarri e Rolnik, para quem a produção de subjetividade constitui matéria-prima de toda e qualquer produto. Dessa forma, em detrimento do que defende o senso-comum, a produto de sentidos experiências não feitas a nível meramente individual, uma vez que essa subjetividade está subordinada a escolhas do indivíduo, mas ao seu gerenciamento pelos agenciamentos coletivos. Cita, ainda, Lemke, defendendo que a subjetivadade presente no modo neoliberalista coloca o mercado como tribunal de todas as instâncias da vida. A idéia aqui defendida pelos autores a de que no estágio contemporâneo do sistema capitalista, a lógica a produo de sujeitos empreendedores de si mesmos, ou seja, um processo continuo de individualização subordinado a um regime de concorrência. O trecho os modos de trabalhar pressionam a configuração de modos de viver que extrapolam os contextos de trabalhos, que agrupa novas dimensões para análise da temática subjetividade e trabalho além da classe, como a de gênero e de etnia. Outra idéia fortemente demarcada no texto de que esse processo de produto de subjetividades subordinadas lógica concorrencial do mercado está atrelado a novos modelos de gestão, voltados a metas e objetivos que mascaram a relação capital-trabalho ao substituir a visão de trabalhador pela de colaborador. Ver no trabalhador um colaborador enfatizar a idéia de liberdade individual e esconder o fato de que a relação deste com a empresa e com os rendimentos de seu trabalho está permeada de relações de poder hierarquizantes. Uma vez que só socializados diariamente com noções que enfatizam o desempenho individual e a fora de vontade como porta de entrada para o sucesso, associam seu fracasso profissional a falta de habilidades pessoais. O que poderia ser caracterizado como uma versão moderna do que Marx chamou de exercito industrial de reserva. Os autores finalizam o texto ressaltando formas de resistências no âmbito do trabalho contemporâneo, como a ênfase na busca de modelos coletivistas no campo da Economia Solidária.

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