Operações De Terminais E Armazens
Dissertações: Operações De Terminais E Armazens. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: natanaelsdias • 17/11/2013 • 9.433 Palavras (38 Páginas) • 379 Visualizações
SUMÁRIO
Introdução
Princípios e elementos da armazenagem
Gestão dos Estoques
Embalagem de materiais
Gestão da Armazenagem
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
Pelo ponto de vista do moderno operador logístico, pode-se definir armazenagem como a gestão econômica do espaço necessário para manter estoques de mercadorias pertencentes a terceiros. Isto engloba todas as funções de localização, dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas ou baías de atracação e configuração do armazém.
É possível afirmar que o conceito de armazenagem tem início com a observação pelo homem da alternância entre períodos de fartura e de escassez e está intrinsecamente relacionado com a necessidade de abastecimento dos povos. A armazenagem foi estabelecida no exato momento em que o ser humano primitivo descobriu que podia guardar para uso futuro os produtos excedentes às suas necessidades atuais, ou ainda para permutá-los com outros produtos dos quais não dispunha (escambo).
A história da armazenagem confunde-se com a história do comércio entre os povos. Historicamente, aqueles que se dedicaram ao comércio obtiveram hegemonia sobre os demais povos que lhes foram contemporâneos. Para isto tiveram obrigatoriamente que aprender a armazenar.
Cerca de 3.000 anos A.C, os egípcios construíram os primeiros depósitos de que se tem notícia, com o objetivo específico de armazenar os papiros e o trigo excedentes, produzidos no fértil Vale do Nilo, para posteriormente carregá-los em navios e trocá-los pelas preciosas madeiras do Líbano. Pelas descobertas das câmaras mortuárias nas pirâmides egípcias, podemos observar a importância da armazenagem para este povo: os faraós mortos eram reverenciados com o abastecimento de seus túmulos com tudo aquilo que julgavam ser necessário na outra vida.
Quanto à armazenagem comercial nessa região, reduzindo gradativamente o poder fenício, até a conquista final da região pelos romanos.
Os romanos estenderam seus domínios até o Mar do Norte, fundaram Londres (originalmente Londinium), mantiveram os mares livres de piratas, construíram faróis em Óstia, Bologna e Dover, melhoraram os portos, dragaram e navegaram pelo velho canal entre o Rio Nilo e o Mar Vermelho. Justificavam o seu poderio com dois ditos: “navigare est” (navegar é preciso) e “todas as estradas levam a Roma”. Hoje, como observadores olhando em uma visão retrospectiva, poderíamos acrescentar que de nada adiantaria navegar e construir estradas se Roma não dispusesse de importantes centros de armazenagem e distribuição distribuídos ao longo de todo o Império.
PRINCÍPIOS E ELEMENTOS DE ARMAZENAGEM
Pontos da rota, como forma de obter hegemonia no comércio com as especiarias do Oriente. A acumulação de metais preciosos extraídos do Novo Mundo levou a Península Ibérica a uma posição de destaque na Europa.
No século XVI, com a colonização e implantação de entre-postos em Java, Sumatra e Bornéu, a Holanda substituiu Portugal no domínio do comércio das especiarias com o Oriente.
A acumulação de pilhagens resultante da intensa atividade corsária a serviço da Coroa, bem como o intenso comércio de chá, seda e porcelana com a China foram fatores determinantes para crescimento do poderio britânico. A partir da segunda metade do século XVIII, a Revolução Industrial multiplicou rapidamente a geração de riquezas, orientando o estabelecimento de um império comercial britânico onde o sol nunca se punha.
Imediatamente após o fim da 2ª Guerra Mundial, a título de reconstruir as nações esfaceladas pela guerra e gerar ocupação para os imensos contingentes de mão-de-obra qualificada e disponível, o governo norte-americano estimulou a reestruturação industrial na Europa, alavancando a massificação da produção e gerando excedentes exportáveis. Como conseqüência, o tráfego marítimo cresceu rapidamente, impondo a modernização e a racionalização no uso das restritas áreas de armazenagem portuárias. Desde então, a armazenagem vem se desenvolvendo como ramo de conhecimento independente e complexo.
A Importância da Armazenagem
À medida que os blocos econômicos vão se consolidando, o mundo torna-se mais receptivo ao conceito de globalização da economia. Neste contexto de diversificados fluxos e tipos de mercadorias,são inúmeros os fatores que compõem o custo final das operações,devendo este ser necessariamente racionalizado para se obter preços competitivos, de modo a disputar o mercado global. Um dos itens básicos é o perfeito entendimento das modalidades de compra e venda (Incoterms) preconizadas pela International Commerce Chambre – ICC, e reconhecidas internacionalmente, pois a sua Introdução à Armazenagem escolha determinará (entre o exportador e o importador) a quem cabem responsabilidades sobre as despesas de frete, seguros, movimentações, desembaraço aduaneiro, etc. Com a colocação de pedidos de fornecimento parcelado no longo prazo, é possível viabilizar programações regulares junto a todos no processo (transportadores, armazenadores, operadores logísticos, despachantes). No âmbito dos negócios internacionais, observa-se a interdependência entre diferentes cadeias de suprimento, em que as partes envolvidas buscam fornecimentos regulares e constantes. Assim, é fundamental a viabilização de reduções nos preços unitários dos produtos,seja através de ganhos em escala, seja através da queda dos custos financeiros das operações. A incessante busca pela redução de custos passou a ser parâmetro para obter competitividade em um cenário de comércio internacional cada vez mais intenso. Considerando que o comércio internacional requer múltiplos conhecimentos de legislações específicas em constante processo de mutação, procedimentos operacionais diversificados, além da necessidade de uma coordenação entre as diferentes fases do processo,a tendência moderna é a terceirização do processo, entregando-o a empresas especializadas na condução dos procedimentos logísticos,que executarão com competência o conjunto das operações
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