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O Concreto Reciclado

Por:   •  7/11/2017  •  Artigo  •  2.661 Palavras (11 Páginas)  •  784 Visualizações

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CONCRETO RECICLADO

Aluna Anna Beatriz Sandro Farias

Msc. Fabiano Medeiros da Costa

INTRODUÇÃO

        Os primeiros materiais a serem empregados nas construções antigas foram a pedra natural e a madeira, por estarem disponíveis na natureza. O ferro, o aço e o concreto só foram empregados nas construções séculos mais tarde.
        Levando em consideração o cenário nacional, somente em 1904 o concreto começou a ser utilizado nos mais diversos tipos de construção e, desde então, é largamente usado na área da construção civil. Atualmente pode-se perceber um grande crescimento do Brasil, seja no setor de economia, reconhecimento no cenário mundial ou na construção civil; um ponto que fortifica essa ideia é o estabelecimento de inúmeras construtoras no país, o que gerou e gera grandes obras. E um número elevado de obras forma toneladas de resíduos sólidos, o que dá lugar para a poluição do ambiente se esses resíduos não forem armazenados e, se possível, reutilizados. Partindo disso, observa-se que a construção civil é uma das áreas que mais geram impactos ambientais, em todos seu processo de produção. Um desses processos é a geração de resíduos de construção e demolição (RCD) em centros urbanos.
        
Porém, todos os pontos positivos da utilização dos RCD se deparam com experimentos e pesquisas para formação de novos produtos na construção civil. Sendo o concreto reciclado um dos principais elementos, sua elaboração enfrenta a busca por traços otimizados para obter um maior desempenho mecânico sob solicitações estáticas ou dinâmicas. Levando em conta tais pesquisas, feitas anteriormente, pode-se observar que ensaios de concreto e argamassa utilizando reciclado têm bom desempenho mecânico e são mais leves, quando se compara aos respectivos materiais utilizando agregados naturais.
        Contudo, o objetivo do projeto é
mostrar os resultados satisfatórios de certos agregados usados na produção do concreto reciclado e provar que mesmo alguns experimentos não apresentando os resultados esperados, ainda é possível utilizar os agregados desse estudo em alguns setores, para então salientar que o concreto reciclado pode ser largamente utilizado na construção civil por conta do seu custo x benefício.

REFERENCIAL TEÓRICO

Construção civil é o termo que reúne a construção de obras como casas, edifícios, pontes, barragens, fundações de máquinas, estradas, aeroportos e outras infraestruturas, onde participam engenheiros civis e arquitetos em colaboração com técnicos. Focando nessa área, sabe-se que há incontáveis materiais usados para levantar todos os tipos de obras e existe um desses materiais que disseminou no mundo e só não é mais usado que a água: O concreto.

Tal material é uma pedra artificial que se molda às invenções de construção do homem. Este desenvolveu um material que, depois de endurecido, tem resistência similar à de uma rocha natural e, quando está fresco, tem a capacidade de ser moldado em formas e tamanhos variados. Duas propriedades do concreto que o destacam como material construtivo são: sua resistência à água – diferentemente do aço e da madeira, o concreto sofre menor deterioração quando exposto à água, razão de sua utilização em estruturas de controle, armazenamento e transporte de água – e sua plasticidade – que possibilita obter formas construtivas inusitadas, como se vê nas obras arquitetônicas de Niemayer. Mas existem outras vantagens: a disponibilidade abundante de seus elementos constituintes e seus baixos custos.

“Em termos de sustentabilidade, o concreto armado consome muito menos energia do que o alumínio, o aço, o vidro, e também emite proporcionalmente menos gases e partículas poluentes”, ressalta Arnaldo Forti Battagin, chefe dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Mas, além de visar o baixo consumo de energia, há a possibilidade de beneficiar o meio ambiente, através do concreto, de outras formas. Uma delas é a utilização de resíduos da construção civil. Esses resíduos são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. 
        Por serem de inúmeros tipos e isso dificultar seus direcionamentos para certas utilidades, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná, foram classificados em:
        Classe A (resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados: 1) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 2) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc) argamassa e concreto; 3) de processo de fabricação ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios entre outros) produzidas no canteiro de obras), que d
everão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.
        
Classe B (resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plástico, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros), que devem ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo disposto de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.
        
Classe C (resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/ recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso), que serão armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
        
Classe D (resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolição, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros), que além de serem armazenados, transportados, serão reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.

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