O Túnel de Laerdal
Por: guigs232 • 5/9/2019 • Trabalho acadêmico • 1.909 Palavras (8 Páginas) • 145 Visualizações
Trabalho de Introdução a Engenharia Civil
Laerdalstunnelen
O maior túnel rodoviário do mundo
Sumário
Introdução3
Projeto, estrutura e considerações5-5
Iluminação, segurança, tráfego e ventilação...............................................6-7
Construção......................................................................................................8-9
Conclusão.........................................................................................................10
Introdução
A Noruega é um país com geografia acidentada, com as principais formações geológicas, constituídas de entradas do mar entre grandes montanhas rochosas, os denominados fiordes (anexo I), pela grande quantidade dessas formações a Noruega é também conhecida como a terra dos fiordes. Estas características físicas aliadas a condições climáticas adversas, promovem grandes desafios para a engenharia de rodovias deste país. Houvera a necessidade de criar uma ligação entre as cidades de Oslo e Bergen(as duas maiores cidades da Noruega) que diminuísse e facilitasse o translado, o caminho devia ser pela região de Sogn of Fjordane passando pelas cidades de Aurland e Laerdal, entretanto pelas condições já citadas, tornava-se inviável a construção de rodovias acima das montanhas, logo optou-se por um túnel que fosse construído abaixo da formação montanhosa de Filefjell, os trechos de estrada integram a rodoviária Europeia número 16(E16). Com grandes desafios fora construído um túnel que possuí em média 1,4 km de extensão de terra sob suas paredes, por toda a sua extensão de 24,5 km, estes imponentes números o tornaram um ícone da engenharia de túneis e um recordista, sendo até hoje o maior túnel rodoviário do mundo. Esta obra faraônica custou cerca de meio bilhão de reais e ficou pronto em 5 anos (1995-2000). As altas tensões sob as rochas, grande extensão do túnel e a monotonia de percorre-lo ajudaram a desenvolver e aprimorar técnicas tanto na parte de projeto e execução, notáveis avanços foram adquiridos na: ancoragem de teto com parafusos, pavimentação aliada a perfuração, análise e projeto levando em consideração o comportamento psicomotor do usuário e métodos para combater os desprendimentos das rochas com altas tensões aplicadas.
[pic 1]Anexo 1- tipo fiorde norueguês.
Projeto estrutura e considerações
Dada as condições do local onde fora escolhido o local para o túnel, iniciou-se um grande processo de estudo para a elaboração do projeto. Informações geológicas já disponíveis sobre a região foram utilizadas para evitar novas coletas em campo, já que pela grande extensão teriam que ser inúmeros corpos de prova e ensaios em laboratório, o que acarretaria em mais custos. Os dados das rochas, obtidos através do Método da Designação da Qualidade da Rocha(RQD), no qual se mede a resistência a esforços da rocha e gera-se uma porcentagem classificatória(AnexoII).Portanto com os parâmetros das rochas da região os engenheiros utilizaram o método dos elementos finitos(anexo III) através de softwares específicos para calcular em quais parte do túnel seria possível se construir e em quais pontos(sendo impossíveis de serem evitados) seria necessário intervenção estrutural. Partindo dessas informações observou-se que em grande parte do trajeto as tensões horizontais seriam maiores que as verticais (cerca de 3 vezes) o que, neste caso, foi vital para manter a estabilidade do teto, o formato escolhido é uma espécie de arco, esta forma ajuda a distribuir bem os esforços verticais e como, na maior parte do túnel tem maior esforço horizontal, este absorve bem o peso distribuído pela forma do arco. Logo, suas declividades e direções, foram moldadas com a finalidade de se obter essa proporção entre os esforços horizontal e verticais. Todavia, quando não foi possível obter tal razão satisfatória, houvera necessidade de reforço estrutural, para que a estrutura em formato de arco não tivesse deformidades que prejudicassem a estabilidade, estas intervenções foram variadas, sendo algumas delas: injeção de cimento nas fissuras, muros ancorados e teto ancorado com parafusos. Além das questões estruturais mencionadas, fora empregado um grande empenho nas questões psicológicas que norteiam a dirigibilidade em ambientes enclausurados, sendo estudado os comportamentos psicomotores de motoristas com claustrofobia e transtornos de ansiedade através de um simulador com uma versão de um jogo com uma modelagem 3d do túnel. O fase projetual também cuidou da segurança dos trabalhos in loco, as medidas para estabelecer um ambiente menos insalubre, foram a concretagem do teto, quando este apresentava o fenômeno de rock burst(anexo IV)(desprendimento de rochas violento, decorrente de altas carga aplicadas na rocha), assim, protegendo os operários e engenheiros de serem alvejados por disparos de rocha, a pavimentação que progredira junto a escavação , permitiu uma maior eficiência no deslocamento de pessoal e extração do material escavado. Ademais pensando na sustentabilidade, desde sua idealização até a construção, os seus impactos também foram pensados, toda a rocha extraída foi aproveitada para realizar outras construções, deste modo, não desperdiçando material.
[pic 2]Anexo II- tabela de classificação RQD.
[pic 3]Anexo III. Método dos elementos finitos aplicado a um túnel com teto ancorado.
[pic 4]Anexo IV. Esquema sobre como ocorre o rock burst.
Referências:
- Aplicação do Método dos Elementos Finitos ao Problema de Escavação de Túneis em Solo, Cavalcanti. G; Fernandes, Igor & Guimarães, José.
- Tunnel stability and in-situ rock stress, M. Lu; E. grøv; K.H Holmey; N.Q. Trinh & T.E Larsen.
Iluminação, segurança, tráfego e ventilação
Tendo em vista que os riscos de acidentes em túneis são menos recorrentes que em rodovias abertas, induz-se ao pensamento de que haja pouco risco de colisões ocorram em túneis. Toda via além de ser um pensamento equivocado não sem encaixa nenhum pouco em se tratando de um túnel com 24,51 Km(anexo VI) de mão dupla. Grande parte desses acidentes em túneis tem relação direta com o sono decorrente da monotonia ao conduzir. Pensando nisso foram adotadas medidas para minimizar os efeitos de conduzir em túneis.
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