O ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL
Por: Rafaela Tavares • 18/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.108 Palavras (5 Páginas) • 1.215 Visualizações
ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL
Introdução
De acordo com GRANZOTTO (2015) O ensaio triaxial é o ensaio mais completo e versátil, do ponto de vista teórico (com relação à aplicação de tensões e ao controle de drenagem), e o mais utilizado para a determinação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos.
Segundo GRANZOTTO (2015), o ensaio de cisalhamento triaxial possui muitas vantagens comparado ao ensaio de cisalhamento direto como controle do plano de ruptura do corpo de prova, capacidade de controlar a drenagem e realizar leituras de poro pressão, as tensões efetivas são determinadas através de medições da poro pressão. O ensaio triaxial ainda permite a obtenção de outros parâmetros como o módulo de Cisalhamento G e o coeficiente de permeabilidade k. O ensaio de compressão triaxial tem alguma semelhança com o ensaio de compressão simples, porém, difere daquele por causa da amostra ser inicialmente submetida a um estado de pressão hidrostática.
O ensaio triaxial é composto de duas fases: A fase de confinamento e a fase de cisalhamento. Basicamente, existem três maneiras de se conduzir um ensaio triaxial convencional, a saber:
Ensaio lento ou drenado (CD ou S): onde é permitida em todas as fases a drenagem da água existente no interior do corpo de prova.
Ensaio adensado rápido (CU ou R): onde permite a drenagem do corpo de prova somente na fase de confinamento.
Ensaio rápido ou sem drenagem (UU ou Q): onde a drenagem não é permitida em nenhuma das fases do ensaio.
Material e Métodos
O procedimento experimental foi realizado no Laboratório de Solos do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM no dia 24/11/2015, sob orientação da professora Nancy Tiemi Isewaki, cujo objetivo conforme a orientação durante a prática seria fazer uma análise sobre a capacidade resistência do solo e coesão do mesmo, utilizando o método mais rápido conhecido como não consolidado não drenado (UU).
Inicialmente foram retiradas as medidas do corpo de prova, a altura e o diâmetro. Posteriormente foi colocado o corpo de prova dentro de uma câmara de ensaio envolto por uma membrana de borracha, sendo que na base do corpo de prova e no cabeçote superior são colocadas as pedras porosas. Em seguida a câmara foi enchida com água, aplicando sobre o mesmo uma pressão, que é chamada pressão confinante ou pressão de confinamento do ensaio. Esse processo pode ser visto na figura abaixo:
Figura 1 - Ensaio Triaxial
[pic 2]
Durante o carregamento, medem-se, a diversos intervalos de tempo, o acréscimo de tensão axial que está atuando e a deformação vertical do corpo de prova. Logo após são recolhidos os dados em uma tabela de excel, sendo que para a realização do ensaio é necessário a utilização dos dados das demais salas.
Resultados e Discussões
Inicialmente foi feita a medição no corpo de prova utilizada pela turma A, onde o ensaio triaxial tem como objetivo fazer um comparativo entre os resultados das turmas (A,B,C e D) de engenharia civil do 6° período. Estão listados na tabela 1 as medições do diâmetro e altura da turma A, onde os mesmos apresentam valores próximos aos das outras salas.
Tabela 1 – Medição do diâmetro e altura.
Ensaio (TURMA) | Diâmetro (mm) | Altura (mm) |
A | 34,9 | 103,7 |
B | 34,9 | 103,7 |
C | 34,9 | 103,7 |
D | 34,9 | 103,7 |
Ao realizar o ensaio pudemos anotar os valores correspondentes às leituras relacionadas às turmas, e os mesmos encontram-se dispostos na tabela 2:
Tabela 2 – Valores De Tensão Inicial
Ensaio (TURMA) | ơ3 (KPa) |
A | 600 |
B | 800 |
C | 400 |
D | 200 |
A partir das leituras do ANEXO A (Load e Read Number), foi traçado no software Excel gráficos correspondentes a cada ensaio realizados pelas turmas:
Gráfico 1 –Turma 6°A. [pic 3]
Gráfico 2 - Turma 6°B.
[pic 4]
Gráfico 3 - Turma 6°C.
[pic 5]
Gráfico 4 - Turma 6°D.
[pic 6]
As forças máximas podem ser analisadas a partir dos gráficos, onde se pega o ponto mais alto da curva para essas determinações, e esses valores estão dispostos na tabela 3:
Tabela 3 – Forças máximas
Ensaio | F max (N) |
A | 152 |
B | 427 |
C | 524 |
D | 222 |
Através das determinações das forças máximas, é possível calcular-se a tensão de confinamento, através da fórmula .[pic 7]
Onde:
= Tensão de confinamento (KPa);[pic 8]
F máx = força máxima de cada ensaio (N)
A = área do corpo de prova cilidrico (cm2);
Para a realização do cálculo de área dos corpos de prova, utilizamos a seguinte expressão:
[pic 9]
Os cálculos estão representados na tabela 4:
Tabela 4 – Tensões confinantes
Ensaio (TURMA) | F máxima (N) | Área (cm²) | Ơ (KPa) |
A | 152 | 9,566 | 158,8 |
B | 427 | 9,566 | 446,3 |
C | 524 | 9,566 | 547,7 |
D | 222 | 9,566 | 232 |
Na sequência foi realizado os cálculos para traçar o círculo de Mohr utilizando as tensões confinantes utilizando as seguintes expressões para o Raio = e para o Centro = ; 0. Os resultados estão representados na tabela 5:[pic 10][pic 11]
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